in Jornal de Notícias
Dos 21,5 mil milhões de euros atribuídos por Bruxelas a Portugal no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), 66%, ou 14,2 mil milhões, contribuem directamente para o Plano Tecnológico, revelou ontem o coordenador do programa. "A Comissão Europeia considerou que 82% dos fundos do QREN correspondem aos objectivos da Estratégia de Lisboa, mas 66% [do valor global] estão directamente ligados ao Plano Tecnológico", disse Carlos Zorrinho à margem de uma reunião com os empresários portugueses que formam o conselho Consultivo do Plano.
O responsável recordou que, segundo Bruxelas, pelo menos 60% dos fundos do QREN deveriam estar afectos aos objectivos mais vastos da Estratégia de Lisboa. No quadro português, aprovado anteontem, esta percentagem atinge 82%, ou 18 mil milhões de euros, sendo que cerca de 14 mil milhões vão permitir financiar directamente as medidas do Plano Tecnológico, sublinhou Zorrinho.
À saída da reunião de ontem, a quarta do Conselho Consultivo, a comissária europeia para a Concorrência, Neelie Kroes, reconheceu que Portugal está no bom caminho, mas não deixou de notar que será necessário que se intensifique o ritmo de algumas medidas, já que o país está bastante atrasado face a vários parceiros europeus. Considerações que Carlos Zorrinho considerou "um incentivo".