24.7.17

Famílias vão ter casas reconstruídas

in Correio do Minho

A organização internacional Habitat for Humanity, a Fundação Manuel António da Mota e a Câmara de Celorico de Basto assinaram ontem um protocolo para a reconstrução de casas de famílias carenciadas no concelho
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Helena Pina Vaz, presidente da Habitat for Humanity em Portugal, realçou ser propósito do acordo celebrado ontem nos Paços do Concelho criar condições para, em regime de voluntariado, permitir a reconstrução de casas para quem não tem os meios económicos para o fazer, nem possibilidade de aceder ao crédito bancário.

Apontando o exemplo do trabalho que tem sido realizado noutros concelhos, nomeadamente no vizinho município de Amarante, onde já foram recuperadas várias habitações com o apoio da Habitat, assinalou a habitual participação de grupos de voluntários internacionais, que costumam ajudar nas obras de construção civil, no contexto de férias solidárias. “Ninguém é pago para vir”, assinalou.

A ajuda da Habitat for Humanity, presente em cerca de 90 países, ocorre quando as famílias são proprietárias dos espaços. Nesses casos, a instituição empresta o dinheiro sem juros e disponibiliza apoio técnico ao nível da engenharia e arquitetura.

Na reconstrução, as famílias devem ajudar, assim como as comunidades locais, sempre em regime de voluntariado, o que tem ocorrido com sucesso em Portugal, vincou.

Do lado da Fundação Manuel António da Mota, foi evidenciado que o protocolo decorre da “forte ligação simbólica e afectiva” a Celorico de Basto, concelho onde nasceu o fundador daquela instituição, e da boa colaboração entre as duas partes no trabalho que tem sido realizado em Amarante.

“Com esta união de esforços, com o Município de Celorico de Basto e a Habitat, iremos mobilizar todos as ajudas para resolver um maior número de situações de carência habitacional, num curto período de tempo e a custos reduzidos”, disse Rui Jorge Pedroto, dirigente da fundação.

A fundação tem apoiado financeiramente alguns dos projectos de reconstrução, nomeadamente naqueles em que as famílias não têm possibilidade de ressarcir a Habitat.

Para o presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, o acordo entre as três partes “tem como objectivo fazer coisas boas junto dos mais carenciados, unindo vontades e determinação de uma sociedade solidária”.
“Damos as mãos para proceder a intervenções de vária ordem nas habitações que não têm dignidade, apoiados em entidades, mecenas e voluntários, num esforço conjunto para alavancar este processo”, afirmou, discursando para representantes de freguesias e associações de Celorico de Basto.