8.2.09

Seis barros sociais vão ser recuperados em Marvila com verbas da Câmara de Lisboa e do Instituto de Habitação

in Jornal Público

Seis bairros da freguesia de Marvila vão ser recuperados ao abrigo de um protocolo ontem assinado entre a Câmara de Lisboa e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) que envolve um investimento global superior a 50 milhões de
euros.

A intervenção abrange a recuperação do edifícios e dos equipamentos colectivos, um programa específico para o desenvolvimento socioeconómico e outro para a mobilização da população, tentando resolver problemas como os baixos níveis de escolaridade, desemprego e dependência de álcool e drogas.

De acordo com o protocolo, a intervenção vai decorrer nos bairros das Amendoeiras, Olival, Armador, Condado, Flamenga e Lóios.

Com esta intervenção, as entidades envolvidas pretendem preparar o território para o impacto dos grandes investimentos previstos para aquela zona, designadamente o novo Hospital de Todos-os-Santos, o novo Instituto Português de Oncologia e a Terceira Travessia do Tejo.

Dos 50 mil habitantes de Marvila, cerca de 70 por cento vivem em bairros sociais, muitos deles construídos ao abrigo dos programas especiais de realojamento.
O protocolo Viver Marvila conta já com parceiros como a junta de freguesia e a empresa que gere os bairros municipais (Gebalis), mas tanto a autarquia como o IHRU pretendem envolver outras entidades e a população.

De acordo com o protocolo, a câmara deverá investir ao longo de cinco anos mais de 35 milhões de euros, dos quais 11,4 para reabilitação de espaços e equipamentos públicos, 22 milhões para recuperação do edificado, 1,7 para a área social e 555 mil euros para a aposta nas pequenas e médias empresas.

Para o IHRU fica um investimento global de quase 16 milhões, a maior parte para reabilitação dos edifícios.

1400
Entre os bairros envolvidos estão os das Amendoeiras e dos Lóios, onde se situam os 1400 fogos que o Estado tinha oferecido em 2004 à polémica Fundação D. Pedro IV e que, na vigência deste Governo, lhe foram retiradas para vender aos inquilinos depois de obras