11.9.09

OCDE: 'sinais claros de recuperação' da economia mundial

in Diário de Notícias

Há “sinais mais fortes de recuperação na maioria” dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), segundo o índice de indicadores compostos avançados sobre as perspectivas económicas. Duas das sete maiores economias mundiais estão já em possível expansão – França e Itália – e a própria Zona Euro está perto desse ponto, mas Portugal ainda está longe.

Este índice da OCDE serve para prever o caminho que seguirão as economias nos meses a seguir. É composto por dez indicadores económicos que cujas mudanças podem indicar alterações no conjunto da economia desse país, explica o site Investopedia.com, da Forbes. O índice tem como base o valor 100 e os países acima estão em expansão ou com o crescimento a desacelerar, enquanto que os que estão abaixo desse índice estão em recessão ou a recuperar de uma queda.

O conjunto dos países da OCDE está ainda abaixo do valor 100, mas o índice já bateu no fundo e encontra-se nesta altura em recuperação, tendo vindo a acelerar cada vez mais (aumento de 1,2 em Maio, 1,4 em Junho e 1,5 em Julho).

A liderança na recuperação das principais economias ou blocos económicos está a ser feita pelos países com o Euro como moeda única. O índice da Zona Euro está em 100,5, com dois dos seus estados-membros já em expansão: a Itália (104,8) e a França (102,7). Também a União Europeia se destaca o Reino Unido, com o seu índice nos 100,6.

Os EUA (96), a China (99,4), o Japão (94,9), a Índia (98,6) e a Rússia (92,8) também se encontram em fase de recuperação. Entre as maiores economias só o Brasil ainda não chegou ao ponto de viragem, mas foi dos países que melhor resistiu à crise e tem um índice superior (97,4) ao de outras nações em recuperação. “Os sinais do Brasil, onde um ponto de viragem está a surgir, são também mais encorajadores que nas estatísticas divulgadas no mês passado”, escreve a OCDE.

Portugal também se encontra em recuperação, mas o ponto de viragem da economia lusa teve um dos índices mais baixos (93,4) dos contabilizados pela OCDE e o actual valor (94) está longe de chegar ao ponto em que se pode considerar que Portugal está em expansão económica.