in SIC
As rotinas matinais demoram mais tempo, mas compensa tendo em conta o peso da renda antiga de acordo com o salário que ganhavam. Existe muita gente a recorrer às tendas em Cascais.
A subida da prestação dos créditos à habitação e as instáveis rendas das casas estão a empurrar cada vez mais pessoas para a rua. Dezenas passaram a vivem em tendas em Carcavelos, na linha de Cascais. Todas as semanas chegam mais pessoas.
Há famílias a viver em tendas ou caravanas porque não têm como pagar a renda de uma casa. Um dos locais que tem sido mais ocupado nos últimos meses é a Quinta dos Ingleses, em Carcavelos.
Instalaram-se há pouco menos de um mês. Tudo à volta ajuda a perceber que não estão só de passagem.
De manhã, antes de seguirem para o trabalho, o tempo é pouco quando tarefas, como um simples banho, deixaram de ser tão simples como quando tinham casa. Há dias em que contam com a ajuda do Centro Paroquial de Carcavelos.
João e Daniele viviam num T1 em lisboa que custava 800 euros por mês. O proprietário decidiu não renovar o contrato.
“Mesmo pedindo ajuda às instituições certas, que foi sempre negada, viemos cá parar. Todos os dias chega mais gente. Queixam-se do mesmo, estão a ser despejadas”, revela João.
Dizem que foram à Segurança Social e à Santa Casa, mas que até agora não receberam qualquer ajuda.
No caminho até à saída da Quinta dos Ingleses há histórias semelhantes e igualmente recentes.
Andreia Costa, que ganhava 760 euros e pagava 400 euros de renda, trabalhava com carpintaria no Brasil, mas Portugal fechou-lhe as portas à profissão que teve durante 25 anos. Diz que tão cedo não vai procurar casa.
"Na verdade, eu espero comprar uma caravana. Uma casa vai comer 50% da minha renda. A gente se vira. Tomo banho na praia quando está sol ou na casa das minhas clientes que eu faço as limpezas", confessa.
A vizinha de Andreia nunca chegou a viver sozinha em Portugal.
É em frente à praia e com vista para um dos colégios mais caros do país que estas famílias expõem a crise na habitação em Portugal.
A Quinta dos Ingleses é só um dos exemplos em Lisboa. Há quem viva neste espaço há mais de dois anos.
O terreno é privado, logo a Câmara não tem qualquer responsabilidade. A SIC tentou falar com o grupo proprietário, mas até agora não obteve resposta.
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30.8.23
Cascais investe um milhão de euros em fundo verde para as famílias
Ana Meireles, in DN
O Fundo Verde deve entrar em vigor este outono e tem como objetivo ajudar a melhorar a eficiência energética das casas de Cascais através da instalação de janelas ou caldeiras.
ACâmara de Cascais vai lançar o Fundo Verde de Apoio às Famílias, um programa no valor de um milhão de euros que "pretende permitir a melhoria das condições energéticas nas habitações do concelho através do cofinanciamento progressivo de medidas de intervenção nas habitações que promovam a reabilitação, a descarbonização e a eficiência energética", conforme explica o regulamento a que o DN teve acesso.
A ideia de criar este fundo surgiu em outubro do ano passado quando a Câmara de Cascais aprovou o chamado Plano Estratégico de Combate à Crise Social e Económica e de Apoio aos Mais Vulneráveis, Famílias e Empresas, que inclui 70 medidas de combate à inflação, num investimento que ultrapassa os 44 milhões de euros.
"Na parte que me compete criámos um pacote de medidas de apoio à crise energética, porque as pessoas passaram a ter de pagar quantias muito elevadas na faturação energética, tanto famílias, como empresas e organizações. Assim, este pacote tem dois fundos verdes, um de apoio às famílias e outro de apoio às empresas e associações. Será um milhão de euros para as famílias e dois milhões de apoio às empresas e associações", explica ao DN Joana Balsemão, vereadora da autarquia de Cascais responsável pela área do Ambiente. Os dois pacotes deverão entrar em vigor no outono e funcionarão "até esgotar a verba".
As habitações elegíveis para este fundo de apoio às famílias são as que se encontrem construídas no concelho de Cascais, sejam moradias ou apartamentos, e não precisam de ser a residência principal de quem se candidata (essas pessoas tanto podem ser proprietárias como arrendatárias do imóvel). No caso do candidato ser arrendatário, em algumas situações, como a substituição do isolamento térmico de pavimentos ou paredes, substituição de janelas ou instalação de painéis fotovoltaicos, é necessária a autorização do dono da habitação.
De referir que uma morada pode fazer uma única candidatura a este fundo e que "não são financiados projetos que já tinham sido anteriormente objeto de financiamento público local, regional, nacional ou comunitário", especifica o regulamento, que se encontra em consulta pública até 26 de setembro.
IPSS darão apoio às famílias mais carenciadas
As medidas abrangidas pelo Fundo Verde de Apoio às Famílias têm de estar incluídas em cinco tipologias: instalação de janelas com eficiência energética; aplicação de isolamento térmico em pavimentos, paredes e portas de entrada; instalação de bombas de calor, sistemas solares térmicos, caldeiras e recuperadores a biomassa ou termoacumulador; instalação de painéis fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo; troca de equipamentos menos eficientes por outros energeticamente mais eficientes (frigoríficos, máquinas de lavar roupa e louça, placas a gás por vitrocerâmica e fornos a gás por fornos elétricos).
Com um orçamento total de um milhão de euros, o apoio financeiro dado pela Câmara de Cascais para as tipologias anteriormente enumeradas dependerá do escalão de IRS em que cada candidato se encontra. O apoio pode chegar aos cinco mil euros no que diz respeito a aplicação de isolamento térmico em coberturas e/ou pavimentos e paredes recorrendo a materiais de base natural ou que incorporem materiais reciclados.
Nestes dois casos a taxa de comparticipação varia entre os 100% para os 1.º e 2.º escalão de IRS, os 90% para os 3.º e 4.º escalões e os 80% do 5.º ao 9.º escalões. Já o montante mínimo de apoio é de 200 euros e diz respeito à compra de placas vitrocerâmica e cuja taxa de comparticipação vai dos 100% aos 70%. "Cada beneficiário, independentemente do número de tipologias a que se candidata, só poderá receber até um montante máximo de dez mil euros", especifica o regulamento.
