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10.7.23

Quer apadrinhar uma oliveira abandonada? Há um projecto para recuperar estas árvores

Amanda Faria, in Público

O projecto Apadrinha uma Oliveira chegou a Portugal, com o objectivo de recuperar 10 mil oliveiras – e cada padrinho também recebe azeite. E há uma oliveira com mais de mil anos.


Já pensou baptizar uma árvore centenária com um nome à sua escolha para ajudar na sua preservação? É este o objectivo do projecto Apadrinha uma Oliveira, lançado recentemente em Abrantes, região conhecida pela tradição do olival em Portugal. O objectivo da iniciativa é recuperar oliveiras com centenas – e até milhares – de anos através de um programa de apadrinhamento. Além da conservação, os padrinhos e madrinhas recebem dois litros de azeite da sua oliveira e contribuem para a criação de 27 postos de trabalho no município.

O projecto desembarcou recentemente em Santarém, inspirado pelo enorme sucesso da sua versão espanhola, o Apadrina un Olivo, em Oliete, na região de Teruel. O director-executivo deste projecto em Portugal, João Rijo, disse ao Azul que a decisão de importar a ideia foi “orgânica”, impulsionada pela preocupação com o crescente abandono dos olivais no país.

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“Queremos envolver os portugueses na protecção e conservação do seu património natural e cultural”, afirmou João Rijo. A escolha de Abrantes como local para avançar com a recuperação das árvores deu-se devido a esta região ter as oliveiras mais antigas em território nacional, diz, e de ter mais de 200.000 hectares de olivais abandonados, o equivalente a 2800 campos de futebol. “Decidimos agir e lutar para proteger e cuidar destas oliveiras antigas com o apoio da sociedade e do patrocinador”, acrescentou o director. Tanto a iniciativa espanhola como a portuguesa têm a empresa Endesa como principal patrocinador.​

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O abandono dos olivais aconteceu devido à falta de substituição geracional nos campos por desinteresse ou falta de recursos financeiros, baixa rentabilidade económica quando comparada com outras áreas e o êxodo rural. No entanto, a preservação das oliveiras é essencial para atenuar os riscos de incêndios, fortalecer o ecossistema e promover o desenvolvimento económico local quando as árvores voltarem a ser produtivas. A associação também refere que as oliveiras nos ajudaram “a sobreviver durante muitos séculos” e que também é importante recuperá-las por serem um “símbolo de identidade” português.

A iniciativa visa criar até 27 postos de trabalho em Abrantes para fazer a manutenção das oliveiras. “Começámos por criar um grupo de trabalhadores no terreno, que são responsáveis e especialistas na recuperação do olival, e podem realizar os cuidados necessários para trazê-lo de volta à vida”, explica o responsável João Rijo. Além disso, a associação contratará uma equipa para produzir o azeite e outra para gerir o projecto e as visitas dos padrinhos e madrinhas. Assim, além da preservação e conservação das árvores, o desenvolvimento económico e social também é estimulado.

Para apadrinhar uma oliveira, basta aceder ao site da organização, escolher através das fotografias aquela de que mais gostar, pagar uma contribuição anual de 60 euros e atribuir-lhe um nome. João Rijo conta ao Azul que o projecto encoraja a nomeação da árvore, pois “é essencial poder representar ou simbolizar na oliveira a pessoa que se deseja homenagear.” Os padrinhos ou madrinhas recebem fotos do desenvolvimento da árvore apadrinhada e podem visitá-la fisicamente. Após a colheita, recebem dois litros de azeite das oliveiras recuperadas pelo projecto em garrafas desenhadas por um artista.

Texto editado por Claudia Carvalho Silva

[artigo disponível na íntegra só para assinantes aqui]

14.4.23

Alunos do Politécnico de Santarém vão ter mais apoio com criação de nova loja social




Instituto Politécnico de Santarém recebeu iniciativa onde se apresentaram sugestões e ideias para implementar uma nova loja social na instituição que tem como objectivo apoiar alunos com dificuldades.


