Portugal preparado para enfrentar situação económica internacional

Tiago Petinga, Lusa, in RTP

Teixeira dos Santos diz que a recuperação da economia portuguesa se deve em grande parte ao sector privado

O ministro português das Finanças diz que a economia portuguesa está mais “robusta” e que por isso não sofrerá dos mesmos “desequilíbrios económicos” que afectam os Estados Unidos. Em entrevista ao ‘Financial Times’, Teixeira dos Santos diz no entanto que a confiança “pode ser afectada pelo que está a acontecer nos EUA”.

“Por causa da consolidação fiscal que atingimos nos últimos dois anos, resultado das reformas estruturais que estão na base dessa correcção, a economia portuguesa está mais robusta e está agora em melhores condições para enfrentar as incertezas e desafios da situação internacional”, disse o ministro das Finanças.

Apesar disso, afirma Teixeira dos Santos, “a confiança, o problema central da situação nos mercados internacionais, pode ser afectada pelo que está a acontecer nos EUA”. Este ponto, diz, merece uma cuidada monitorização.

Sector privado responsável pela vitalidade da economia portuguesa

Teixeira dos Santos afirma que o crescimento da economia portuguesa se deve em grande parte à vitalidade do sector privado. “As empresas portuguesas tiveram sucesso na diversificação dos seus mercados de exportação, no aumento do conteúdo tecnológico das suas exportações e ao ganharem mercados em algumas regiões”.

Para o ministro das Finanças, os “recentes anúncios de importantes investimentos em áreas como a energia, turismo e refinação de petróleo são um sinal da confiança a longo prazo na nossa economia”.

Ministro afasta para já nova baixa de impostos

Depois do recente corte na taxa do IVA de 21 para 20 por cento, o ministro das Finanças mostra-se nesta entrevista ao ‘Financial Times’ cauteloso em relação a nova descida. “Não podemos colocar em risco os resultados atingidos até ao momento ou os objectivos a que estamos comprometidos para o futuro”, disse.

“Não pode haver relaxamento. Temos que continuar a trabalhar para reduzir o défice orçamental e a dívida pública”.

Alexandre Brito, RTP