A forma como as candidaturas são processadas e como os pagamentos são feitos aos moradores de Cascais também variam conforme o escalão de IRS. Desta forma, do 1.º ao 4.º escalão haverá um conjunto de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) a mediar o processo e o pagamento das intervenções será pago diretamente ao fornecedor ou instalador, mediante a apresentação do comprovativo da despesa. Quanto aos restantes escalões, o processo será tratado diretamente com a autarquia e o pagamento será, na verdade, um reembolso aos cidadãos após a apresentação das despesas.
"Este fundo tem uma discriminação positiva para as famílias mais vulneráveis, diria que esse é um ponto inovador. Para essas famílias, até ao 4.º escalão do IRS, não se põe a questão de terem de avançar com o investimento para nós depois reembolsarmos, porque isso seria completamente irrealista. Então fizemos uma parceria com IPSS, uma por cada freguesia, que fazem o acompanhamento de famílias mais vulneráveis e que vão divulgar o fundo, ajudar a instruir a candidatura, e, através destas IPSS, faremos o pagamento antecipadamente", refere Joana Balsemão.
ana.meireles@dn.pt
O Fundo Verde deve entrar em vigor este outono e tem como objetivo ajudar a melhorar a eficiência energética das casas de Cascais através da instalação de janelas ou caldeiras.
ACâmara de Cascais vai lançar o Fundo Verde de Apoio às Famílias, um programa no valor de um milhão de euros que "pretende permitir a melhoria das condições energéticas nas habitações do concelho através do cofinanciamento progressivo de medidas de intervenção nas habitações que promovam a reabilitação, a descarbonização e a eficiência energética", conforme explica o regulamento a que o DN teve acesso.
A ideia de criar este fundo surgiu em outubro do ano passado quando a Câmara de Cascais aprovou o chamado Plano Estratégico de Combate à Crise Social e Económica e de Apoio aos Mais Vulneráveis, Famílias e Empresas, que inclui 70 medidas de combate à inflação, num investimento que ultrapassa os 44 milhões de euros.
"Na parte que me compete criámos um pacote de medidas de apoio à crise energética, porque as pessoas passaram a ter de pagar quantias muito elevadas na faturação energética, tanto famílias, como empresas e organizações. Assim, este pacote tem dois fundos verdes, um de apoio às famílias e outro de apoio às empresas e associações. Será um milhão de euros para as famílias e dois milhões de apoio às empresas e associações", explica ao DN Joana Balsemão, vereadora da autarquia de Cascais responsável pela área do Ambiente. Os dois pacotes deverão entrar em vigor no outono e funcionarão "até esgotar a verba".
As habitações elegíveis para este fundo de apoio às famílias são as que se encontrem construídas no concelho de Cascais, sejam moradias ou apartamentos, e não precisam de ser a residência principal de quem se candidata (essas pessoas tanto podem ser proprietárias como arrendatárias do imóvel). No caso do candidato ser arrendatário, em algumas situações, como a substituição do isolamento térmico de pavimentos ou paredes, substituição de janelas ou instalação de painéis fotovoltaicos, é necessária a autorização do dono da habitação.
De referir que uma morada pode fazer uma única candidatura a este fundo e que "não são financiados projetos que já tinham sido anteriormente objeto de financiamento público local, regional, nacional ou comunitário", especifica o regulamento, que se encontra em consulta pública até 26 de setembro.
IPSS darão apoio às famílias mais carenciadas
As medidas abrangidas pelo Fundo Verde de Apoio às Famílias têm de estar incluídas em cinco tipologias: instalação de janelas com eficiência energética; aplicação de isolamento térmico em pavimentos, paredes e portas de entrada; instalação de bombas de calor, sistemas solares térmicos, caldeiras e recuperadores a biomassa ou termoacumulador; instalação de painéis fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo; troca de equipamentos menos eficientes por outros energeticamente mais eficientes (frigoríficos, máquinas de lavar roupa e louça, placas a gás por vitrocerâmica e fornos a gás por fornos elétricos).
Com um orçamento total de um milhão de euros, o apoio financeiro dado pela Câmara de Cascais para as tipologias anteriormente enumeradas dependerá do escalão de IRS em que cada candidato se encontra. O apoio pode chegar aos cinco mil euros no que diz respeito a aplicação de isolamento térmico em coberturas e/ou pavimentos e paredes recorrendo a materiais de base natural ou que incorporem materiais reciclados.
Nestes dois casos a taxa de comparticipação varia entre os 100% para os 1.º e 2.º escalão de IRS, os 90% para os 3.º e 4.º escalões e os 80% do 5.º ao 9.º escalões. Já o montante mínimo de apoio é de 200 euros e diz respeito à compra de placas vitrocerâmica e cuja taxa de comparticipação vai dos 100% aos 70%. "Cada beneficiário, independentemente do número de tipologias a que se candidata, só poderá receber até um montante máximo de dez mil euros", especifica o regulamento.
A forma como as candidaturas são processadas e como os pagamentos são feitos aos moradores de Cascais também variam conforme o escalão de IRS. Desta forma, do 1.º ao 4.º escalão haverá um conjunto de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) a mediar o processo e o pagamento das intervenções será pago diretamente ao fornecedor ou instalador, mediante a apresentação do comprovativo da despesa. Quanto aos restantes escalões, o processo será tratado diretamente com a autarquia e o pagamento será, na verdade, um reembolso aos cidadãos após a apresentação das despesas.
"Este fundo tem uma discriminação positiva para as famílias mais vulneráveis, diria que esse é um ponto inovador. Para essas famílias, até ao 4.º escalão do IRS, não se põe a questão de terem de avançar com o investimento para nós depois reembolsarmos, porque isso seria completamente irrealista. Então fizemos uma parceria com IPSS, uma por cada freguesia, que fazem o acompanhamento de famílias mais vulneráveis e que vão divulgar o fundo, ajudar a instruir a candidatura, e, através destas IPSS, faremos o pagamento antecipadamente", refere Joana Balsemão.
ana.meireles@dn.pt
3.7.23
Voluntariado: um exercício de cidadania
Carlos Carreiras, opinião, in \Sol online
O voluntariado jovem em Cascais está consolidado e responde a muitas necessidades de toda a comunidade e atinge com sucesso muitos objetivos direcionados para a comunidade jovem.
Na passada terça-feira, dia 20 de junho, arrancaram os Programas de Voluntariado Jovem deste Verão.
