28.9.07

Rede de Cuidados Continuados alargada a mais três instituições da Região Centro

Maria João Lopes, in Jornal Público

Até ao final do ano, o objectivo é disponibilizar 734 camas. Nos próximos dias, Leiria passará também a integrar a rede


A Rede Nacional de Cuidados Continuados foi ontem alargada com a assinatura, em Coimbra, de vários acordos entre a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e o Instituto de Segurança Social. Para além da renovação dos protocolos já existentes com várias instituições da Região Centro, passam a estar incluídas na rede as Misericórdias de Arganil e de Tábua e a Casa de Repouso de Coimbra.

Neste momento, fazem parte da rede instituições dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu, mas, dentro de dias, anunciou o presidente da ARS do Centro, João Pedro Pimentel, na cerimónia que decorreu no Governo Civil de Coimbra, será incluído também o de Leiria. "Mais contratos se seguirão", afirmou.
Segundo João Pedro Pimentel, na Região Centro, "no primeiro ano de experiências-piloto", em 2005-2006, o número de camas reservadas a unidades de convalescença, de internamento de média e de longa duração e de cuidados paliativos era de 379. Agora, com a inclusão de algumas zonas de Viseu na ARS do Norte, o número é de 332. Mas o "objectivo", garantiu, é que, até ao final do ano, haja 734 camas disponíveis para este tipo de cuidados.

João Pedro Pimentel frisou que, só na Região Centro, "vive cerca de meio milhão de cidadãos com mais de 65 anos". Por isso, defendeu o responsável, "os cuidados de saúde em geral, e os cuidados continuados em especial, têm que dar resposta adequada ao envelhecimento da população".

Também presente na cerimónia, a coordenadora da Unidade de Missão para a Rede Nacional de Cuidados Continuados, Inês Guerreiro, que hoje estará em Guimarães (ver caixa), afirmou que assinatura destes protocolos marca o arranque de uma nova fase do projecto: "Vamos na terceira fase. A primeira fase foi de preparação, para escolher pessoas, líderes. (...)

A segunda fase foi para traçar um caminho conjunto. (...) E este é o terceiro passo, alargar a rede", declarou.

O presidente da União das Misericórdias, Manuel de Lemos, considerou mesmo que a assinatura destes contratos é um passo "relevante para a saúde dos portugueses". Ontem, em Coimbra, para além dos protocolos que foram renovados, os novos contratos assinados alargam a rede à Santa Casa de Misericórdia de Arganil, que disponibilizará 24 camas, à de Tábua, com mais 26 camas, e à Casa de Repouso de Coimbra, com 15 camas.