in Jornal Público
A Arquidiocese de Braga da Igreja Católica vai criar um Banco Alimentar Contra a Fome, com um armazém para os produtos recolhidos e a instalação de uma câmara frigorífica para os bens perecíveis, anunciou ontem o arcebispo-primaz de Braga. D. Jorge Ortiga adiantou que o projecto, que funcionará em cooperação com o Banco Alimentar Contra a Fome, vai complementar a actividade já desenvolvida pela Cáritas Diocesana, que apoia algumas dezenas de famílias e cidadãos da região.
"A comunidade cristã não pode ficar indiferente às situações de pobreza, sobretudo as de pobreza escondida, que existem na Diocese de Braga", acentuou o prelado. O arcebispo-primaz salientou ainda que o Banco Alimentar a nível nacional "tem uma estrutura laica e não-confessional, pelo que "o de Braga irá funcionar com uma estrutura autónoma, mas no quadro de uma parceria com aquela organização". O prelado acrescentou que o processo está a correr, "embora nem sempre com a celeridade necessária, dada a importância do problema" e que a arquidiocese tem já em vista um local para o armazenamento dos bens.
A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome recolhe e distribui, em Portugal, várias dezenas de milhares de toneladas de produtos e apoia mais de 1400 instituições. Os bancos alimentares distribuem refeições confeccionadas e cabazes de alimentos a pessoas comprovadamente carenciadas, abrangendo já a distribuição total mais de 216 mil pessoas. Lusa
216 Mil pessoas são actualmente apoiadas no país pelos bancos alimentares com o fornecimento de refeições e bens alimentares