O debate foi organizado pelos Serviços de Ação Social da instituição, em parceria com o núcleo distrital da Rede Europeia Anti-Pobreza.


Os Serviços de Acção Social (SAS) do Instituto Politécnico de Santarém (IPS), em parceria com o núcleo distrital da Rede Europeia Anti-Pobreza, debateram a criação de uma nova loja social na instituição. No fórum “Agora Falo Eu”, que se realizou a 29 de Março, participaram cerca de duas dezenas de estudantes, professores e funcionários, que partilharam algumas ideias e sugestões.
Com os temas da inclusão social e do desenvolvimento sustentável em cima da mesa, defendeu-se um espaço que satisfaça as necessidades dos estudantes. Um espaço “inclusivo, envolvente e não estigmatizante” que contenha produtos alimentares, de higiene, roupa, calçado, utensílios de cozinha, material escolar, pequenos electrodomésticos, mas também livros, passatempos e tecnologia. Os SAS também desafiaram os participantes a reflectir sobre a forma como a loja pode contribuir para a integração na comunidade académica e na cidade. Algumas das sugestões dos participantes foram a realização de campanhas periódicas para o abastecimento da loja em função das necessidades dos alunos; a entrega de um kit com bens essenciais na primeira visita à loja; a existência de um número de emergência para entrega de bens, ou a abertura da loja ao sábado para os alunos que não se possam deslocar. Sugeriu-se ainda a colaboração com farmácias para vales de desconto e outras parcerias, e a disponibilização gratuita de produtos de higiene feminina.

Edite Duarte, chefe de divisão dos Serviços de Acção Social, explica a O MIRANTE que a loja pretende auxiliar alunos que não conseguiram ter bolsa de estudo, mas que estão a passar dificuldades financeiras. Para além dos estudantes, também os funcionários da instituição poderão recorrer à loja: “as pessoas podem dirigir-se aos serviços e expor a situação, os técnicos verificam as necessidades e tentam dar resposta”, sublinha.
Administrados por Isabel Barroso, os SAS abrangem toda a comunidade académica, composta por mais de quatro mil estudantes. Não é a primeira vez que a Rede Europeia Anti-Pobreza colabora com o IPS. Ricardina Dias, técnica da rede urbana anti-pobreza, afirma que existem iniciativas na área da empregabilidade, com sessões de coaching para desempregados de longa duração e jovens recém-licenciados que não conseguem arranjar trabalho.

25.1.23

Diocese de Santarém identificou 400 espaços e 216 famílias de acolhimento para as Jornadas Mundiais da Juventude

in Mais Ribatejo

A Diocese de Santarém identificou, até ao momento, 393 espaços e 216 famílias disponíveis para acolherem jovens que participem na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorrerá em agosto, em Lisboa, com a presença do Papa Francisco.

O responsável pela Pastoral da Juventude da diocese de Santarém, Ricardo Conceição, disse hoje à agência Lusa que, sendo esta uma das três dioceses para acolhimento dos milhares de jovens esperados na JMJ (juntamente com Lisboa e Setúbal), tem vindo a desenvolver contactos com instituições e famílias, mas também sensibilizar, sobretudo os jovens, para o voluntariado.
Mais de 500 jovens voluntários

Com mais de 500 jovens envolvidos atualmente, a equipa precisa de crescer, salientou.
Segundo Ricardo Conceição, até ao momento, foram contactadas câmaras municipais, escolas, bombeiros e clubes desportivos para alojamento coletivo, equipamentos que são inseridos na plataforma de logística da JMJ.

