in Rádio Vaticano
O desafio é da Rede Europeia Anti-Pobreza que ontem, 18 de Maio, promoveu uma mesa redonda no parlamento com os principais partidos políticos para tratar da pobreza em Portugal.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas e um em cada quatro portugueses está abaixo do limiar da pobreza. Números dramáticos que já atingem cerca de 3 milhões de portugueses, sublinha à Radio Vaticano o Padre Jardim Moreira, que preside àquela organização não governamental.
Uma situação que se explica sobretudo pela “aplicação cega” das medidas de austeridade impostas pela Troika, diz aquele sacerdote que pede aos partidos políticos para colocarem a pobreza na agenda da próxima campanha eleitoral.
Em entrevista ao jornalista Domingos Pinto, o padre Jardim Moreira considera que é preciso “deixar de alimentar um capitalismo neo-liberal que visa o lucro” e pede uma distribuição equitativa da riqueza que chegue à classe média e aos pobres.
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25.5.15
Rede Anti-Pobreza preocupada com desconhecimento de alguns partidos sobre pobreza
in Açoriano Oriental
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) disse hoje ter ficado preocupado com alguma falta de sensibilidade e o desconhecimento demonstrado por alguns partidos sobre a pobreza em Portugal, admitindo ter ficado angustiado e triste.
Durante o dia de hoje decorreu, na Assembleia da República, em Lisboa, uma mesa redonda sobre “Compromisso para a definição de uma estratégia nacional de erradicação da pobreza”, que reuniu representantes de todos os partidos com assento parlamentar.
No final, em declarações à agência Lusa, o presidente da EAPN, padre Jardim Moreira, destacou a importância do evento, mas apontou que algumas das propostas dos partidos mostraram desconhecimento face à realidade nacional.
“Deixou-nos preocupados, na medida em que estávamos interessados que este encontro pudesse ter consequências práticas nos programas para as campanhas eleitorais de cada partido, mas pareceu-nos que não havia grande sensibilidade ou abertura para isso”, adiantou o padre Jardim Moreira.
De acordo com o responsável, os representantes de alguns partidos terão dito que estas matérias serão pensadas “só depois das eleições”.
“Fico preocupado porque quer dizer que o programa eleitoral não se situa nas verdadeiras necessidades da população e, particularmente, nesta franja da população, que vai já perto dos três milhões e não seja uma preocupação fundamental. Isto deixa-me alguma angústia e alguma tristeza”, admitiu Jardim Moreira.
Para o responsável, a pobreza continua a não merecer “um ponto de honra” nas políticas públicas nacionais e, ainda que a mesa redonda de hoje possa ter sido um passo positivo, principalmente ao nível da confrontação de ideias, diz que há muito trabalho que ainda falta fazer.
“Ainda estamos longe de poder encontrar uma adesão mais clara, ainda que todos se tenham manifestado preocupados com a pobreza”, disse Jardim Moreira, escusando-se a especificar as posições de cada partido.
Considerou que há “alguma insensibilidade até” por parte dos partidos, que são capazes de se preocupar com o desemprego ou o Rendimento Social de Inserção (RSI), mas não fazem a leitura das causas estruturais da pobreza.
Por outro lado, a diretora executiva da EAPN, Sandra Araújo, disse à Lusa que a luta contra a pobreza reuniu “algum consenso” entre as forças políticas, mas que as opiniões se dividiram quanto ao modo como se olha para a pobreza, para as suas causas ou sobre a forma de intervir.
“É preciso continuar a aprofundar o conceito de pobreza e há necessidade de avaliação das políticas”, apontou Sandra Araújo.
Segundo a responsável, uma matéria que mereceu consenso teve a ver com as crianças e os jovens e com a necessidade de serem uma prioridade política.
“Foram muito discutidas as questões do modelo de desenvolvimento e uma das questões apontadas nas conclusões é que, independentemente do modelo de desenvolvimento que tivermos, o objetivo da erradicação da pobreza tem de ser um objetivo nuclear”, apontou.
De acordo com Sandra Araújo, outro ponto apontado nas conclusões, apresentadas pela economista Manuela Silva, está relacionada com a necessidade de uma melhor redistribuição do rendimento e da riqueza.
A recolha de propostas e contributos para a elaboração do compromisso vai continuar, estando programado um encontro entre associados da EAPN, no dia 02 de junho, em Lisboa.
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) disse hoje ter ficado preocupado com alguma falta de sensibilidade e o desconhecimento demonstrado por alguns partidos sobre a pobreza em Portugal, admitindo ter ficado angustiado e triste.
