in JN
O número de colocação em trabalho temporário aumentou 45% no segundo trimestre em termos homólogos, com o maior crescimento a observar-se em maio.
De acordo com os dados do Barómetro da Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) e do ISCTE, ao longo do segundo trimestre deste ano registaram-se 92.847 colocações em trabalho temporário, número que compara com as 64.047 contabilizadas entre abril e junho de 2020.
O valor do Índice TT (Trabalho Temporário) atingiu 1,67 em maio, o mais elevado dos registos efetuados, mantendo a subida progressiva iniciada em maio de 2020, quando se verificou o valor mais baixo da série (0,50), apenas interrompida em dezembro de 2020 e junho deste ano.
O Barómetro do trabalho temporário indica ainda que os trabalhadores com menos de 30 anos têm o maior peso nas colocações de trabalho temporário, representando 48% em abril e maio e 47,8% em junho, enquanto os que têm mais de 50 anos representam cerca de 9%.
O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (mais de 66% no trimestre), seguindo-se o ensino secundário (entre 25,3% e 26,6%) e a licenciatura (aproximadamente 6%).
Por setores, verifica-se que as empresas de fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis continuam a ser as que mais recorreram ao trabalho temporário no segundo trimestre de 2021, seguidas pelas empresas de fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições.
Segundo o presidente da APESPE-RH, Afonso Carvalho, os dados dos barómetros permitem constatar que o nível de contratos de trabalho temporário "reduziu drasticamente entre 2019 e 2021".