Por outro lado, tem vindo a ser feito um apelo a famílias para que se inscrevam para acolherem pelo menos dois jovens, disse, salientando que “não é preciso dar cama”, apenas “dar dois metros quadrados para cada jovem” dormir, uma casa de banho, o pequeno-almoço e, “se puderem ajudar também nos transportes, melhor ainda”.
Para o pároco, a questão da língua “não é uma barreira”, bastando, para quem tem dúvidas, conhecer a experiência dos jovens que, durante a jornada de Cracóvia, foram acolhidos por famílias.
Procuram-se voluntários para acompanhar peregrinos

O coordenador da JMJ na diocese de Santarém apelou ainda sobretudo aos mais jovens, para se voluntariarem para acompanhar os peregrinos e a envolverem-se desde já na preparação do evento, pois “não falta muito tempo”.

Além do acolhimento, a diocese está a preparar-se para a eventualidade de ser necessário acolher algumas atividades, como a realização de catequeses ao longo da semana em que decorre a JMJ, de 01 a 06 de agosto, o que exigirá a preparação de um espaço, como um auditório ou uma igreja, onde a pessoa indicada pelo Vaticano trabalhará com os jovens, nas suas respetivas línguas.
Por outro lado, as paróquias de acolhimento poderão organizar eventos, intercâmbios entre jovens alojados nos seus espaços, para, por exemplo, “mostrar um bocadinho daquilo que é a cultura local ou regional”, acrescentou.

Jornadas vão ter efeito transformador

Ricardo Conceição disse esperar que o evento, pela sua dimensão e pelas dinâmicas que têm de ser criadas para lidar com tão elevado número de jovens, tenha um “efeito transformador”, levando a que um povo que tem a fama de acolher bem, mas, ao mesmo tempo, de não ser “muito organizado”, aprenda a trabalhar em conjunto e em equipa.
O padre salientou que, sendo um evento da Igreja Católica, a JMJ “não é fechada a jovens católicos”, sendo aberta a todos, tanto no voluntariado como na participação naquela que é “uma festa da Igreja” e “uma peregrinação com o Papa Francisco”.
Uma peregrinação com o Papa Francisco

Todo o trabalho que tem vindo a ser feito e todo o que falta fazer permite “um alargamento de horizontes” aos que nele participam e, “quando chegar a altura”, mostrar que foi possível fazer “em conjunto”, sem divisões “em capelinhas”, frisou.

“Eu acho que isso é mesmo muito importante e creio que esse trabalho de equipa e de conjunto é uma coisa que precisa de ficar mesmo muito na nossa Igreja”, acrescentou.

A Jornada Mundial da Juventude foi instituída pelo Papa João Paulo II, em 20 de dezembro de 1985, reunindo durante cerca de uma semana milhares de jovens de todo o mundo, os quais são acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas (ginásios, escolas, pavilhões) e paroquiais ou em casas de famílias.
Na semana que antecede a JMJ, as dioceses promovem a integração dos jovens nas suas comunidades, permitindo que os participantes possam ficar a conhecer melhor a região e a igreja que os acolhe.


3.11.22

Azambuja e Cartaxo promoveram seminário “Respeitar a Diferença, Promover a Igualdade” em Aveiras de Cima


in Correio do Ribatejo


No passado dia 26 de Outubro, a localidade de Aveiras de Cima recebeu o seminário “Respeitar a Diferença, Promover a Igualdade”. Esta iniciativa foi organizada pela Câmara Municipal de Azambuja em conjunto com a Câmara Municipal do Cartaxo.

O evento pretendeu assinalar o Dia Municipal para a Igualdade (instituído a 24 de Outubro) e criar um momento de reflexão e debate com enfoque na Educação para a Igualdade como fator gerador de mudança.

A sessão de boas-vindas do seminário ficou a cargo do Presidente da Câmara Municipal de Azambuja – Silvino Lúcio e do Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo – João Heitor.

O primeiro painel “Educação para a Igualdade, geradora de mudança” teve como intervenientes Rita Paulos – da associação Casa Qui e Ricardo Dias – do núcleo de Santarém da Rede Europeia Anti-Pobreza.