Durante o dia de hoje decorreu, na Assembleia da República, em Lisboa, uma mesa redonda sobre “Compromisso para a definição de uma estratégia nacional de erradicação da pobreza”, que reuniu representantes de todos os partidos com assento parlamentar.
No final, em declarações à agência Lusa, o presidente da EAPN, padre Jardim Moreira, destacou a importância do evento, mas apontou que algumas das propostas dos partidos mostraram desconhecimento face à realidade nacional.
“Deixou-nos preocupados, na medida em que estávamos interessados que este encontro pudesse ter consequências práticas nos programas para as campanhas eleitorais de cada partido, mas pareceu-nos que não havia grande sensibilidade ou abertura para isso”, adiantou o padre Jardim Moreira.
De acordo com o responsável, os representantes de alguns partidos terão dito que estas matérias serão pensadas “só depois das eleições”.
“Fico preocupado porque quer dizer que o programa eleitoral não se situa nas verdadeiras necessidades da população e, particularmente, nesta franja da população, que vai já perto dos três milhões e não seja uma preocupação fundamental. Isto deixa-me alguma angústia e alguma tristeza”, admitiu Jardim Moreira.
Para o responsável, a pobreza continua a não merecer “um ponto de honra” nas políticas públicas nacionais e, ainda que a mesa redonda de hoje possa ter sido um passo positivo, principalmente ao nível da confrontação de ideias, diz que há muito trabalho que ainda falta fazer.
“Ainda estamos longe de poder encontrar uma adesão mais clara, ainda que todos se tenham manifestado preocupados com a pobreza”, disse Jardim Moreira, escusando-se a especificar as posições de cada partido.
Considerou que há “alguma insensibilidade até” por parte dos partidos, que são capazes de se preocupar com o desemprego ou o Rendimento Social de Inserção (RSI), mas não fazem a leitura das causas estruturais da pobreza.
Por outro lado, a diretora executiva da EAPN, Sandra Araújo, disse à Lusa que a luta contra a pobreza reuniu “algum consenso” entre as forças políticas, mas que as opiniões se dividiram quanto ao modo como se olha para a pobreza, para as suas causas ou sobre a forma de intervir.
“É preciso continuar a aprofundar o conceito de pobreza e há necessidade de avaliação das políticas”, apontou Sandra Araújo.
Segundo a responsável, uma matéria que mereceu consenso teve a ver com as crianças e os jovens e com a necessidade de serem uma prioridade política.
“Foram muito discutidas as questões do modelo de desenvolvimento e uma das questões apontadas nas conclusões é que, independentemente do modelo de desenvolvimento que tivermos, o objetivo da erradicação da pobreza tem de ser um objetivo nuclear”, apontou.
De acordo com Sandra Araújo, outro ponto apontado nas conclusões, apresentadas pela economista Manuela Silva, está relacionada com a necessidade de uma melhor redistribuição do rendimento e da riqueza.
A recolha de propostas e contributos para a elaboração do compromisso vai continuar, estando programado um encontro entre associados da EAPN, no dia 02 de junho, em Lisboa.
Um parlamento que só aprove leis “à prova de pobreza”
Um parlamento que só aprove leis “à prova de pobreza”
Ana Cristina Pereira, in Público on-line
EAPN - Rede Europeia Antipobreza – Portugal quer pôr pobreza na agenda dos partidos.
E se Portugal tivesse uma estratégia nacional de combate à pobreza? Mais: e se Portugal tivesse uma lei nacional de combate à pobreza que, além de enquadrar a tal estratégia, definisse uma série de mecanismos capazes de garantir que a Assembleia da República só aprovaria leis “à prova de pobreza”?
A ideia é nesta segunda-feira à tarde apresentada na sala do senado da Assembleia da República pela EAPN - Rede Europeia Antipobreza - Portugal. O objectivo, segundo a directora-executiva, Sandra Araújo, é influenciar os partidos no momento em que preparam os programas para as próximas eleições.
Nos últimos meses, a EAPN-Portugal tem vindo a dinamizar um grupo de trabalho formado por representantes de diversas organizações locais, nacionais e internacionais, mas também por cidadãos independentes reconhecidos como peritos em matéria de pobreza e exclusão, como Bruto da Costa, Farinha Rodrigues, José Pereirinha, Fernanda Rodrigues, Manuela Silva ou Joaquina Madeira.
