29.11.07

Banco Alimentar promove nova recolha de alimentos

Marisa Soares, in Jornal de Notícias

Recolha tem aumentado ao longo dos 15 anos do Banco Alimentar


O Banco Alimentar Contra a Fome promove, no próximo fim-de-semana, uma campanha de recolha de alimentos em mais de 950 estabelecimentos comerciais espalhados pelo país. Cerca de 17700 voluntários vão receber os produtos alimentares que devem depois ser distribuídos a pessoas com carências alimentares.

A recolha vai ser feita em estabelecimentos das zonas de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Aveiro, Abrantes, S. Miguel, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve e Portalegre. Os voluntários dos 13 Bancos Alimentares existentes em Portugal, devidamente identificados, vão convidar as pessoas a participar, oferecendo sacos de plástico, onde os consumidores deverão colocar os bens alimentares que entenderem. Leite, óleo, conservas, azeite, açucar, farinha, bolachas, massa e outros alimentos não perecíveis são os produtos privilegiados.

Os géneros alimentares recolhidos serão distribuídos, a partir da próxima semana, a pessoas com dificuldades financeiras, sinalizadas por 1332 Instituições de Solidariedade Social. Nas pequenas superfícies, decorrerá a campanha "Ajuda Vale". Até 9 de Dezembro, os consumidores podem adquirir um cupão-vale, que representa uma unidade de um dos cinco produtos seleccionados (azeite, óleo, leite, salsichas e atum). Ao efectuar o pagamento, o dador entrega o cupão e o respectivo código de barras é lido, sendo somado à conta a pagar.

As expectativas em relação à quantidade de produtos recolhidos são "sempre muito favoráveis", explicou ao JN Isabel Jonet, do Banco Alimentar Contra a Fome. A responsável não faz previsões sobre o sucesso da campanha, mas espera que haja um aumento em relação ao ano passado. Em 2006, os bancos alimentares distribuíram 18014 toneladas de alimentos, que ajudaram a alimentar mais de 216 mil pessoas carenciadas.

Apesar de ter consciência das dificuldades que afectam a população em geral, Isabel Jonet considera que "mesmo em altura de crise, os portugueses são muito solidários". Prova disso é o aumento registado ao longo dos 15 anos de existência do Banco Alimentar, ao nível da tonelagem de produtos recolhidos e de pessoas assistidas.