O segundo painel deste seminário foi dedicado à partilha de “Boas práticas na Educação para a Igualdade” e contou com a participação de Eliana Madeira – do movimento feminino cristão GRAAL; e também com a apresentação do jogo “Play4Equality” – por Cristina Silva e Ana Sofia Oliveira da Cruz Vermelha Portuguesa; tendo sido moderado por Paulo Natário – Conselheiro Interno para a Igualdade no Município de Azambuja.

O seminário contou com um coffee break que foi serviço pela Associação CERCI – Flor da Vida.

No final contou com um debate desta temática e a sessão foi encerrada pelas Vereadoras Mara Oliveira – Município de Azambuja, e Fátima Vinagre – Município do Cartaxo.

23.6.20

Reforço de apoio alimentar a pessoas carenciadas em Santarém

in o Mirante

Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém recebe subsídio extraordinário.

A Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém vai receber um apoio financeiro extraordinário municipal de 19.233 euros para garantir o reforço do apoio alimentar a pessoas em situação de vulnerabilidade social no actual contexto de pandemia e de grave crise. A atribuição do apoio pela Câmara de Santarém, em articulação com a Segurança Social, surge no âmbito do Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais Carenciadas.

Este programa, promovido pelo Ministério da Segurança Social, pretende ser um instrumento de combate à pobreza e à exclusão social. Disponibiliza apoio alimentar e outros bens de consumo básico, assim como medidas de acompanhamento que capacitem as pessoas mais carenciadas a vários níveis, promovendo a sua inclusão.

20.5.20

Criado Grupo de Trabalho na área da Emergência Alimentar/Apoio Alimentar em Santarém

in Correio do Ribatejo

A reunião do Conselho Local de Ação Social de Santarém (CLASS) decorreu ontem, dia 13 de maio, com a participação, por videoconferência, de 41 parceiros, com o objectivo de promover a partilha de informação, ponto de situação e balanço, sobre as respostas sociais aos indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade no âmbito da pandemia Covid-19

Nessa reunião, o Município de Santarém, na qualidade de coordenador do CLASS, submeteu uma proposta de criação de um grupo de trabalho, aprovada por unanimidade, com o objectivo de estudar e implementar medidas que respondam à procura do apoio alimentar por parte de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade, rentabilizar as respostas existentes, elencar as medidas e apoios sociais já existentes e definir estratégias de intervenção após a resposta de emergência motivada pela situação que hoje vivemos.

O grupo de trabalho será constituído pelos representantes das entidades que já integram o Núcleo Executivo deste Conselho – Município de Santarém; Centro Distrital de Santarém, ISS:IP; ACES da Lezíria; Santa Casa da Misericórdia de Santarém; APPACDM de Santarém; Centro de Bem Estar Social de Vale de Figueira e Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém e, na qualidade de entidades convidadas, as duas equipas do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) – Cruz Vermelha Portuguesa e Santa Casa da Misericórdia de Pernes (equipas de 1ª linha da intervenção social no concelho), bem como do Banco Alimentar de Santarém.

Este grupo de trabalho surge pela necessidade de actuar e congregar esforços face à actual situação de pandemia do coronavírus Covid-19 e ao elevado número de cidadãos que, por via de situações de desemprego e redução dos seus rendimentos, necessitam deste apoio.

O Conselho Local de Ação Social de Santarém (CLASS) é fórum de articulação e congregação de esforços baseado na adesão livre por parte das autarquias e das entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos que nela queiram participar – com o objectivo de desenvolver uma parceria efectiva e dinâmica que articule a intervenção social dos diferentes agentes locais; promover um planeamento integrado e sistemático, potenciando sinergias, competências e recursos a nível local; procurar soluções para os problemas das famílias e pessoas em situação de pobreza e exclusão social, entre outros.