Programas que se traduzem num espaço de encontro entre as pessoas interessadas em ser voluntárias, que oferecem a sua disponibilidade para prestar um conjunto de ações inerentes à condição de cidadania ativa e solidária, e as organizações acolhedoras e promotoras de voluntariado.
Com o envolvimento de mais de 2.500 voluntários, e ainda com algumas centenas de vagas por preencher até ao final do verão, estes projetos oferecem um leque de oportunidades aos jovens cascalenses dos 12 aos 30 anos, ao estabelecerem parceria com cerca de 70 entidades.
O voluntariado jovem em Cascais está consolidado e responde a muitas necessidades de toda a comunidade e atinge com sucesso muitos objetivos direcionados para a comunidade jovem.
Inserem-se numa política de Juventude mais vasta que coloca o jovem de Cascais no centro da ação e que contribui para uma cidadania ativa que os ajuda a não adormecerem no jargão de que são o futuro, para cada vez mais assumirem de plenos direitos e responsabilidade de que são de facto o presente.
É de relembrar que Cascais foi um exemplo nacional no combate à pandemia, quer nos centros de testes, de vacinação e centros de vacinação, quer na distribuição de comida, alimentos ou medicamentos e bens de primeira necessidade. Os Jovens Voluntários estiveram em força e em carinho. Eu não tenho dúvidas de que tal acontece, também, porque as redes formadas pela democracia colaborativa permitiram dar uma resposta com capilaridade e proximidade. Ao mesmo tempo, também não tenho dúvidas de que mobilização para a ação promovida pela dinâmica da Democracia Participativa, o sentido de missão para o bem comum, foi decisivo para que uma geração inteira de jovens e menos jovens se voluntariassem para estar na primeira linha de apoio aos mais fragilizados, num verdadeiro diálogo intergeracional.
Os projetos de voluntariado oferecem opções que permitem agradar a todas as vocações, mesmo aquelas que deste modo são pela primeira vez experimentadas. São várias as causas que mobilizam os Jovens Voluntários, desde as ambientais (Natura Observa e Maré Viva), às culturais (Cultura no Bairro), sociais (Cultura Social), atividade física (Férias na Desportiva) e turismo (Locals), os jovens voluntários podem escolher a atividade que mais se adequa às suas preferências. E são todos verdadeiros promotores de Cascais.
Constituídos com o grande objetivo de promover a participação dos jovens e a fomentar um sentido de cidadania e responsabilidade ativas, ser voluntário em Cascais significa também aprendizagens, participação, amizades. É, ainda, a maneira ideal de conciliar a paixão com as competências, ao permitirem aos mais jovens um primeiro contacto com o mundo de trabalho e unirem esforços em prol da vida do município, para além de promoverem uma maior coesão social e territorial.
O projeto Maré Viva tem como missão assegurar os serviços básicos ao nível da prevenção, vigilância e segurança nas praias do Concelho; o Natura Observa visa a ocupação dos tempos livres de jovens em período de férias num regime quinzenal, fomentando o voluntariado e a educação para o desenvolvimento sustentável através do serviço à comunidade, na defesa e gestão do património natural do concelho de Cascais; a Cultura no Bairro tem como principal objetivo divulgar todas as atividades culturais da Câmara Municipal de Cascais e também, contribuir para o bem-estar dos visitantes à Vila de Cascais; a Cultura Social tem como objetivo desenvolver atividades que melhorem a qualidade de vida das pessoas destinatárias ao projeto, como por exemplo, pessoas com limitações físicas ou cognitivas, crianças/adolescentes, idosos, imigrantes e refugiados, entre outros; o das Férias na Desportiva promove a ocupação saudável dos tempos livres dos jovens contribuindo para qualificar a oferta de atividades de âmbito desportivo do município; e o Locals promove o turismo, ao alocar jovens nos mais variados pontos de Cascais para prestação de informação geral aos visitantes da vila. Enquanto desenvolvem as suas competências de atendimento ao público, os jovens conseguem contribuir para o bom funcionamento do concelho.
Neste ano junta-se mais um, a Jornada Mundial da Juventude 2023, que vai, também, marcar toda a comunidade cascalense.
Por fim, há ainda de realçar que são jovens que organizam e lideram os vários programas.
Cascais tem presente ao assegurar que tem futuro.
O voluntariado jovem em Cascais está consolidado e responde a muitas necessidades de toda a comunidade e atinge com sucesso muitos objetivos direcionados para a comunidade jovem.
Na passada terça-feira, dia 20 de junho, arrancaram os Programas de Voluntariado Jovem deste Verão.
Programas que se traduzem num espaço de encontro entre as pessoas interessadas em ser voluntárias, que oferecem a sua disponibilidade para prestar um conjunto de ações inerentes à condição de cidadania ativa e solidária, e as organizações acolhedoras e promotoras de voluntariado.
Com o envolvimento de mais de 2.500 voluntários, e ainda com algumas centenas de vagas por preencher até ao final do verão, estes projetos oferecem um leque de oportunidades aos jovens cascalenses dos 12 aos 30 anos, ao estabelecerem parceria com cerca de 70 entidades.
O voluntariado jovem em Cascais está consolidado e responde a muitas necessidades de toda a comunidade e atinge com sucesso muitos objetivos direcionados para a comunidade jovem.
Inserem-se numa política de Juventude mais vasta que coloca o jovem de Cascais no centro da ação e que contribui para uma cidadania ativa que os ajuda a não adormecerem no jargão de que são o futuro, para cada vez mais assumirem de plenos direitos e responsabilidade de que são de facto o presente.
É de relembrar que Cascais foi um exemplo nacional no combate à pandemia, quer nos centros de testes, de vacinação e centros de vacinação, quer na distribuição de comida, alimentos ou medicamentos e bens de primeira necessidade. Os Jovens Voluntários estiveram em força e em carinho. Eu não tenho dúvidas de que tal acontece, também, porque as redes formadas pela democracia colaborativa permitiram dar uma resposta com capilaridade e proximidade. Ao mesmo tempo, também não tenho dúvidas de que mobilização para a ação promovida pela dinâmica da Democracia Participativa, o sentido de missão para o bem comum, foi decisivo para que uma geração inteira de jovens e menos jovens se voluntariassem para estar na primeira linha de apoio aos mais fragilizados, num verdadeiro diálogo intergeracional.
