31.3.10

Pobreza que se escreve no feminino em Portugal

in RR

Há 30 mil famílias monoparentais a viver abaixo do limiar da pobreza em Portugal e que recebem o Rendimento Social de Inserção (RSI).

Os dados são avançados à Renascença por Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social, e dizem, sobretudo, respeito a agregados em que os filhos ficam à responsabilidade das mães.

Cerca de 20% das famílias vivem com rendimentos que não permitem viver acima do limiar da pobreza. Edmundo Martinho reconhece que há factores de risco. “A monoparentalidade agrava as condições de vida dos agregados e, naturalmente, torna-os mais expostos às situações de pobreza. Pois, desde logo há menos rendimento”.

No entanto, isto não quer dizer que as famílias monoparentais fiquem mais tempo a receber o RSI. Por isso, é feita a aposta na formação ao nível dos beneficiários do rendimento.

Apoio ao nível do abono

Para as famílias monoparentais, há ainda um apoio ao nível do abono. “Nesta altura andaremos a falar de umas 130 famílias receber esta prestação - o equivalente a 210 mil crianças”.

O novo apoio social, anunciado pelo Governo para ser criado este ano, poderá abranger estas famílias se a mãe for trabalhadora.

Há no entanto um problema que o presidente do Instituto de Segurança Social considera ser o mais grave: a violência doméstica.

A pobreza no feminino foi o tema do mês de Março, no âmbito do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social. Em Abril, a abordagem estará ligados aos jovens.