7.5.20

Sinalizados cerca de 130 lares ilegais no distrito de Santarém

in Correio do Ribatejo

O distrito de Santarém tem sinalizados cerca de 130 lares ilegais em funcionamento, número que está em actualização e que pode “pecar por defeito”, abrangendo “largas centenas de utentes e funcionários”.

“Há um número, um número que à partida nós entendemos que é capaz de pecar por defeito, mas que no distrito de Santarém andará à volta de 130 estruturas destas”, disse em declarações à Agência Lusa o presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil, Miguel Borges, indicando que a estrutura a que preside pretende apurar o número exacto através do cruzamento de dados da Segurança Social, das estruturas municipais de protecção civil, entidades de saúde e outras.

“[O objectivo principal é] poder bater à porta destas pessoas, dizer que estamos aqui para ajudar enquanto protecção civil municipal e saúde pública e saber se precisam de alguma coisa, se as pessoas estão em condições dignas daquilo que é a condição humana e, se não estiverem, dizer que estamos aqui para ajudar, sendo que este não é o momento de fiscalização ou de inspecção propriamente dita, mas sim perceber se as pessoas estão bem e se é preciso ajudar também nos testes [à covid-19] para os funcionários” destes equipamentos, acrescentou.

Para o responsável, esta “é a hora de tratar todos por igual, estejam as pessoas em estruturas legais ou nas chamadas ilegais”.

Reiterando que o contexto actual afasta qualquer “atitude fiscalizadora ou inspetiva”, Miguel Borges sublinhou que uma intervenção deste género, a ter lugar, será num momento posterior à pandemia.

Segundo o responsável, o número de lares ilegais no distrito de Santarém “é significativo”, lembrando que as casas de acolhimento de idosos têm um mínimo de três utentes, o que a lei permite, e “se 130 estão ilegais é porque terão mais, algumas até com muitas dezenas de idosos”.

“Basta fazer as contas para vermos que falamos de largas centenas de pessoas, entre idosos e funcionários”, acrescentou.

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém disse ainda que o processo em curso abarca diferentes tipologias diferentes de actuação e que as mesmas se prendem com as condições sanitárias e com a existência ou não de infectados com SARS-Cov-2.

“Durante a visita a estes espaços serão apuradas as condições mínimas da casa de acolhimento ilegal e, se não oferecer o exigido, a actuação passa por procurar outras estruturas de retaguarda já referenciadas para instalar os idosos e tendo um único objectivo que é o de salvaguardar a pessoa idosa”, afirmou, tendo reiterado que o objectivo “é ajudar, numa atitude pedagógica e preventiva”, designadamente com os “testes aos cuidadores, tal como acontece com os funcionários das Estruturas Residenciais Para Idosos e das Instituições Particulares de Solidariedade Social”.

A realidade do distrito de Santarém, afirmou Miguel Borges, “deverá ser transversal a todo o país”, lembrando existir uma “população muito idosa e onde a esperança de vida é cada vez maior”, e onde “as estruturas referenciadas como legais não são suficientes para as necessidades”.

Nesse sentido, defendeu, esta é uma situação que “deve entrar na agenda política”, sendo também uma “oportunidade e um ponto de partida” para a “eventual legalização destas situações, para todos poderem trabalhar descansados e os idosos estarem protegidos”.

4.9.17

Projeto com doentes mentais deixa marca no centro histórico de Santarém

in Diário de Notícias

Os participantes no segundo grupo do projeto "Incluir", promovido pelo Departamento de Psiquiatria do Hospital de Santarém, vão na segunda-feira pintar duas caixas da EDP no centro histórico da cidade, numa iniciativa inserida no programa "Verão In.Str".

O projeto, financiado pela Fundação EDP, tem por principal objetivo reduzir o estigma e promover a integração de pessoas com doença mental, constituindo a pintura das caixas elétricas uma forma de participação numa iniciativa que está a acontecer na cidade, deixando uma marca num espaço público e, ao mesmo tempo, um elemento de identificação dos participantes com esse espaço, disse à Lusa um membro da organização.

