8.3.23

Taxa de inflação abranda em janeiro nos países da OCDE

in Expresso

A taxa de inflação em janeiro nos 38 países que integram a OCDE abrandou para os 9,2%, anunciou esta terça-feira a instituição

A taxa de inflação nos 38 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recuou para os 9,2% em janeiro, face a 9,4% em dezembro de 2022, anunciou esta terça-feira a instituição com sede em Paris, França.

Metade dos países que fazem parte da OCDE registaram um abrandamento da inflação em janeiro, quando em dezembro mais estados - dois terços - tinham visto o ritmo de subida dos preços abrandar face a novembro.

A Hungria, Letónia, Lituânia e Turquia apresentaram em janeiro as maiores taxas de inflação da OCDE, com 25,7%, 21,5%, 20%, e 57,7%, respetivamente.

Um dos maiores fatores de subida dos preços, a energia, alcançou a taxa mais baixa desde março de 2021, fixando-se nos 16,4% em janeiro e abrandando face aos 18,2% de dezembro de 2022. A contribuir para o abrandamento esteve a introdução de tectos nos preços nos Países Baixos e a queda dos preços da energia no mercado regulado italiano.

Também, segundo a OCDE, “na Bélgica, Dinamarca, Itália e Turquia a desaceleração nos preços da energia em janeiro de 2023 justifica-se em grande medida com o forte aumento do índice de preços no consumidor da energia em janeiro de 2022”, isto é, “por efeitos-base”.

Outro componente que contribuiu para o surto inflacionista foi o dos bens alimentares, cuja inflação desacelerou para 15,2% em janeiro nos países membros da OCDE, face a 15,6% em dezembro do ano passado.

A inflação subjacente, que exclui as componentes energética e alimentar por serem de preço volátil, manteve-se igual à taxa de dezembro, nos 7,2%.

Entre os países do G7, a taxa de inflação “aumentou na Alemanha, Japão, e, em menor medida, em França, ao passo que se manteve basicamente estável nos Estados Unidos. Itália registou uma queda pronunciada, ao passo que o Canadá e o Reino Unido apresentaram quedas significativas mas menos substanciais”, detalha a OCDE.

“A inflação da alimentação e da energia continuaram a ser os maiores contributos para a inflação geral em França, Itália, e Japão, ao passo que a inflação sem bens alimentares e energia foi o maior impulsionador no Canadá e nos Estados Unidos. Na Alemanha e no Reino Unido ambos os componentes contribuíram igualmente para a taxa de inflação geral”, detalha a organização.