30.4.08

Situação alarma associações que apoiam pobres

Lucília Oliveira, in Fátima Missionária

"A situação é preocupante". O alerta é da presidente da Federação Portuguesa de Bancos Alimentares Contra a Fome


O quadro é de crise, em Portugal, mais grave do que actual, devido à subida em curso dos preços dos principais bens alimentares. Isabel Jonet apela à “serenidade” para “evitar corridas ao mercados” e à acumulação de bens alimentares que tem como consequência fazer disparar ainda mais os preços.

A presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, que realiza este fim-de-semana uma campanha de recolha de alimentos, aponta a situação preocupante dos idosos, que além da alimentação têm ainda um grande encargo com medicamentos.

À Lusa, Fernando Nobre, presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), revela que “as pessoas estão com a corda ao pescoço”. Uma situação que é fruto do endividamento das pessoas, “aliciadas pelos bancos”, e consequente “empobrecimento da classe média”. “Só tornando a questão [da pobreza] uma causa nacional é que se pode inverter a situação”, afirma Fernando Nobre.

O Instituto Nacional de Estatística calculou a existência de dois milhões de pobres em Portugal, em Outubro de 2007. Ou seja, um terço da população entre os 16 e os 64 anos vive com menos do que o estipulado. O limiar da pobreza é definido abaixo de um euro por dia.