Bispo do Porto: Exclusão é caminho para derrota humanidade

in Diário Digital

O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, apelou hoje à magnanimidade dos jovens finalistas da academia portuense, numa homília em que considerou a exclusão como o caminho para a «derrota da humanidade».

«Milénios de história já nos demonstraram que só existe futuro onde há magnanimidade suficiente para incluir o outro e perdoar, para recomeçar com todos e não desistir de ninguém, da família à escola, da profissão à sociedade», afirmou D. Manuel Clemente.

Para o bispo do Porto, «a exclusão do outro, seja étnica ou social, profissional ou cultural, é caminho certo e sabido para mais uma derrota da humanidade e da civilização».

Nessa perspectiva, frisou que «cada pessoa em concreto, da concepção à morte e em cada fase da vida, compatriota ou estrangeiro, é membro irrecusável da mesma família humana».

«A sociedade conta convosco, geração nova, para estas verdades de sempre», concluiu o bispo do Porto, dirigindo-se aos milhares de jovens que encheram o Estádio do Bessa para assistir à Missa da Bênção das Pastas, integrada no programa da Queima das Fitas/2007.

Na homilia que proferiu nesta cerimónia eucarística, D. Manuel Clemente, alertou ainda os estudantes finalistas da academia portuense para as «sombras e perigos» que terão de enfrentar ao longo da vida, agora que estão prestes a concluir os estudos universitários.

«Sabeis muito bem que não faltam sombras, nem escasseiam problemas para a vida e o futuro de muita gente», salientou, referindo, entre outros problemas, a «escassez de meios e saídas profissionais» e as «dificuldades em realizar expectativas e projectos».

«Sombras e problemas são também as tentações de um carreirismo pouco escrupuloso, que rapidamente fizesse alguém esquecer o melhor de si mesmo«, alertou ainda o bispo do Porto.

Nesse sentido, apelou aos jovens para que se afirmem «em práticas sociais e profissionais mais criativas e solidárias e em projectos e compromissos mais largos e generosos», mantendo sempre «honestidade, verdade e persistência a toda a prova».

Diário Digital / Lusa