Após diversos encontros de reflexão sobre a crise e as políticas de austeridade, o grupo de trabalho apontou para a necessidade de o país definir uma estratégia nacional, como há anos defende a EAPN-Portugal.
A Sérgio Aires, relator de grupo de trabalho, cabe fazer a síntese do manifesto, intitulado Compromisso para uma estratégia nacional de erradicação da pobreza. Preconiza uma espécie de pacto para fazer da “erradicação da pobreza a primeira e mais urgente prioridade nacional”.
O sociólogo deverá começar por fazer uma revisão histórica, segundo adiantou ao PÚBLICO. A crise actual inverteu a tendência de redução de pobreza, que se registava no país desde os anos 90. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, não só a taxa de pobreza passou de 19,9% em 2009 para 19,5% em 2013, como a linha de pobreza relativa caiu de 434 para 411 euros nesse período.
O grupo não poupa críticas ao Governo: entende que “as mudanças sofridas pelas políticas públicas têm vindo a descaracterizar o modelo de Estado social”, “tendendo a convertê-lo num Estado de protecção minimalista, supletivo da protecção privada”. E que “o combate à pobreza e à exclusão está reduzido a medidas avulsas que visam fundamentalmente aliviar as carências mais prementes”.
Sérgio Aires deverá aproveitar a ocasião para recordar aos deputados que o Parlamento aprovou em 2008 uma resolução na qual reconheceu que a pobreza constitui uma violação dos direitos humanos. Parece-lhe que “a consequência natural de tal declaração seria a adopção de uma estratégia nacional”.
O perito apresentará, então, uma “espécie de roteiro”, com possíveis linhas de actuação. Recomendará que se comece por criar um grupo ad hoc na Assembleia da República tendo em vista a definição e a adopção de uma estratégia nacional de combate à pobreza. A pobreza, enfatiza, não depende só de políticas sociais, mas também de políticas económicas e financeiras.
Em nome do grupo, defenderá que se avance para uma lei nacional de combate à pobreza, como a que existe em França. E que se crie uma forma de garantir que o Parlamento aprova leis “à prova de pobreza”. Como? Só se pronunciando sobre as propostas de leis depois de apurar o seu respectivo impacto. “Que nada que aumenta a pobreza saía do Parlamento”, sintetiza Sérgio Aires.
A dita estratégia teria de ter objectivos e metas mensuráveis. E teria de ser avaliada em todos os seus pontos. Não caberia nos limites de um ministério. A Presidência do Conselho de ministros poderia assumir a pasta, quiçá o próprio primeiro-ministro, diz. Constituir-se-ia também uma comissão interministerial com a participação da chamada sociedade civil para desenvolver tudo isto.
Ainda conforme o manifesto, o relator sugerirá que se crie um observatório permanente da pobreza, encarregado de identificar causas e de fazer recomendações. O momento é crucial, diz. Até porque a União Europeia decidiu que 20% do Fundo Social Europeu deve ser aplicado no combate à pobreza.
Seria toda uma mudança de paradigma no combate à pobreza e à exclusão, sintetiza Sérgio Aires. O novo paradigma implicaria envolver as pessoas que vivem em situação de pobreza e de exclusão social na procura de respostas. Uma vez por ano, realizar-se-ia um encontro na Assembleia da República.
O encontro começa às 14h. Pelos partidos, segundo o programa a que o PÚBLICO teve acesso, estarão Artur Rego (PP), Catarina Martins (BE), João Oliveira (PCP), José Luís Ferreira (Verdes), Mercês Borges (PSD) e Sónia Fertuzinhos (PS).
Acabar com a pobreza depende dos políticos
in Notícias ao Minuto
“Políticas macroeconómicas baseadas na austeridade” geraram pobreza e exclusão social, entende o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza.
No ano passado, revelam dados preliminares do INE, um em cada quatro portugueses vivia em risco de pobreza e exclusão social.
A austeridade é apontada pela Rede Europeia Anti Pobreza como responsável pelo deterioramento das condições de vida, que dependem assim das decisões tomadas pelos políticos.
É com base nessa premissa que a organização pediu aos partidos para participar num debate dedicado ao tema da pobreza e exclusão social, que decorre esta segunda-feira no Parlamento.
A culpa é das “políticas macroeconómicas baseadas na austeridade”, explicou à Rádio Renascença o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza, o padre Jardim Moreira.
Tendo em conta que “Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao “agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal”, a prioridade é “dar apoio e resposta” aos dois milhões de portugueses nesta situação.