Os projetos de voluntariado oferecem opções que permitem agradar a todas as vocações, mesmo aquelas que deste modo são pela primeira vez experimentadas. São várias as causas que mobilizam os Jovens Voluntários, desde as ambientais (Natura Observa e Maré Viva), às culturais (Cultura no Bairro), sociais (Cultura Social), atividade física (Férias na Desportiva) e turismo (Locals), os jovens voluntários podem escolher a atividade que mais se adequa às suas preferências. E são todos verdadeiros promotores de Cascais.
Constituídos com o grande objetivo de promover a participação dos jovens e a fomentar um sentido de cidadania e responsabilidade ativas, ser voluntário em Cascais significa também aprendizagens, participação, amizades. É, ainda, a maneira ideal de conciliar a paixão com as competências, ao permitirem aos mais jovens um primeiro contacto com o mundo de trabalho e unirem esforços em prol da vida do município, para além de promoverem uma maior coesão social e territorial.
O projeto Maré Viva tem como missão assegurar os serviços básicos ao nível da prevenção, vigilância e segurança nas praias do Concelho; o Natura Observa visa a ocupação dos tempos livres de jovens em período de férias num regime quinzenal, fomentando o voluntariado e a educação para o desenvolvimento sustentável através do serviço à comunidade, na defesa e gestão do património natural do concelho de Cascais; a Cultura no Bairro tem como principal objetivo divulgar todas as atividades culturais da Câmara Municipal de Cascais e também, contribuir para o bem-estar dos visitantes à Vila de Cascais; a Cultura Social tem como objetivo desenvolver atividades que melhorem a qualidade de vida das pessoas destinatárias ao projeto, como por exemplo, pessoas com limitações físicas ou cognitivas, crianças/adolescentes, idosos, imigrantes e refugiados, entre outros; o das Férias na Desportiva promove a ocupação saudável dos tempos livres dos jovens contribuindo para qualificar a oferta de atividades de âmbito desportivo do município; e o Locals promove o turismo, ao alocar jovens nos mais variados pontos de Cascais para prestação de informação geral aos visitantes da vila. Enquanto desenvolvem as suas competências de atendimento ao público, os jovens conseguem contribuir para o bom funcionamento do concelho.
Neste ano junta-se mais um, a Jornada Mundial da Juventude 2023, que vai, também, marcar toda a comunidade cascalense.
Por fim, há ainda de realçar que são jovens que organizam e lideram os vários programas.
Cascais tem presente ao assegurar que tem futuro.
27.3.23
Cascais mais forte sem complexos ideológicos
Carlos Carreiras, opinião, in Nascer do Sol
O problema da habitação é suficientemente sério para não nos digladiarmos em discussões estéreis.
Nas últimas semanas abordei o tema da habitação, não só por se tratar de um dos maiores problemas sociais com que nos defrontamos, e não faltam na atualidade fatores de exclusão social, como também pela discussão pública colocada pelo Governo de um conjunto de diplomas legais que têm por objetivo mitigar este verdadeiro drama social, uma obrigação a que governos durante décadas se demitiram.
O problema da habitação é suficientemente sério para não nos digladiarmos em discussões estéreis. Não é tempo para nos deixarmos cercar por interesses mesquinhos que colocam os princípios ideológicos à frente das necessidades básicas das pessoas, mas, sim, é tempo de resolver e executar políticas efetivas dada a sua pressão, dimensão e intensidade.
Terminei o último artigo referindo que ficavam «ainda por resolver dois recursos, o do tempo em que se cumpre os procedimentos legais e em que se constrói, aumentando a oferta, e as garantias de acessibilidade». Razão pela qual, nesta semana, aprovámos, por unanimidade, a abertura do aviso para que proprietários, individuais e empresariais, demonstrem disponibilidade, concorrendo, para vender fogos já construídos a preços máximos estipulados por lei.
No imediato, temos condições para adquirir 150 fogos até ao montante de 14,8 milhões de euros, para no curto prazo chegarmos ao objetivo total de 700 fogos, num valor de aquisição de 70 milhões de euros, resolvendo parcialmente o primeiro recurso, a escassez do recurso tempo, ou seja, em seis meses podemos acrescentar cerca de 33% ao parque habitacional público municipal.
Estes processos irão ainda induzir uma regulação de mercado, quer no preço de arrendamento, quer até no de compra e também em termos quantitativos e qualitativos, que permitirá obter um impacto positivo, e, por sua vez, resolver o segundo recurso, o de garantir uma maior acessibilidade na habitação.
Estas ações, complementares com outras, levam a que tenhamos a expectativa de que o Município de Cascais saia destes tempos complicados de sucessivas crises ainda mais atrativo, mais competitivo e mais coeso social e economicamente, com a complementaridade com os investimentos que estamos a realizar nas quatro áreas (saúde, educação, ambiente e cultura), que consideramos estratégicas, logo prioritárias.
São intervenções que permitem responder a questões levantadas pelo estudo que encomendámos ao ISCTE sobre ‘quanto custa não ter casa’ e que nos fez chegar à conclusão de que é muito mais dispendioso não ter casa do que a ter.
Com o finalizar da requalificação, ampliação e construção de novos centros de saúde e escolas, a par do investimento na cultura, com novos equipamentos, com a regeneração de outros e ainda com investimentos na área ambiental, com especial ênfase nas nossas ribeiras, fechamos um ciclo estratégico que impulsionará de forma determinante o desenvolvimento de Cascais.
23.4.21
Cascais oferece teleconsultas e entrega de medicamentos ao domicílio
Francisco de Almeida Fernandes, in DN
Cascais Vida. Projeto pretende complementar os cuidados de saúde prestados pelo SNS e apoiar o envelhecimento ativo no concelho. As teleconsultas serão nas áreas de pediatria e medicina geral.
"Este serviço levará a que muitos dos munícipes de Cascais não necessitem de acorrer aos centros de saúde." A frase é do presidente da autarquia, Carlos Carreiras, e resume a ambição que norteia o programa Cascais Vida. A iniciativa, disponível a todos os cidadãos e integrada nos Serviços Locais de Saúde e Solidariedade Social (SL3S), pretende disponibilizar teleconsultas e entrega de medicamentos ao domicílio sem qualquer custo. Um passo mais, acredita o autarca, no reforço da qualidade de vida dos munícipes.
Desde o início de 2020 que todos os residentes, trabalhadores e estudantes de Cascais têm direito à utilização gratuita dos transportes públicos do concelho e agora, mais de um ano depois, também o acesso generalizado e mais facilitado à saúde é uma preocupação do executivo.
