18.8.10

Microcrédito: o distrito que menos recorre a este apoio é...

in Agência Financeira

...o distrito de Bragança. Destinatários são desempregados, beneficiários do Rendimento Social de Inserção e imigrantes


O distrito de Bragança é dos que no país menos recorre ao microcrédito, uma realidade que diversos parceiros contra a pobreza querem contrariar com acções destinadas a desempregados iniciadas esta quarta-feira em Macedo de Cavaleiros.

Divulgar este instrumento destinado a financiar pessoas que não têm acesso ao crédito bancário é o propósito da iniciativa «Empreendedorismo e microcrédito, estratégias para contrariar a pobreza» com acções previstas para Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé e Mogadouro.

Os destinatários são desempregados, beneficiários do Rendimento Social de Inserção e imigrantes e a responsável pela iniciativa é associação empresarial do Distrito de Bragança (NERBA), parceiro do núcleo distrital da Rede Europeia Anti-probreza (REAPN) no projecto SIM- Sensibilizar, Informar e Mobilizar.

Objectivo: combater pobreza e exclusão social

O projecto visa assinalar o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social e contempla, entre outras acções, a que teve início esta quarta-feira em Macedo de Cavaleiros para divulgar as oportunidades de mecanismo como o microcrédito.

«O distrito de Bragança é onde há mais dificuldades em encontrar microempreendedores, é uma das regiões onde há menos iniciativas de microcrédito», disse Sérgio Aires, representante de um projecto para concessão de microcrédito que a REAPN está a desenvolver com uma instituição bancária.

Embora nenhuma das entidades presentes em Macedo de Cavaleiros dispusesse de números sobre a realidade do Distrito de Bragança, dados divulgados terça-feira pela Associação Nacional de Direito ao Crédito revelam que na última década surgiram apenas 19 projectos de microcrédito neste Distrito.

O montante máximo que as pessoas podem solicitar é de 10 mil euros para criar o próprio emprego ou avançarem com um negócio próprio.

Na opinião de Ivone Florêncio do núcleo distrital da REAPN este apoio não tem sido procurado nesta região por «falta de conhecimento, de confiança e de apoio».

«Abrir caminhos» às pessoas «tentando encontrar oportunidades onde elas parecem não existir» é o propósito desta acção com cerca de 40 destinatários em cada um dos concelhos abrangidos.