Carla Ferreira, enfermeira da equipa dinamizadora do projeto "Incluir -- Oficinas para Todos e Cada Um", afirmou que a iniciativa de segunda-feira constitui a primeira ação pública do grupo de 15 pessoas -- nove doentes, duas pessoas em risco de exclusão e quatro da comunidade -- que começou em junho a frequentar a oficina orientada pelo artista plástico João Maria Ferreira.

O projeto iniciou-se em dezembro de 2016, com um primeiro grupo (também integrando doentes acompanhados pelo Departamento de Psiquiatria, pessoas indicadas pela Santa Casa da Misericórdia e elementos da comunidade), que, além de várias oficinas realizadas em espaços públicos da cidade, mostrou em maio os seus trabalhos em três exposições.

O grupo que está agora a frequentar as oficinas com João Maria Ferreira irá mostrar o resultado desse trabalho numa exposição a realizar em novembro, disse.

Carla Ferreira afirmou que o projeto constituiu um "passo à frente" no trabalho que o serviço tem desenvolvido no sentido da inclusão e da redução do estigma, ao permitir criar grupos em que pessoas com doença mental trabalham lado a lado com pessoas que sofrem outro tipo de estigma e outras perfeitamente integradas.

O impacto do projeto, que termina no final de novembro, vai ser avaliado num estudo que conta com a colaboração de alunos da Escola Superior de Tecnologias da Saúde, do Instituto Politécnico de Santarém - na aplicação de inquéritos (antes e depois) na comunidade e no próprio grupo para avaliar os níveis de estigma e os impactos na autoestima dos doentes -, e de um professor de estatística da Escola Superior de Gestão do IPS para tratamento dos dados, afirmou.

Os resultados do estudo terão uma primeira apresentação numas "pré jornadas" que se vão realizar em dezembro na Casa do Brasil, estando agendadas para 26 de janeiro as primeiras Jornadas "Arte & Inclusão".

O trabalho do grupo tem ainda sido acompanhado pelo artista plástico Mário Rodrigues, que aceitou ser curador do projeto.

22.6.17

Santarém – Projeto de promoção da empregabilidade de deficientes apoiado pela Fundação Montepio

in o Ribatejo

O projeto “Aquilo que eu sou, consigo e faço!”, da associação Incluir, de Santarém, é um dos selecionados para financiamento pela Fundação Montepio,

A Incluir – Associação de Apoio aos deficientes com Paralisia Mental, como entidade promotora, a APPACDM de Santarém e a Escola Superior de Educação de Santarém, como parceiros, apresentaram este projeto à FACES – Financiamento e Apoio para o Combate à Exclusão Social – Fundação Montepio, este ano, sendo um dos projetos selecionados para financiamento.

Este projeto tem por objetivo criar um site e vídeo para a promoção da empregabilidade da pessoa com deficiência. Estas duas ferramentas serão elaboradas pelo departamento de Multimédia da Escola Superior de Educação de Santarém, com a supervisão da INCLUIR e APPACDM de Santarém.

A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é, nos nossos dias, entendida como um fator decisivo de inclusão social, independência económica e consequente valorização e realização pessoal destes cidadãos.

Apesar de já existirem algumas plataformas na área da empregabilidade das pessoas com deficiência, não existem vídeos elucidativos das verdadeiras e reais capacidades destas pessoas. No vídeo, a ser criado, será possível dar a conhecer os dias de trabalho, funções e atividades em várias áreas. Os restantes funcionários e chefias vão expor o que define esta experiência.

A assinatura do protocolo entre a INCLUIR, promotora do projeto, e a Fundação Montepio, financiador, será dia 30 de junho, em Lisboa e no dia 6 de julho, elementos da Fundação Montepio virão visitar a INCLUIR, a APPACDM de Santarém e a Escola Superior de Educação de Santarém.