Este projeto assenta em três pilares fundamentais - oferta de teleconsultas durante todos os dias do ano, a instalação de cabinas-consultórios em cada uma das nove paróquias e acesso universal a médicos de família. "Apesar de tudo, somos dos concelhos que maior cobertura [de medicina geral] tem, mas ainda existem cerca de 15 mil cidadãos sem médico de família", diz ao DN Carlos Carreiras.
Para "colmatar o défice" na oferta garantida pelo Estado, o município juntou esforços com a União das Misericórdias e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) para criar o Bata Branca. Desta forma, os habitantes locais têm acesso a consultas presenciais de medicina geral e familiar, enquanto o executivo termina o "forte investimento" em novos centros de saúde.
No caso das consultas médicas à distância, com 30 minutos de duração máxima, estão disponíveis nas áreas da pediatria e de medicina geral, bastando ser portador do cartão Viver Cascais para usufruir. Adicionalmente, os medicamentos que forem prescritos no âmbito deste atendimento serão entregues, sem qualquer taxa adicional, em casa dos utentes. "Uma iniciativa sem precedentes na história do poder local e que nos anima no desígnio de erguer um verdadeiro Estado de providência local", afirma o autarca, que ao longo da pandemia tornou a saúde um eixo prioritário do município. A outra vertente do Cascais Vida diz respeito aos idosos, a quem serão dirigidas medidas relacionadas com o exercício físico e de combate à solidão. "Queremos garantir qualidade de vida aos mais velhos", atesta.
O acesso mais facilitado à prestação de cuidados de saúde é possível, ainda, com a instalação de cabinas-consultórios nas nove paróquias de Cascais. Além de ajudar a aliviar a pressão sobre centros de saúde e hospitais da região, estes espaços contam com equipamento de diagnóstico que permite, entre outros exames, realizar testes oftalmológicos, auditivos ou eletrocardiogramas. É "um programa muito ambicioso" que arranca com a primeira experiência no Complexo Desportivo da Abóboda, já disponível.
Sobre o montante total investido, o autarca explica que é preciso distinguir entre despesa corrente e investimento. "Em termos globais, incluindo a construção de novos centros de saúde e a compra de equipamento, o investimento andará, nos próximos quatro anos, na ordem dos 40 milhões de euros", esclarece. Por outro lado, Carlos Carreiras relembra a promessa feita durante a campanha eleitoral para a redução da taxa municipal de IMI, hoje fixada em 0,34%, e diz pretender usar o valor correspondente a uma baixa de 0,01% por ano para financiar o programa agora lançado. São 1,5 milhões de euros por ano de despesa corrente, totalizando seis milhões de euros no quarto ano de execução do projeto.
Alargar a outros concelhos
O caminho percorrido por Cascais tem sido preenchido de iniciativas em torno da digitalização do município, da melhoria da qualidade de vida dos habitantes e da sustentabilidade ambiental. Contudo, a realidade de cada um dos 308 concelhos portugueses é díspar, pelo que nem todos terão capacidade de replicar este modelo de governança. "Depende do tipo de município", começa por dizer o autarca, detalhando que "a extensão territorial não é igual" e que a literacia tecnológica das populações, essencial para a utilização dos serviços digitais, é diferente em cada local do país. "Cabe a cada presidente de câmara perceber o que pode ou não fazer", remata.
Cascais Vida. Projeto pretende complementar os cuidados de saúde prestados pelo SNS e apoiar o envelhecimento ativo no concelho. As teleconsultas serão nas áreas de pediatria e medicina geral.
"Este serviço levará a que muitos dos munícipes de Cascais não necessitem de acorrer aos centros de saúde." A frase é do presidente da autarquia, Carlos Carreiras, e resume a ambição que norteia o programa Cascais Vida. A iniciativa, disponível a todos os cidadãos e integrada nos Serviços Locais de Saúde e Solidariedade Social (SL3S), pretende disponibilizar teleconsultas e entrega de medicamentos ao domicílio sem qualquer custo. Um passo mais, acredita o autarca, no reforço da qualidade de vida dos munícipes.
Desde o início de 2020 que todos os residentes, trabalhadores e estudantes de Cascais têm direito à utilização gratuita dos transportes públicos do concelho e agora, mais de um ano depois, também o acesso generalizado e mais facilitado à saúde é uma preocupação do executivo.
Este projeto assenta em três pilares fundamentais - oferta de teleconsultas durante todos os dias do ano, a instalação de cabinas-consultórios em cada uma das nove paróquias e acesso universal a médicos de família. "Apesar de tudo, somos dos concelhos que maior cobertura [de medicina geral] tem, mas ainda existem cerca de 15 mil cidadãos sem médico de família", diz ao DN Carlos Carreiras.
Para "colmatar o défice" na oferta garantida pelo Estado, o município juntou esforços com a União das Misericórdias e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) para criar o Bata Branca. Desta forma, os habitantes locais têm acesso a consultas presenciais de medicina geral e familiar, enquanto o executivo termina o "forte investimento" em novos centros de saúde.
No caso das consultas médicas à distância, com 30 minutos de duração máxima, estão disponíveis nas áreas da pediatria e de medicina geral, bastando ser portador do cartão Viver Cascais para usufruir. Adicionalmente, os medicamentos que forem prescritos no âmbito deste atendimento serão entregues, sem qualquer taxa adicional, em casa dos utentes. "Uma iniciativa sem precedentes na história do poder local e que nos anima no desígnio de erguer um verdadeiro Estado de providência local", afirma o autarca, que ao longo da pandemia tornou a saúde um eixo prioritário do município. A outra vertente do Cascais Vida diz respeito aos idosos, a quem serão dirigidas medidas relacionadas com o exercício físico e de combate à solidão. "Queremos garantir qualidade de vida aos mais velhos", atesta.
O acesso mais facilitado à prestação de cuidados de saúde é possível, ainda, com a instalação de cabinas-consultórios nas nove paróquias de Cascais. Além de ajudar a aliviar a pressão sobre centros de saúde e hospitais da região, estes espaços contam com equipamento de diagnóstico que permite, entre outros exames, realizar testes oftalmológicos, auditivos ou eletrocardiogramas. É "um programa muito ambicioso" que arranca com a primeira experiência no Complexo Desportivo da Abóboda, já disponível.
