Alexandra Inácio, e Augusto Correia, in Jornal de Notícias
José Sócrates diz que o programa vai chegar a 500 mil pessoas
O Governo assinou ontem protocolos com as operadoras PT, Vodafone e Sonaecom, cujas contrapartidas financiarão o programa de acesso a computadores e Internet a preços reduzidos aos estudantes do secundário, docentes e formandos do programa Novas Oportunidades. Alunos, pais e professores devem olhar para o computador "como um material didáctico tão banal quanto os livros".
"Quem questiona a importância da banda larga não conhece o mundo. É um serviço público tão importante quanto foi o telefone ou a luz eléctrica há um século", defendeu o primeiro-ministro. Na cerimónia, na escola secundária Eça de Queirós, em Lisboa, José Sócrates disse que a generalização do acesso à Internet resulta "na democratização do conhecimento, autonomia individual, desenvolvimento económico e aumento da competitividade".
José Sócrates sublinhou que este é o "programa mais ambicioso e importante do Plano Tecnológico" e que o próximo alvo serão as empresas, que poderão vir a beneficiar de condições vantajosas para o acesso à novas tecnologias.
Para já, são três os programas O "e-escola" começa a 15 de Setembro e dirige-se a 240 mil alunos que se inscrevam no 10º ano nos próximos três anos - para os inscritos na Acção Social Escolar o pacote inclui um portátil e uma mensalidade de cinco euros pelo acesso à banda Larga, os que tiverem um rendimento familiar reduzido pagarão 15 euros de mensalidade e os restantes uma entrada inicial de 150 euros pelo portátil e uma taxa mensal inferior cinco euros às ofertas de mercado das operadoras. Regras idênticas, aliás, para os 150 mil docentes que poderão aceder ao programa "e-professor". Os formandos do "Novas Oportunidades" terão de pagar, além da entrada de 150 euros, uma mensalidade de 15 euros pelo acesso à banda larga. As informações estão disponíveis na Internet no endereço: www.eescola.net.
Computadores nacionais
Os computadores disponibilizados custariam, a preços de mercado, cerca de 800 euros. As características técnicas finais "ainda não estão definidas a 100%", explicou ao JN Luís Cabrita, presidente do Conselho de Administração da "Prológica", uma das empresas portuguesas responsáveis pela montagem e assistência técnica. "Não há o critério da poupança", explicou, ao garantir computadores "já com uma capacidade invejável" e aptos a "aproveitar as potencialidades multimédia" do "Windows Vista", o sistema operativo a instalar, e do "Office 2007", que a "Microsoft" fornece ao Governo a 10% do valor de mercado, que ronda os 600 euros.
Jorge Sá Couto, presidente da "JP Sá Couto/Tsunami", salientou "a importância da industria nacional, neste caso de computadores, estar directamente envolvida neste projecto" em sistema de parceria. "O objectivo é fornecer máquinas montadas em Portugal ou com supervisão de empresas portuguesas, mas isso dependerá da urgência da entrega e da quantidade pedida", acrescentou Luís Cabrita, da "Prológica".
Hardware mínimo
Processador Intel 1 Ghz
Memória RAM de 1 GB
Disco rígido de 60 GB
Gravador de CD
Leitor de DVD
Software de base
Windows Vista Home Premium
MS Producer
Microsoft Reader
Microsoft Movie Maker
Windows Live Messenger
Curriculum Literacia Digital
Office 2007, incluindo Word, Excel e Power Point