Sara Dias Oliveira, in Jornal Público
O impacto, a qualidade e a adequação dos projectos aos planos de acção já definidos são os principais critérios de selecção das candidaturas que se apresentem ao Programa Operacional Regional do Norte (PO Norte), no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). A comissão de acompanhamento do programa reuniu-se ontem, nas futuras instalações do Fórum de Artes e Cultura de Espinho, e decidiu retirar a experiência da lista dos requisitos. "Não há experiência que valha a alguém para ter os seus projectos aprovados", garantiu Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), acrescentando, no entanto, que a qualidade técnica e o rigor são valorizados na apreciação dos projectos. "Experiência é um critério muito equívoco", sustentou.
O programa prevê um investimento de 2700 milhões de euros para a Região Norte até 2013. Neste momento, estão ainda em execução 350 milhões de euros do III Quadro Comunitário de Apoio, que termina no final do ano, e entretanto foram já lançados concursos no valor de 331 milhões de euros referentes ao novo programa.
"Estão reunidas as condições para matarmos a nossa sede com programas que nos próximos tempos dêem um impulso para a reconversão do tecido produtivo", adiantou o presidente da CCDR-N. Competitividade, inovação e tecnologia são alguns dos factores que o programa operacional destaca. Nesse sentido, pretende-se dar luz verde a projectos que se relacionem com áreas de acolhimento empresarial e parques de ciência e tecnologia.