Sobre o montante total investido, o autarca explica que é preciso distinguir entre despesa corrente e investimento. "Em termos globais, incluindo a construção de novos centros de saúde e a compra de equipamento, o investimento andará, nos próximos quatro anos, na ordem dos 40 milhões de euros", esclarece. Por outro lado, Carlos Carreiras relembra a promessa feita durante a campanha eleitoral para a redução da taxa municipal de IMI, hoje fixada em 0,34%, e diz pretender usar o valor correspondente a uma baixa de 0,01% por ano para financiar o programa agora lançado. São 1,5 milhões de euros por ano de despesa corrente, totalizando seis milhões de euros no quarto ano de execução do projeto.
Alargar a outros concelhos
O caminho percorrido por Cascais tem sido preenchido de iniciativas em torno da digitalização do município, da melhoria da qualidade de vida dos habitantes e da sustentabilidade ambiental. Contudo, a realidade de cada um dos 308 concelhos portugueses é díspar, pelo que nem todos terão capacidade de replicar este modelo de governança. "Depende do tipo de município", começa por dizer o autarca, detalhando que "a extensão territorial não é igual" e que a literacia tecnológica das populações, essencial para a utilização dos serviços digitais, é diferente em cada local do país. "Cabe a cada presidente de câmara perceber o que pode ou não fazer", remata.
7.10.20
Cascais cria centro para acolher a população sem-abrigo
Cristina Faria Moreira, in Público on-line
É o primeiro do concelho e foi “acelerado” pela pandemia. Terá capacidade para acolher 45 utentes — 29 por agora —, 24 horas por dia, sete dias por semana, num investimento superior a um milhão de euros. É inaugurado esta quarta-feira.O concelho de Cascais vai ter o seu primeiro centro de recursos e de acolhimento da população que está em situação de sem-abrigo. Depois de nos últimos meses terem estado a funcionar dois espaços de acolhimento temporário, é inaugurada esta quarta-feira uma estrutura construída de raiz para dar respostas de alojamento e terapêuticas a esta população vulnerável do concelho, avança o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estará presente.
A ideia, diz o autarca ao PÚBLICO, estava já a ser pensada antes de a pandemia de covid-19 embater no país e acabou por ser “acelerada” para ser uma resposta de apoio mais estruturada. Ainda em Março, o município fez dos ginásios das escolas secundárias Fernando Lopes Graça e da Cidadela dois centros de alojamento temporário. No entanto, com o arranque do ano escolar, estas estruturas tiveram de ser encerradas e os utentes transferidos provisoriamente para outras instalações.
Está agora pronto a abrir este Centro de Recursos para a Intervenção com Pessoas em Situação de Sem Abrigo — assim o designa a autarquia. Será localizado na freguesia de Alcabideche e vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. Além de assegurar alojamento, alimentação, cuidados de saúde e higiene, o centro prestará também apoio psicossocial para garantir que os utentes são continuamente acompanhados e que têm apoio médico. Para tal, cada utente terá um “plano de intervenção individualizado”, que incluirá também a sua qualificação escolar, formativa e profissional, com vista à sua reintegração no mercado de trabalho.
O principal objectivo, assume o município, é “a recuperação e a reintegração social dos seus utentes”, apoiada numa rede de parcerias locais. Esta deverá ser, por isso, uma solução “transitória”, uma vez que o objectivo último é autonomizar os utentes, explica Carlos Carreiras.
“A grande vantagem [do centro] é acolhê-los e podermos ter informação mais precisa de como ajudá-los. Além disso, acabam por estar inseridos numa comunidade que lhes garante a dignidade humana”, nota o autarca.
Além do acolhimento, o centro terá também serviços de lavandaria e balneários que poderão ser utilizados por não utentes e estará também preparado para receber quem necessitar temporariamente de tecto por ter ficado desalojado. E terá também canil e gatil, com acompanhamento veterinário, para acolher os animais que muitas vezes acompanham pessoas e situação de sem-abrigo.
FotoCentro terá capacidade para 45 utentes, mas devido à pandemia só poderá acolher 29 DR
18 pessoas com casa e trabalho
Para erguer este centro, a Câmara de Cascais construiu um edifício de raiz, num investimento de 1,2 milhões de euros. A sua gestão está agora nas mãos da Cruz Vermelha Portuguesa, que tem para este primeiro ano de actividade um orçamento, assegurado pelo município, de 509 mil euros.
Também os utentes serão chamados a colaborar na manutenção deste equipamento. Segundo diz a autarquia, deverão realizar “pequenas tarefas, participar na gestão da casa, cuidar e limpar das instalações e também do canil e gatil”.
Terá capacidade para acolher 45 residentes, distribuídos por três camaratas de 11 camas com acesso a casas de banho colectivas e quatro quartos de três camas com casa de banho privada. No entanto, dada a situação de pandemia, terá capacidade para acolher, por agora, 29 residentes (21 em camaratas e oito em quartos). O município está neste momento a estudar já a ampliação deste centro, uma vez que existem edifícios próximos que a câmara adquiriu e que poderão ser adaptados para acolher outras valências, avançou Carlos Carreiras.
No período pré-pandemia, o concelho de Cascais tinha referenciadas entre 40 a 50 pessoas em situação de sem-abrigo, diz Carlos Carreiras. Actualmente, estão pelo menos 58 pessoas nesta condição. “Todas estas situações têm gestor de caso e são acompanhadas e monitorizadas pelos parceiros da Câmara Municipal de Cascais de forma a assegurar condições que garantam a promoção da autonomia”, explica a câmara.
Pelos centros de alojamento temporário montados nas escolas, passaram 74 pessoas que puderam ter acesso a alojamento, cuidados de higiene, saúde e acompanhamento técnico psicossocial. Destas, 31 já deixaram os centros. No meio destes números, há um que deixa ao município boas indicações no cumprimento desse objectivo último de reintegrar os utentes na comunidade e no mercado de trabalho: 18 pessoas conseguiram autonomizar-se, arrendar um quarto e um emprego, nota o autarca. As empresas municipais, como a Cascais Ambiente, estão também a recrutar entre os utentes.
7.5.20
Cascais instala 400 máquinas de venda de máscaras no concelho
Por Notícias ao Minuto
A Câmara de Cascais vai instalar 400 máquinas de venda com pacotes de quatro máscaras a um euro, medida que visa ajudar a população no acesso ao material de proteção, anunciou hoje o presidente da autarquia.