“Políticas macroeconómicas baseadas na austeridade” geraram pobreza e exclusão social, entende o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza.
No ano passado, revelam dados preliminares do INE, um em cada quatro portugueses vivia em risco de pobreza e exclusão social.
A austeridade é apontada pela Rede Europeia Anti Pobreza como responsável pelo deterioramento das condições de vida, que dependem assim das decisões tomadas pelos políticos.
É com base nessa premissa que a organização pediu aos partidos para participar num debate dedicado ao tema da pobreza e exclusão social, que decorre esta segunda-feira no Parlamento.
A culpa é das “políticas macroeconómicas baseadas na austeridade”, explicou à Rádio Renascença o presidente da Rede Europeia Anti Pobreza, o padre Jardim Moreira.
Tendo em conta que “Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao “agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal”, a prioridade é “dar apoio e resposta” aos dois milhões de portugueses nesta situação.
Precisa-se compromisso entre forças políticas para erradicar a pobreza
por Henrique Cunha, in RR
Principais partidos políticos discutem tema no Parlamento. Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social.
Criar uma estratégia nacional para combater a pobreza e a exclusão social. Este é o apelo que a Rede Europeia Anti-Pobreza leva a debate esta segunda-feira no Parlamento, apelando um compromisso entre os diferentes partidos.
A Rede Europeia Anti-Pobreza quer que o assunto marque a agenda da próxima campanha eleitoral. “Penso que todos terão o desejo de encontrar um consenso num texto que a todos mobilize para esse projecto”, disse à Renascença o Padre Jardim Moreira.
O programa visa “dar apoio e resposta” aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
Todos os partidos com assento parlamentar aceitaram participar numa mesa redonda promovida por este organismo. No final, a economista Manuela Silva apresentará um documento com as conclusões que todos devem subscrever.
Para o padre Jardim Moreira, “todos os partidos deverão querer estar do lado da Justiça e do lado social, até para conquistar votos”.
“Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao “agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal” decorrentes das “políticas macroeconómicas baseadas na austeridade”, lembra o organismo.
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Principais partidos políticos discutem tema no Parlamento. Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social.
Criar uma estratégia nacional para combater a pobreza e a exclusão social. Este é o apelo que a Rede Europeia Anti-Pobreza leva a debate esta segunda-feira no Parlamento, apelando um compromisso entre os diferentes partidos.
A Rede Europeia Anti-Pobreza quer que o assunto marque a agenda da próxima campanha eleitoral. “Penso que todos terão o desejo de encontrar um consenso num texto que a todos mobilize para esse projecto”, disse à Renascença o Padre Jardim Moreira.
O programa visa “dar apoio e resposta” aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
Todos os partidos com assento parlamentar aceitaram participar numa mesa redonda promovida por este organismo. No final, a economista Manuela Silva apresentará um documento com as conclusões que todos devem subscrever.
Para o padre Jardim Moreira, “todos os partidos deverão querer estar do lado da Justiça e do lado social, até para conquistar votos”.
“Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao “agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal” decorrentes das “políticas macroeconómicas baseadas na austeridade”, lembra o organismo.
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Partidos debatem com Rede Anti-Pobreza propostas para combater exclusão social
in http://visao.sapo.pt/partidos-debatem-com-rede-anti-pobreza-propostas-para-combater-exclusao-social=f819948#ixzz3b9EQ5JVr
Lisboa, 17 mai (Lusa) -- Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
Lisboa, 17 mai (Lusa) -- Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
24.5.15
Partidos debatem com Rede Anti-Pobreza propostas para combater exclusão social
in RTP
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
"O objetivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área", disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa "dar apoio e resposta" aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
"Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao "agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal" decorrentes das "políticas macroeconómicas baseadas na austeridade", refere a EAPN.
"Até esta última crise a resposta foi dada com políticas sociais mais ou menos pontuais e assistencialistas e ultimamente passou-se para um sistema de resposta pela rede social", disse Jardim Moreira.
No entanto, "a pobreza tem causas estruturais que não são resolúveis com medidas pontuais de assistência e de emergência".
"É necessário intervir na estrutura", a nível da economia, da política, da saúde, educação para "podermos encontrar respostas para todas as pessoas", defendeu.
Jardim Moreira recordou os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o impacto das políticas da crise em Portugal, segundo os quais toda a sociedade portuguesa empobreceu.
