6.5.07

Fórum Eduk@ mostra nos pavilhões da Exponor como será a escola do futuro

Deborah Penna, in Jornal Público

Novas plataformas de ensino e material didático estão disponíveis e prontas a utilizar, mas falta ainda que cheguem à generalidade das nossas escolas


A escola do futuro chegou ao presente e esteve no centro das atenções por estes dias na Exponor. As novas tecnologias de informação e comunicação já estão completamente assimiladas pelos jovens de hoje, que são uma geração imersa no mundo multimédia. Falta agora que chegue à generalidade das escolas do país.

Por isso, os projectos das diferentes empresas parceiras do Fórum Eduk@ (que decorre até hoje) pretendem fazer chegar às escolas novas plataformas de ensino e de material didáctico.

A Escola Virtual, da Porto Editora, foi uma das propostas apresentadas anteontem durante o seminário Material didáctico inovador, que se realizou em pararelo com a feira. Este modelo já foi implementado com sucesso noutros países, nomeadamente no Reino Unido, onde o Governo financia a introdução das tecnologias nas escolas. A Porto Editora criou um projecto-piloto com três escolas, (secundária dos Carvalhos e de Valadares e EB 2/3 de Calheta, na Madeira) que já tem dado frutos positivos. O projecto consiste em apresentar recursos educativos de cariz multimédia, apresentados num quadro interactivo.

No entanto, José Paulo Santos, do Centro de Formação de Entre Paiva e Caima, discorda da utilização de conteúdos predefinidos e já finalizados, como é o caso da Escola Virtual. Para ele, coordenador do Projecto Interact, "os professores têm muito para dar, para criar e recriar". Na verdade, o Projecto Interact, ligado à Decitrel Inovação, aposta na interactividade e na utilização de quadros interactivos, mas propõe também o estudo de práticas, a produção e partilha de conteúdos na plataforma interact (http://interactsite.blogspot.com). "Queremos construir contextos inteligentes, onde os alunos possam construir os seus conteúdos, com o auxílio dos professores", sublinhou.

Outra proposta lançada neste seminário foi o projecto SmartUs, do grupo Lapset (representada pela FLG em Portugal), que tem como objectivo a convergência da tecnologia interactiva com brinquedos tradicionais.

"É extremamente simples trabalhar com esta plataforma, e qualquer pessoa pode criar conteúdos, inclusive os alunos", afirmou Rijo Koivula, o director de produto da Lapset. O projecto consiste em criar conteúdos e depois transmiti-los para os brinquedos, de modo a que os miúdos possam "combinar exercício físico, aprendizagem e brincadeira".

O quadro inteligente ou SmartBoard, apresentado pela Fama-Sete/Group Vision Portugal, é um quadro interactivo, onde também se pode interagir com as mãos (e não só com a caneta, normal nos outros quadros) e guardar os conteúdos utilizados, para depois disponibilizar, por exemplo, no site da escola.

"O uso do quadro interactivo será uma realidade no futuro", garantiu Alcides Meireles, professor de ensino secundário, sublinhando que cerca de "60 a 70 por cento das escolas em Inglaterra já estão equipadas com esses quadros".

Todas as tecnologias apresentadas podem ser visualizadas e experimentadas ainda hoje nos expositores no Fórum Eduk@.

As novas tecnologias de infomação e comunicação já estão completamente assimiladas pelos jovens