24.9.15

Trabalhadores/as do sexo reunidos no Porto - Sociedade

in TSF

Representantes de vários países europeus reúnem-se para "partilhar informação" e discutir os direitos dos trabalhadores do sexo.

Alexandra Oliveira, investigadora da Universidade do Porto e uma das organizadores do encontro, diz que de uma forma geral na Europa os trabalhadores do sexo não têm direitos nem são reconhecidos. Mudar as leis é o primeiro passo para ultrapassar a discriminação; "há um marca negativa sobre estas pessoas que faz com que sejam rejeitadas e discriminadas. Legalizar esta atividade e reconhecê-la como uma profissão era um contributo importante para se começar a lutar contra esse estigma que recai sobre as pessoas que estão no sexo comercial". Joaquim Ferreira conversou com a organizadora do encontro Alexandra Oliveira, autora de uma tese sobre o tema da prostituição, diz que em Portugal os direitos dos trabalhadores do sexo raramente são abordados e quando isso acontece o debate é inconsequente, "às vezes as pessoas que gerem o país são obrigadas a pronunciar-se sobre isto, mas depois fica tudo na mesma". Na União Europeia as leis sobre prostituição são muito diferentes de país para país. Em Portugal, lembra Alexandra Oliveira, "temos uma legislação que pune o fomento da prostituição, mas há países que chegam ao extremo de punir os clientes da prostituição. É o caso, por exemplo, da Suécia". A reunião anual de trabalhadores de sexo tem como objetivo partilhar informação sobre o ativismo e a defesa dos direitos. São esperados representantes da Suécia, Sérvia, Irlanda, Macedónia, Turquia, França, Reino Unido, Alemanha e Holanda.