3.9.15

Câmara de Matosinhos procura edifício para acolher centro de refugiados

In País ao Minuto

O presidente da Câmara de Matosinhos, o independente Guilherme Pinto, disse à agência Lusa que a autarquia foi contactada há cerca de três meses pelo Conselho Português para os Refugiados para acolher no concelho um centro de refugiados com 50 camas.

"Estamos à procura de um edifício para instalar este centro, com as especificações que nos foram solicitadas", disse.

Guilherme Pinto assumiu, assim, o empenho da autarquia e dos serviços em conseguir encontrar uma solução, estando já está no terreno à procura do edifício -- que terá que ter 50 camas -- sendo depois preciso avaliar as necessidades para a implementação do centro de refugiados, desde os custos até às eventuais obras necessárias.

"Esperamos que até ao final de setembro seja possível concluir este processo", antecipou.

De acordo com as especificações pedidas à autarquia, o centro terá que ter uma área bruta de construção de cerca de 1.400 metros quadrados, dez quartos para acolher 50 camas, instalações sanitárias, cozinha, lavandaria, sala de convívio e uma receção.

Entretanto, a Câmara Municipal de Guimarães mostrou hoje disponibilidade para "acompanhar" e "apoiar financeiramente" o acolhimento de migrantes em coordenação com outras entidades, afirmou hoje o autarca vimaranense, Domingos Bragança.

À margem da reunião do executivo camarário, o autarca explicou já ter encetado contato com a Santa Casa da Misericórdia de Guimarães para planear ações conjuntas.

"A autarquia, em coordenação com outras entidades e instituições, como a Santa Casa da Misericórdia e a Cruz Vermelha, está disponível para acompanhar, coordenar e apoiar financeiramente ações que tenham em conta o acolhimento de algumas pessoas", afirmou Domingos Bragança.

"Já falei com a Provedora da Santa Casa da Misericórdia e disse-lhe que a CMG estaria disponível a encetar apoios coordenados para soluções que possam encontrar", adiantou ainda.

A disponibilidade da autarquia, liderada pelo PS, é, aliás, um ponto consensual, com a CDU a apelar que sejam encontradas soluções com brevidade.

"A União Europeia disse que daqui a 15 dias iria tentar resolver esse problema, mas durante 15 dias muita gente vai morrer no Mediterrâneo", avisou o vereador comunista, Torcato Ribeiro.