Em declarações à agência Lusa, após o lançamento oficial do programa "Máscaras Gratuitas em Transportes Públicos", que ocorreu hoje de manhã, na estação de comboios de Carcavelos, Carlos Carreiras (PSD) disse que o município tem nesta altura capacidade de fazer chegar máscaras à população.
Esta é, segundo o autarca, mais uma das muitas medidas que a autarquia do distrito de Lisboa tem vindo a implementar para fazer face aos efeitos da covid-19, que inicialmente tinha um investimento de cinco milhões de euros, mas que atualmente já ultrapassa os 10 milhões de euros.
"A câmara ter uma situação económica e financeira robusta foi o que permitiu fazer face a uma necessidade de emergência (...). Numa primeira fase, constituiu-se um fundo de emergência na ordem dos cinco milhões de euros. Neste momento, estará próximo dos 10 milhões e perspetivamos que, com todos os programas que estamos a implementar em Cascais e que são onerosos, até ao final do ano podemos estar com um investimento na ordem dos 20 milhões de euros", disse.
Além da distribuição das máscaras gratuitas aos utentes dos transportes públicos em todas as estações e principais interfaces rodoviários do concelho, enquanto o seu uso for obrigatório, a autarquia decidiu também instalar 400 máquinas de venda automática com este material de proteção.
"Fizemos umas primeiras encomendas que nos trouxeram uma quantidade razoável de máscaras, cerca de três milhões, e estamos neste momento com capacidade de produção própria de cinco milhões de máscaras por mês. Isto deixa-nos com alguma capacidade para podermos abastecer a população, que são mais de 200 mil habitantes", disse.
Cascais antecipou a encomenda de grandes volumes de EPI (equipamentos de proteção individual), ao mesmo tempo que adquiriu máquinas de produção de máscaras que garantiram, segundo Carlos Carreiras, uma produção de cinco milhões de unidades por mês.
"Logo no início disponibilizámos máscaras a um valor mais baixo do que aquele que estava a ser praticado pelo mercado, que eram preços especulativos. Estivemos a disponibilizar máscaras a 70 cêntimos enquanto estivemos a viver o estado de emergência, de forma a que os cidadãos de Cascais tivessem, pelo menos, em cada agregado um familiar que pudesse sair de casa e em segurança", disse.
Quando o país saiu do estado de emergência, indicou Carlos Carreiras, as máscaras disponibilizadas tinham um custo de 25 cêntimos.
"Além disso, vamos instalar 400 dispensadores de máscaras, máquinas de 'vending' que estarão espalhadas por todo o território do município e teremos a acompanhar todo o voluntariado jovem", disse.
O autarca lembrou que Cascais tem por norma campanhas de voluntariado com cerca de dois mil jovens.
"Este ano, todos os programas não serão implementados, mas estão a ser canalizados para questões que se prendem com a situação que estamos a viver. Neste momento, temos 150 jovens que estão a fazer distribuição gratuita de máscaras no concelho", disse.
De acordo com Carlos Carreiras, estas equipas estão também nos terminais ferroviários e rodoviários e nas principais paragens a distribuir máscaras.
Desde segunda-feira, os transportes públicos começaram a ter de circular com lotação máxima de dois terços da sua capacidade e os utentes têm de usar obrigatoriamente máscaras ou viseiras, devido à pandemia da covid-19, prevendo-se coimas entre 120 e 350 euros.
"Além disso, disponibilizamos desde o início a linha +65, com os voluntários a levar máscaras de forma gratuita a casa dos mais velhos e dos que estão em fragilidade económica e social", acrescentou Carlos Carreiras.
Portugal regista hoje 1.105 mortes relacionadas com a covid-19, mais 16 do que na quarta-feira, e 26.715 infetados (mais 533), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
A Câmara de Cascais vai instalar 400 máquinas de venda com pacotes de quatro máscaras a um euro, medida que visa ajudar a população no acesso ao material de proteção, anunciou hoje o presidente da autarquia.
Em declarações à agência Lusa, após o lançamento oficial do programa "Máscaras Gratuitas em Transportes Públicos", que ocorreu hoje de manhã, na estação de comboios de Carcavelos, Carlos Carreiras (PSD) disse que o município tem nesta altura capacidade de fazer chegar máscaras à população.
Esta é, segundo o autarca, mais uma das muitas medidas que a autarquia do distrito de Lisboa tem vindo a implementar para fazer face aos efeitos da covid-19, que inicialmente tinha um investimento de cinco milhões de euros, mas que atualmente já ultrapassa os 10 milhões de euros.
"A câmara ter uma situação económica e financeira robusta foi o que permitiu fazer face a uma necessidade de emergência (...). Numa primeira fase, constituiu-se um fundo de emergência na ordem dos cinco milhões de euros. Neste momento, estará próximo dos 10 milhões e perspetivamos que, com todos os programas que estamos a implementar em Cascais e que são onerosos, até ao final do ano podemos estar com um investimento na ordem dos 20 milhões de euros", disse.
Além da distribuição das máscaras gratuitas aos utentes dos transportes públicos em todas as estações e principais interfaces rodoviários do concelho, enquanto o seu uso for obrigatório, a autarquia decidiu também instalar 400 máquinas de venda automática com este material de proteção.
"Fizemos umas primeiras encomendas que nos trouxeram uma quantidade razoável de máscaras, cerca de três milhões, e estamos neste momento com capacidade de produção própria de cinco milhões de máscaras por mês. Isto deixa-nos com alguma capacidade para podermos abastecer a população, que são mais de 200 mil habitantes", disse.
Cascais antecipou a encomenda de grandes volumes de EPI (equipamentos de proteção individual), ao mesmo tempo que adquiriu máquinas de produção de máscaras que garantiram, segundo Carlos Carreiras, uma produção de cinco milhões de unidades por mês.
"Logo no início disponibilizámos máscaras a um valor mais baixo do que aquele que estava a ser praticado pelo mercado, que eram preços especulativos. Estivemos a disponibilizar máscaras a 70 cêntimos enquanto estivemos a viver o estado de emergência, de forma a que os cidadãos de Cascais tivessem, pelo menos, em cada agregado um familiar que pudesse sair de casa e em segurança", disse.
Quando o país saiu do estado de emergência, indicou Carlos Carreiras, as máscaras disponibilizadas tinham um custo de 25 cêntimos.
