16.2.09

G7 prometeram esforços conjuntos para combater a crise

in Jornal de Notícias

Os ministros da Finanças dos sete países mais industrializados do mundo (G7) prometeram trabalhar em conjunto para apoiar o crescimento e o emprego, e para reforçar o sistema bancário mundial, segundo o comunicado final.

Quanto à situação económica, a declaração final da reunião de dois dias, em Roma, prevê que continue o seu curso descendente durante grande parte de 2009.

Os ministros do G7 advertem contra os efeitos negativos da aplicação de medidas proteccionistas na economia global e sublinham a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento para evitar que os mais pobres sejam os principais afectados pela crise.

"A estabilização da economia global e dos mercados financeiros continua a ser a nossa mais alta prioridade", refere a declaração, acrescentando que o G7 "tomará colectivamente medidas excepcionais" em resposta aos desafios.

O comunicado apoia as diligências britânicas e norte-americanas para reforçar o sistema bancário através da recapitalização dos bancos e considera que deve ser encontrada uma via para tratar dos activos tóxicos dos bancos, sem indicar qualquer proposta.

Os países do G7 instaram a China a continuar a deixar valorizar a sua moeda, para ajudar a balancear os maciços desequilíbrios comerciais mundiais.

Os ministros da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, juntamente com os responsáveis pelos seus bancos centrais, tentam chegar a acordo sobre abordagens comuns à crise, com os EUA a pressionar no sentido de uma resposta forte que acompanhe o seu pacote de estímulo à economia.

Olhando para o futuro, os ministros do G7 prometeram estabelecer regras financeiras com princípios comuns de transparência dentro de quatro meses, para a cimeira do Grupo dos Oito, a realizar na Sardenha em Julho. E espera-se que estas recomendações influenciem também a reunião de Abril do G20.