10.5.16

Pobres são os que mais sofreram com as políticas de austeridade

In "RTP Noticias"

Em Portugal, os pobres estão mais pobres ainda, mas os mais ricos também estão ligeiramente menos ricos.

O estudo da Rede Europeia Anti-Pobreza, apresentado hoje em Santarém, contraria a ideia de que a classe média foi a mais afectada nos piores anos da crise.

20.4.16

V Corrida Solidária a favor da ONG Médicos do Mundo junta mais de 4 100 participantes só no distrito de Santarém

In "Região de Rio Maior"

Mais de 4 100 alunos e membros da comunidade do Distrito de Santarém participam, a partir desta quinta-feira, 7 de abril, na V Corrida Solidária da ONG Médicos do Mundo (MdM). O objectivo deste projeto da MdM é promover a reflexão sobre um tema, este ano «Educação para a Cidadania GloA começar em Rio Maior na 5ª feira, 7 de abril V Corrida Solidária a favor da ONG Médicos do Mundo junta mais de 4 100 participantes só no distrito de Santarém bal», e angariar fundos para apoiar as populações mais vulneráveis.

No distrito de Santarém a V Corrida Solidária arranca em Rio Maior e Torres Novas, com as corridas nestas cidades organizadas pela Escola Profissional de Rio Maior e pela Escola Profissional de Torres Novas.

29.1.13

Fecho de mais de 260 empresas em Santarém faz desemprego subir 17% em 2012

in Sol

Mais de 260 empresas fecharam portas em 2012 no distrito de Santarém, fazendo com que o número de desempregados chegue a quase 31 mil pessoas, mais 17% que no ano anterior, divulgou hoje a União dos Sindicatos.
“O número de insolvências registadas em 2012 foi de 262, o que representa um acréscimo de 63% em relação a 2010 e, consequentemente, o número de desempregados aumentou, no final de Dezembro, para perto de 31 mil trabalhadores no distrito”, afirmou Rui Aldeado, coordenador da União dos Sindicatos de Santarém (USS).

Santarém, Tomar e Benavente são, segundo Rui Aldeano, os concelhos onde “o encerramento de empresas é mais preocupante”, afectando sobretudo “indústrias metalúrgicas e gráficas e pequenas e microempresas de construção civil”.

O fecho de empresas é, no entanto, “transversal a todo o distrito” e, segundo a União dos Sindicatos, responsável pelo “aumento de 17,2% de desempregados” em Dezembro do ano passado face ao mesmo mês de 2011, e pela subida de 4,3% em relação a Novembro.

Santarém, com 3953 desempregados, lidera os concelhos do distrito onde o desemprego é maior, seguido de Abrantes (3399 desempregados); Tomar (2736) e Benavente (2446).

Com base nos dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e na “quebra acentuada do poder de compra”, a USS alerta para o “agravamento da situação em 2013, apelando à participação dos trabalhadores do distrito na manifestação nacional de 16 de Fevereiro.

“É preciso lutar para derrubar este Governo e para contribuir para uma alternativa política consistente onde se aumente a produção nacional”, defende a USS, incitando à luta pelo aumento do salário mínimo, pela manutenção de postos de trabalho e pela defesa das funções sociais do Estado.

Na conferência de imprensa, a USS alertou ainda os trabalhadores do distrito para o facto de “quem não quiser receber os subsídios de Natal e de férias em duodécimos ter que informar, por escrito, a entidade patronal” e disponibilizou os seus serviços e os de todos os sindicatos associados para ajudarem no preenchimento da declaração.

A USS anunciou ainda que irá promover uma recolha de assinaturas para uma petição em defesa das funções sociais do Estado, já que “é possível um distrito com mais trabalho, mais direitos e melhores condições de vida”. Mas para isso, concluem, “é preciso derrotar este Governo que promove o terrorismo social” e eleger outro que “para além de competente, não seja composto por gente sem palavra, como o actual”.

Lusa/SOL