"Os mais ricos contribuíram com cinco por cento para este empobrecimento e os mais pobres com 25%", sublinhou Jardim Moreira, comentando que até "o próprio INE diz que o impacto destas políticas foi bastante duro e negativo na vida dos mais pobres".
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
"O objetivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área", disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa "dar apoio e resposta" aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
"Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao "agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal" decorrentes das "políticas macroeconómicas baseadas na austeridade", refere a EAPN.
"Até esta última crise a resposta foi dada com políticas sociais mais ou menos pontuais e assistencialistas e ultimamente passou-se para um sistema de resposta pela rede social", disse Jardim Moreira.
No entanto, "a pobreza tem causas estruturais que não são resolúveis com medidas pontuais de assistência e de emergência".
"É necessário intervir na estrutura", a nível da economia, da política, da saúde, educação para "podermos encontrar respostas para todas as pessoas", defendeu.
Jardim Moreira recordou os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o impacto das políticas da crise em Portugal, segundo os quais toda a sociedade portuguesa empobreceu.
"Os mais ricos contribuíram com cinco por cento para este empobrecimento e os mais pobres com 25%", sublinhou Jardim Moreira, comentando que até "o próprio INE diz que o impacto destas políticas foi bastante duro e negativo na vida dos mais pobres".
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Principais partidos políticos preocupados com pobreza e exclusão social
in iOnline
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social.
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objectivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem “um marco muito importante para o futuro nacional”, podendo “marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política”.
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema “Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza”, em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
“O objectivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área”, disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa “dar apoio e resposta” aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
“Portugal enfrenta enormes desafios” devido ao “agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal” decorrentes das “políticas macroeconómicas baseadas na austeridade”, refere a EAPN.
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social.
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objectivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem “um marco muito importante para o futuro nacional”, podendo “marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política”.
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema “Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza”, em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
“O objectivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área”, disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa “dar apoio e resposta” aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
“Portugal enfrenta enormes desafios” devido ao “agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal” decorrentes das “políticas macroeconómicas baseadas na austeridade”, refere a EAPN.
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Partidos debatem propostas para combater exclusão social
in Notícias ao Minuto
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
POLÍTICA Partidos debatem propostas para combater exclusão social Lusa
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
"O objetivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área", disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa "dar apoio e resposta" aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
"Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao "agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal" decorrentes das "políticas macroeconómicas baseadas na austeridade", refere a EAPN.
"Até esta última crise a resposta foi dada com políticas sociais mais ou menos pontuais e assistencialistas e ultimamente passou-se para um sistema de resposta pela rede social", disse Jardim Moreira.
No entanto, "a pobreza tem causas estruturais que não são resolúveis com medidas pontuais de assistência e de emergência".
"É necessário intervir na estrutura", a nível da economia, da política, da saúde, educação para "podermos encontrar respostas para todas as pessoas", defendeu.
Jardim Moreira recordou os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o impacto das políticas da crise em Portugal, segundo os quais toda a sociedade portuguesa empobreceu.
"Os mais ricos contribuíram com cinco por cento para este empobrecimento e os mais pobres com 25%", sublinhou Jardim Moreira, comentando que até "o próprio INE diz que o impacto destas políticas foi bastante duro e negativo na vida dos mais pobres".
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
POLÍTICA Partidos debatem propostas para combater exclusão social Lusa
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
"O objetivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área", disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa "dar apoio e resposta" aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
"Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao "agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal" decorrentes das "políticas macroeconómicas baseadas na austeridade", refere a EAPN.
"Até esta última crise a resposta foi dada com políticas sociais mais ou menos pontuais e assistencialistas e ultimamente passou-se para um sistema de resposta pela rede social", disse Jardim Moreira.
No entanto, "a pobreza tem causas estruturais que não são resolúveis com medidas pontuais de assistência e de emergência".
"É necessário intervir na estrutura", a nível da economia, da política, da saúde, educação para "podermos encontrar respostas para todas as pessoas", defendeu.
Jardim Moreira recordou os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o impacto das políticas da crise em Portugal, segundo os quais toda a sociedade portuguesa empobreceu.
"Os mais ricos contribuíram com cinco por cento para este empobrecimento e os mais pobres com 25%", sublinhou Jardim Moreira, comentando que até "o próprio INE diz que o impacto destas políticas foi bastante duro e negativo na vida dos mais pobres".
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Partidos debatem com Rede Anti-Pobreza propostas para combater exclusão social
in RTP
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
"O objetivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área", disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa "dar apoio e resposta" aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
"Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao "agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal" decorrentes das "políticas macroeconómicas baseadas na austeridade", refere a EAPN.
