26.12.07

Número de inscritos nos centros de emprego baixa

João Manuel Rocha, in Jornal Público

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego manteve em Novembro a trajectória descendente pelo vigésimo primeiro mês consecutivo, apesar do crescimento do desemprego registado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados ontem divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) indicam que o número de desempregados inscritos nos centros era de 397.192 no final de Novembro, menos de 13,2 por cento do que no mesmo mês de 2006. Face a Outubro deste ano, regista-se também uma quebra de 0,4 por cento.

A diminuição face ao mês homólogo do ano anterior acontece quer entre os homens (menos 17 por cento) quer entre as mulheres (menos 10,5) e tanto no caso dos jovens (menos 11,5 por cento) como dos adultos (menos 13,5).

Os indicadores sobre desemprego são também mais baixos do que há um ano em todos os níveis de habilitação escolar, sendo os decréscimos mais significativos no segundo ciclo e primeiro ciclo do ensino básico (menos 20,3 e 17,0 respectivamente).
A análise regional mostra um decréscimo anual do desemprego em todas as regiões do continente, mas uma subida nas regiões autónomas. Comparando Novembro com o mês anterior, verifica-se a mesma tendência de descida no continente e subida nas ilhas, mas há uma excepção: o Algarve, onde se registou um aumento de 24 por cento entre os dois meses.

Os dados sobre o continente confirmam o elevado peso dos "trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio" (51879), dos "empregados de escritório" (45702), do "pessoal dos serviços de protecção e segurança" (45352) e dos trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústrias transformadoras" (32462). Estes grupos profissionais representavam em Novembro 45,5 por cento do total de desempregados inscritos no IEFP.

As mais recentes estimativas do Eurostat, que tomam por base os dados do INE e do IEFP, indicam uma taxa de desemprego de 8,2 por cento para Outubro, mais 0,3 por cento do que um ano antes.