18.2.09

Sócrates: Números do desemprego são "animadores"

in Jornal de Notícias

O primeiro-ministro considera que os 7,6% da taxa de desemprego em 2008 são "animadores" no actual momento de crise e dão uma "razão suplementar ao Governo para continuar" a política de "investimento público". O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirma não ter ficado surpreendido com a queda da taxa d desemprego.

"Estes números dão a indicação de que, apesar de tudo, a nossa economia continua a progredir e a criar emprego”, afirmou José Sócrates ao jornalistas no final de uma visita às obras da Barragem do Sabor, no distrito de Bragança.

A taxa de desemprego atingiu os 7,6% no final de 2008, o que representa um desagravamento face aos 8% de 2007, segundo dados divulgados, esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE revela ainda que a taxa de desemprego no quarto trimestre de 2008 se situou nos 7,8%, o mesmo valor verificado nos últimos três meses de 2007, mas que traduz um ligeiro aumento face ao trimestre anterior (em que a taxa se situou 7,7%).

A previsão do Governo para 2008 era de 7,8%. Para Sócrates, "estes números são melhores do que se esperava" e "dão mais estímulo, força e energia para prosseguir a luta para melhorar as condições de emprego".

"Vamos ter muitas dificuldades este ano com a questão do emprego e (...) a melhor forma de lutar contra o desemprego e de promover mais o emprego é aquilo que estamos a fazer aqui nesta barragem", disse o chefe do Governo, considerando que este é um exemplo de "investimento público para dar mais oportunidades às empresas e aos portugueses".

Vieira da Silva não ficou surpreendido

O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou não ter ficado surpreendido com a queda da taxa de desemprego para os 7,6% em 2008, uma vez que os valores estão em linha com as projecções do Governo.

"Não quer dizer que os problemas estejam ultrapassados mas este valor significa que 2008 teve um comportamento mais favorável do que alguns analistas previam", disse da Vieira Silva, em conferência de imprensa, após a divulgação dos dados.

Questionado sobre um possível agravamento da taxa de desemprego nos primeiros meses deste ano e face ao aumento dos despedimentos, Vieira da Silva diz que vai aguardar pelos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas lembrou que o primeiro trimestre é "sempre mais difícil", tendo em conta o factor sazonalidade.

O ministro do Trabalho, seguindo o que já tinha dito José Sócrates, considera que é preciso continuar a investir na economia para evitar que o aumento do desemprego.