"Até esta última crise a resposta foi dada com políticas sociais mais ou menos pontuais e assistencialistas e ultimamente passou-se para um sistema de resposta pela rede social", disse Jardim Moreira.
No entanto, "a pobreza tem causas estruturais que não são resolúveis com medidas pontuais de assistência e de emergência".
"É necessário intervir na estrutura", a nível da economia, da política, da saúde, educação para "podermos encontrar respostas para todas as pessoas", defendeu.
Jardim Moreira recordou os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o impacto das políticas da crise em Portugal, segundo os quais toda a sociedade portuguesa empobreceu.
"Os mais ricos contribuíram com cinco por cento para este empobrecimento e os mais pobres com 25%", sublinhou Jardim Moreira, comentando que até "o próprio INE diz que o impacto destas políticas foi bastante duro e negativo na vida dos mais pobres".
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Os principais partidos políticos discutem na segunda-feira, na Assembleia da República, formas de combater a pobreza e a exclusão social, a pedido da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), com o objetivo de criar uma estratégia nacional.
Para a EAPN, as próximas eleições legislativas constituem "um marco muito importante para o futuro nacional", podendo "marcar a diferença através do estabelecimento de um compromisso nacional para (re)construir uma coesão social onde os direitos dos cidadãos são protegidos e onde a luta contra a pobreza e a exclusão social se assume como uma prioridade na agenda política".
Para isso, a EAPN desafiou os partidos a participarem num encontro, com o tema "Compromisso para a definição de uma Estratégia nacional de Erradicação da Pobreza", em que será debatido o programa eleitoral dos vários partidos no domínio da pobreza e da exclusão.
"O objetivo principal [do encontro] é chegar a um consenso de construirmos em conjunto um programa nacional de combate à pobreza, partilhado por políticos, por partidos, entidades e pelas instituições que trabalham no terreno nesta área", disse à agência Lusa o presidente da EAPN Portugal, padre Jardim Moreira
Segundo Jardim Moreira, o programa visa "dar apoio e resposta" aos dois milhões de portugueses que vivem em situação de pobreza e exclusão social.
"Portugal enfrenta enormes desafios" devido ao "agravamento do desemprego e das situações de pobreza e exclusão social em Portugal" decorrentes das "políticas macroeconómicas baseadas na austeridade", refere a EAPN.
"Até esta última crise a resposta foi dada com políticas sociais mais ou menos pontuais e assistencialistas e ultimamente passou-se para um sistema de resposta pela rede social", disse Jardim Moreira.
No entanto, "a pobreza tem causas estruturais que não são resolúveis com medidas pontuais de assistência e de emergência".
"É necessário intervir na estrutura", a nível da economia, da política, da saúde, educação para "podermos encontrar respostas para todas as pessoas", defendeu.
Jardim Moreira recordou os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o impacto das políticas da crise em Portugal, segundo os quais toda a sociedade portuguesa empobreceu.
"Os mais ricos contribuíram com cinco por cento para este empobrecimento e os mais pobres com 25%", sublinhou Jardim Moreira, comentando que até "o próprio INE diz que o impacto destas políticas foi bastante duro e negativo na vida dos mais pobres".
Em 2014, uma em cada quatro pessoas residentes em Portugal vivia em risco de pobreza ou exclusão social, segundo números preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), que revelam uma deterioração das condições de vida desde 2011.
Entre 2010 e 2014, ficaram em risco de pobreza ou exclusão social mais de 200 mil pessoas, uma vez que este indicador passou dos 24,4% da população residente em 2011 para 27,5% em 2013, estimando o INE que esta proporção se tenha mantido no ano passado.
Instituições sociais e peritos pedem leis "à prova de pobreza"
in TSF
Ideia chega hoje ao parlamento. Quem faz a proposta diz que é preciso avaliar impacto das políticas públicas sobre a pobreza e sublinha que isso já é feito, por exemplo, na Irlanda.
É preciso estudar, previamente, o impacto das principais leis sobre a pobreza. A proposta é apresentada esta segunda-feira pela Rede Europeia Anti-Pobreza, por algumas instituições sociais e por vários investigadores da área como Alfredo Bruto da Costa ou Carlos Farinha Rodrigues.
O chamado roteiro contra a pobreza será entregue num encontro com deputados e pede aos partidos que dêem, na próxima legislatura, prioridade ao combate à pobreza.
