7.4.10

Técnicos do projecto de luta contra a pobreza de Alpiarça não querem ordenados reduzidos

in O Mirante

O projecto de luta contra a pobreza em Alpiarça continua num impasse, agora porque os técnicos contratados pela Fundação José Relvas não aceitam que os seus ordenados sejam revistos. A situação foi comunicada recentemente à autarquia pela instituição de solidariedade social. O município tinha proposto uma redução dos vencimentos dos profissionais mais condicentes com a realidade do concelho e mostrou-se disponível para negociar, mas o caso voltou à estaca zero.

Chegou a haver uma reunião com os profissionais e parecia haver abertura para se chegar a um entendimento. Por isso a resposta da fundação originou alguma surpresa. Ainda para mais quando o município já disse que não vai mudar a sua posição de baixar os ordenados nem que tenha que entregar o projecto a outra instituição do concelho. A autarquia vai agora pedir mais uma reunião do Conselho Local de Acção Social para que este tome mais uma posição sobre o assunto.

A câmara municipal tinha pedido um parecer jurídico na expectativa que se pudesse chegar a acordo em relação ao problema dos elevados ordenados dos técnicos, que foram contratados pela fundação antes de a câmara ter aprovado o projecto. O documento indica que era possível legalmente rescindir o contrato com os técnicos e fazer um novo com outros valores.

Este caso arrasta-se há mais de oito meses, desde que a ex-presidente do município, Vanda Nunes, independente eleita pelo PS, recusou assinar o projecto porque dos 525 mil euros de orçamento, ao abrigo dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), 363 mil euros eram destinados a pagar os ordenados. Na altura o actual presidente da câmara era vereador da CDU na oposição e também mostrou a sua discordância, posição que tem mantido.