"Além disso, vamos instalar 400 dispensadores de máscaras, máquinas de 'vending' que estarão espalhadas por todo o território do município e teremos a acompanhar todo o voluntariado jovem", disse.
O autarca lembrou que Cascais tem por norma campanhas de voluntariado com cerca de dois mil jovens.
"Este ano, todos os programas não serão implementados, mas estão a ser canalizados para questões que se prendem com a situação que estamos a viver. Neste momento, temos 150 jovens que estão a fazer distribuição gratuita de máscaras no concelho", disse.
De acordo com Carlos Carreiras, estas equipas estão também nos terminais ferroviários e rodoviários e nas principais paragens a distribuir máscaras.
Desde segunda-feira, os transportes públicos começaram a ter de circular com lotação máxima de dois terços da sua capacidade e os utentes têm de usar obrigatoriamente máscaras ou viseiras, devido à pandemia da covid-19, prevendo-se coimas entre 120 e 350 euros.
"Além disso, disponibilizamos desde o início a linha +65, com os voluntários a levar máscaras de forma gratuita a casa dos mais velhos e dos que estão em fragilidade económica e social", acrescentou Carlos Carreiras.
Portugal regista hoje 1.105 mortes relacionadas com a covid-19, mais 16 do que na quarta-feira, e 26.715 infetados (mais 533), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
30.3.16
Três mil voluntários homenageados pelo município de Cascais
In "Jornal da Região"
Os cerca de três mil voluntários que prestam o seu auxílio, de diferentes formas, foram homenageados pelo município, com a entrega de certificados às quatro dezenas de entidades onde prestaram serviço ao longo do ano de 2015.
A cerimónia de tributo público decorreu no Centro Cultural de Cascais, na passada sexta-feira, dia 18 de Março, e foi pequeno para receber quem quis estar presente no reconhecimento da autarquia, que considera o voluntariado, segundo frisou o presidente da Câmara, Carlos Carreiras, “um dos mais valiosos e insubstituíveis activos do concelho”.
“Quando me perguntam se é difícil ser presidente de uma Câmara Municipal como Cascais, eu digo que não é difícil porque nós temos o privilégio de ter em Cascais a vossa atitude e o vosso exemplo, o que torna mais fácil de exercer os poderes públicos”, frisou o autarca.
Carlos Carreiras sublinhou que o voluntariado representa uma forma de participação da sociedade civil que, em Cascais, tem vindo a crescer, tanto em número de voluntários e de entidades promotoras de voluntariado, como na diversidade de projectos que têm sido desenvolvidos.
O presidente da autarquia apelou para a continuação da disponibilidade dos munícipes para “os grandes eventos nacionais e internacionais que não podem ser feitos sem a comunidade” e frisou que “com a vossa participação criamos cadeias de valor que também gerem emprego”. “É todo este movimento que torna o nosso concelho cada vez mais atractivo e reforça a coesão social”.
O autarca salientou que, com o voluntário “temos uma sociedade mais amiga, justa e forte. Continuem a reforçar este movimento, tragam mais amigos”.
João Galveia recebeu o certificado em nome da Novamente, uma associação criada por pais, médicos e amigos de Traumatizados Crânio-Encefálicos (TCE), que se constituiu com o objectivo de prestar um melhor apoio às vítimas de TCE e às suas famílias. “Esta homenagem da autarquia é muito importante porque vem reconhecer uma peça fundamental da nossa instituição e também de todas as que estão aqui representadas, que são os voluntários.
No caso da Novamente, o trabalho dos voluntários é muito importante para a prossecução da nossa missão e dos nossos projectos futuros”, salientou este voluntário.
Os cerca de três mil voluntários que prestam o seu auxílio, de diferentes formas, foram homenageados pelo município, com a entrega de certificados às quatro dezenas de entidades onde prestaram serviço ao longo do ano de 2015.
A cerimónia de tributo público decorreu no Centro Cultural de Cascais, na passada sexta-feira, dia 18 de Março, e foi pequeno para receber quem quis estar presente no reconhecimento da autarquia, que considera o voluntariado, segundo frisou o presidente da Câmara, Carlos Carreiras, “um dos mais valiosos e insubstituíveis activos do concelho”.
“Quando me perguntam se é difícil ser presidente de uma Câmara Municipal como Cascais, eu digo que não é difícil porque nós temos o privilégio de ter em Cascais a vossa atitude e o vosso exemplo, o que torna mais fácil de exercer os poderes públicos”, frisou o autarca.
Carlos Carreiras sublinhou que o voluntariado representa uma forma de participação da sociedade civil que, em Cascais, tem vindo a crescer, tanto em número de voluntários e de entidades promotoras de voluntariado, como na diversidade de projectos que têm sido desenvolvidos.
O presidente da autarquia apelou para a continuação da disponibilidade dos munícipes para “os grandes eventos nacionais e internacionais que não podem ser feitos sem a comunidade” e frisou que “com a vossa participação criamos cadeias de valor que também gerem emprego”. “É todo este movimento que torna o nosso concelho cada vez mais atractivo e reforça a coesão social”.
O autarca salientou que, com o voluntário “temos uma sociedade mais amiga, justa e forte. Continuem a reforçar este movimento, tragam mais amigos”.
João Galveia recebeu o certificado em nome da Novamente, uma associação criada por pais, médicos e amigos de Traumatizados Crânio-Encefálicos (TCE), que se constituiu com o objectivo de prestar um melhor apoio às vítimas de TCE e às suas famílias. “Esta homenagem da autarquia é muito importante porque vem reconhecer uma peça fundamental da nossa instituição e também de todas as que estão aqui representadas, que são os voluntários.
No caso da Novamente, o trabalho dos voluntários é muito importante para a prossecução da nossa missão e dos nossos projectos futuros”, salientou este voluntário.
3.2.16
Cascais: mãe termina greve de fome depois de técnicas da Seg. Social serem afastadas
In "TVI 24"
Há novos desenvolvimentos no caso da mulher que entrou em greve de fome depois de ter perdido a guarda das filhas. Por decisão superior, as técnicas da Segurança Social que acompanhavam o caso de Ana foram afastadas do processo e vão agora existir novas avaliações.
Há novos desenvolvimentos no caso da mulher que entrou em greve de fome depois de ter perdido a guarda das filhas. Por decisão superior, as técnicas da Segurança Social que acompanhavam o caso de Ana foram afastadas do processo e vão agora existir novas avaliações.
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