Sandra Araújo, diretora-executiva da Rede Europeia Anti-Pobreza, explica que a principal proposta passa pela criação de uma "lei à prova de pobreza". Ou seja, normas que obriguem a que "todas as políticas públicas sejam avaliadas ao nível do aumento ou redução da pobreza, sobretudo nas áreas das finanças, economia, saúde e habitação". Na prática, o objetivo é levar este problema a estar no centro das preocupações dos futuros governo e parlamento.
A responsável sublinha que a pobreza não tem parado de aumentar em Portugal e outra proposta é que este tema passe a estar 'nas mãos' do conselho de ministros e não de um único ministro da solidariedade ou segurança social. Sandra Araújo fala na necessidade "de um compromisso sério de todos os partidos e de uma estratégia nacional contra a pobreza".
As instituições sociais que fazem esta proposta sublinham ainda que o programa de emergência social do atual governo é pouco e não tem resolvido o problema da pobreza: estamos perante "medidas avulsas e assistencialistas" que não asseguram uma diminuição sustentada dos números da pobreza.
Ideia chega hoje ao parlamento. Quem faz a proposta diz que é preciso avaliar impacto das políticas públicas sobre a pobreza e sublinha que isso já é feito, por exemplo, na Irlanda.
É preciso estudar, previamente, o impacto das principais leis sobre a pobreza. A proposta é apresentada esta segunda-feira pela Rede Europeia Anti-Pobreza, por algumas instituições sociais e por vários investigadores da área como Alfredo Bruto da Costa ou Carlos Farinha Rodrigues.
O chamado roteiro contra a pobreza será entregue num encontro com deputados e pede aos partidos que dêem, na próxima legislatura, prioridade ao combate à pobreza.
Sandra Araújo, diretora-executiva da Rede Europeia Anti-Pobreza, explica que a principal proposta passa pela criação de uma "lei à prova de pobreza". Ou seja, normas que obriguem a que "todas as políticas públicas sejam avaliadas ao nível do aumento ou redução da pobreza, sobretudo nas áreas das finanças, economia, saúde e habitação". Na prática, o objetivo é levar este problema a estar no centro das preocupações dos futuros governo e parlamento.
A responsável sublinha que a pobreza não tem parado de aumentar em Portugal e outra proposta é que este tema passe a estar 'nas mãos' do conselho de ministros e não de um único ministro da solidariedade ou segurança social. Sandra Araújo fala na necessidade "de um compromisso sério de todos os partidos e de uma estratégia nacional contra a pobreza".
As instituições sociais que fazem esta proposta sublinham ainda que o programa de emergência social do atual governo é pouco e não tem resolvido o problema da pobreza: estamos perante "medidas avulsas e assistencialistas" que não asseguram uma diminuição sustentada dos números da pobreza.
23.4.15
Organização apresenta estratégia contra a pobreza a 18 de maio
in Notícias ao Minuto
A organização portuguesa da Rede Europeia Anti-Probreza (EAPN) anunciou hoje que vai apresentar a 18 de maio, na Assembleia da República, uma estratégica contra a pobreza que inclui medidas como estudar os impactos das leis.
Trata-se de "um plano operacional" que foi elaborado ao longo de vários meses com uma estratégia nacional de combate à pobreza, mais concretamente de erradicação da pobreza, como indicou Sérgio Aires, da EAPN, num debate em Bragança sobre o papel do setor social na atual conjuntura do país.
A concretização das medidas depende de decisões políticas e, por essa razão, os promotores terão "a 18 de maio um encontro, na Assembleia da República, justamente para discutir com os líderes parlamentares esta estratégia porque a responsabilidade será do Parlamento, em primeira instância", para concretizar este plano, segundo disse.
O segundo passo "é influenciar e esperar que esta estratégia seja incorporada nos programas eleitorais das diferentes candidaturas para as próximas eleições legislativas", acrescentou.
O dirigente adiantou que já estão delineadas medidas concretas, desde logo " mudanças legislativas que têm que acontecer", concretamente que "de uma vez por todas o Parlamento deixe de aprovar leis que já sabe à partida que vão aumentar a pobreza".
"Quando se aumenta a taxa do IVA temos de saber e medir e avaliar antes mesmo de o fazer que efeitos é que isso pode ter na economia e, por essa via, no aumento ou redução da pobreza", exemplificou.
A EAPN preconiza a criação de "um mecanismo parlamentar que impeça que as decisões que são tomadas sem que estejam baseadas neste tipo de teste anti-pobreza".
