17.5.11

Teixeira dos Santos/Ajuda externa - "Problemas mais delicados estão resolvidos"

in Diário de Notícias

O ministro das Finanças manifestou-se hoje "confiante", à chegada à reunião de ministros das Finanças europeus na qual deverá ser aprovado o resgate a Portugal, apontando que os problemas que havia já foram resolvidos.

"Creio que os problemas mais delicados que havia que resolver a nível europeu foram portanto esclarecidos e resolvidos, e daí que eu esteja numa posição, eu diria, relativamente confortável e confiante perante a reunião que vamos ter daqui a pouco", declarou. Questionado sobre se poderão ainda surgir dificuldades, Teixeira dos Santos considerou que os possíveis obstáculos foram ultrapassados e Portugal surge nesta reunião numa posição "confortável".

"Não, creio que Portugal está numa posição, eu diria, confortável, com um programa ambicioso, um programa bastante abrangente, que é reconhecido como estando ajustado aos desafios que temos pela frente, de natureza estrutural, para a correcção de desequilíbrios externos, para a correcção das nossas finanças publicas, para o reforço da estabilidade do sistema financeiro", disse.

Apontando que, agora, "o que interessa é ter o programa aprovado, daí que a reunião desta tarde seja particularmente importante", o ministro reafirmou estar "confiante quanto ao desfecho" do encontro.

Sobre o montante da primeira tranche do empréstimo a Portugal, bem como o valor da taxa de juro a aplicar, Teixeira dos Santos disse ser ainda "prematuro" falar de números, "sejam eles quanto a montantes, quer taxas de juro", pois "há trabalho técnico que ainda está a ser feito" e o próprio mapa de pagamento "está a ser finalizado".

Instado a comentar o grande intervalo da taxa de juro que será aplicada na "fatia" dos empréstimos europeus (entre 5,5 e 6 por cento), comentou que "é o que resulta das regras que estão definidas e que têm vindo a ser utilizadas em programas semelhantes". "Aquilo que me preocupa é de facto salvaguardar que as regras que estão acertadas entre nós são estritamente cumpridas no caso de Portugal e que não há desvios a essas regras", finalizou.