Sérgio Aires vincou que se trata de "um projeto politico porque é isso que tem faltado" em Portugal na procura de soluções para os dois milhões e meio de pessoas a viver em situação de pobreza, uma realidade que esta organização acredita tenha "uma intensidade muito maior" atualmente.
"Vinte e cinco cento da população não é suficiente para pararmos todos e dizermos esta é que é a prioridade antes de mais nada?", questionou.
A estratégia, continuou, "tem de ser implementada com a participação da sociedade portuguesa, "porque não adianta, seja qual for o governo, ter muita vontade de combater a pobreza se não mobiliza a sociedade para isso".
"Não é desenhar um conjunto de projetos e depois a seguir dizer: agora façam", ilustrou, apontando que "as coisas desenhadas de forma central, muitas vezes, não têm nenhuma adaptabilidade aos territórios".
A proposta contempla ações imediatas para que "as medidas de maior assistencialismo sejam acompanhadas de mais qualquer coisa".
"Enquanto continuarmos apenas a assistir as pessoas e a dar-lhes de comer, a única coisa que vai acontecer é que vamos continuar a fazer isso indefinidamente", defendeu.
A organização defende que o combate à pobreza não pode passar apenas pelo Ministério da Solidariedade e IPSS, alegando que "o principal responsável pela produção de pobreza é o paradigma económico".
A organização preconiza ainda que a estratégia seja complementada também com medidas europeias.
A organização portuguesa da Rede Europeia Anti-Probreza (EAPN) anunciou hoje que vai apresentar a 18 de maio, na Assembleia da República, uma estratégica contra a pobreza que inclui medidas como estudar os impactos das leis.
Trata-se de "um plano operacional" que foi elaborado ao longo de vários meses com uma estratégia nacional de combate à pobreza, mais concretamente de erradicação da pobreza, como indicou Sérgio Aires, da EAPN, num debate em Bragança sobre o papel do setor social na atual conjuntura do país.
A concretização das medidas depende de decisões políticas e, por essa razão, os promotores terão "a 18 de maio um encontro, na Assembleia da República, justamente para discutir com os líderes parlamentares esta estratégia porque a responsabilidade será do Parlamento, em primeira instância", para concretizar este plano, segundo disse.
O segundo passo "é influenciar e esperar que esta estratégia seja incorporada nos programas eleitorais das diferentes candidaturas para as próximas eleições legislativas", acrescentou.
O dirigente adiantou que já estão delineadas medidas concretas, desde logo " mudanças legislativas que têm que acontecer", concretamente que "de uma vez por todas o Parlamento deixe de aprovar leis que já sabe à partida que vão aumentar a pobreza".
"Quando se aumenta a taxa do IVA temos de saber e medir e avaliar antes mesmo de o fazer que efeitos é que isso pode ter na economia e, por essa via, no aumento ou redução da pobreza", exemplificou.
A EAPN preconiza a criação de "um mecanismo parlamentar que impeça que as decisões que são tomadas sem que estejam baseadas neste tipo de teste anti-pobreza".
Sérgio Aires vincou que se trata de "um projeto politico porque é isso que tem faltado" em Portugal na procura de soluções para os dois milhões e meio de pessoas a viver em situação de pobreza, uma realidade que esta organização acredita tenha "uma intensidade muito maior" atualmente.
"Vinte e cinco cento da população não é suficiente para pararmos todos e dizermos esta é que é a prioridade antes de mais nada?", questionou.
A estratégia, continuou, "tem de ser implementada com a participação da sociedade portuguesa, "porque não adianta, seja qual for o governo, ter muita vontade de combater a pobreza se não mobiliza a sociedade para isso".
"Não é desenhar um conjunto de projetos e depois a seguir dizer: agora façam", ilustrou, apontando que "as coisas desenhadas de forma central, muitas vezes, não têm nenhuma adaptabilidade aos territórios".
A proposta contempla ações imediatas para que "as medidas de maior assistencialismo sejam acompanhadas de mais qualquer coisa".
"Enquanto continuarmos apenas a assistir as pessoas e a dar-lhes de comer, a única coisa que vai acontecer é que vamos continuar a fazer isso indefinidamente", defendeu.
A organização defende que o combate à pobreza não pode passar apenas pelo Ministério da Solidariedade e IPSS, alegando que "o principal responsável pela produção de pobreza é o paradigma económico".
A organização preconiza ainda que a estratégia seja complementada também com medidas europeias.
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