Mostrar mensagens com a etiqueta Tarifa social. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tarifa social. Mostrar todas as mensagens

26.8.22

Desempregados sem subsídio estão a ficar sem descontos no gás e eletricidade

 Por Rui Cid com Cátia Carmo, in TSF


Provedora de Justiça já expôs a situação ao Ministério do Ambiente.

A provedora de Justiça fala de situações injustas na atribuição da tarifa social

Há desempregados a ficar sem os descontos na fatura da eletricidade ou do gás. São pessoas que deixaram de receber o subsídio de desemprego, ficando impossibilitadas de beneficiar da tarifa social.

Pedro Mota Soares: "O financiamento da tarifa social deve ser suportado pelo Estado e não pelos operadores"

Alemanha baixa IVA do gás para 7% para compensar consumidores

Mais de 310 famílias já fizeram pedidos de tarifa social de Internet

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, já expôs a situação ao Ministério do Ambiente. Numa recomendação enviada ao secretário de Estado da Energia, a provedora fala de situações injustas na atribuição da tarifa social da eletricidade e do gás natural.

A tarifa foi criada em 2010 e garante descontos superiores a 30% aos cidadãos economicamente vulneráveis. Em 2020, o Orçamento do Estado alargou as condições de acesso à tarifa social a todas as situações de desemprego, mas ouvida pelo Jornal de Notícias, uma fonte da provedoria de Justiça afirmou que a nova redação do regime desta tarifa apenas considera como clientes finais economicamente vulneráveis os beneficiários do subsídio de desemprego e, assim, as pessoas sem emprego perdem o direito à tarifa quando perdem também o sustento.

No relatório entregue ao secretário de Estado, a provedora de Justiça alerta ainda para falhas no sistema automático que devia cruzar dados da Segurança Social, Finanças e da Direção-Geral de Energia. Esta situação tem gerado queixas sobre as dificuldades na atribuição do subsídio: atrasos, indeferimentos e cancelamentos injustificados.

Apesar dos alertas da provedora, fonte do gabinete de João Galamba disse ao mesmo jornal que não estão previstas alterações à legislação e acrescenta que o cliente pode beneficiar da tarifa social se o rendimento anual do agregado familiar for inferior a 5800 euros, mais 50% por cada elemento do agregado que não tenha qualquer rendimento até um máximo de dez pessoas.

Ouça as declarações de Jardim Moreira

2.3.22

Tarifa social de internet já pode ser pedida pelas famílias de baixos rendimentos

Beatriz Ferreira, in o Observador

Anacom já aprovou a oferta da tarifa social de acesso à internet em banda larga da NOWO, devendo a NOS, a MEO, a Prodevice e a Vodafone ajustar as suas ofertas no prazo de até 10 dias úteis.

As famílias com rendimentos mais baixos que se qualifiquem para usufruir da tarifa social de internet podem fazer o pedido a partir desta segunda-feira, anunciou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), em comunicado.

O regulador explica que já aprovou a oferta da tarifa social de acesso à internet em banda larga da NOWO, devendo a NOS, a MEO, a Prodevice e a Vodafone ajustar as suas ofertas no prazo de até 10 dias úteis.

A tarifa social de internet permite às famílias com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais terem acesso a serviços de internet em banda larga, fixa ou móvel. Para poderem usufruir, devem fazer o pedido junto de um prestador.

Esse pedido será depois encaminhado para a Anacom, que “verificará se reúne todos os requisitos”. Se assim for, o regulador “informará o prestador, e este terá de ativar a tarifa social no prazo máximo de 10 dias”. “Todos os operadores que oferecem serviços de acesso à Internet a clientes residenciais, serão obrigados a disponibilizar a tarifa social em todo o país, desde que exista infraestrutura instalada e/ou cobertura móvel que permita prestar este serviço”, indica ainda a Anacom.

Cada agregado familiar só pode beneficiar de uma tarifa social, desde que beneficie da pensão social de velhice ou do complemento solidário para idosos, do subsídio de desemprego, da pensão social de invalidez do regime especial ou do complemento da prestação social para inclusão; do rendimento social de inserção; do abono de família; e os agregados familiares com rendimento anual igual ou inferior a 5808 euros, acrescidos de 50% por cada membro do agregado familiar que não disponha de rendimento, até um limite de 10 pessoas. Nestas famílias, se existirem estudantes universitários deslocados, a estudar noutros municípios, podem solicitar a oferta adicional de tarifa social.

A tarifa social tem uma mensalidade de cinco euros mais IVA e inclui um mínimo de de 15GB de dados por mês. Os operadores devem assegurar uma velocidade mínima de download de 12 Mbps e 2 Mbps de upload.

Pode também ser cobrado “um valor máximo e único de 21,45 euros mais IVA para serviços de ativação e/ou para equipamentos de acesso”. “O beneficiário da tarifa social de Internet pode optar pelo pagamento deste valor em 6, 12 ou 24 meses a par da possibilidade de pagamento integral na primeira fatura”, acrescenta.
Esta tarifa não inclui televisão e telefone.

[O vídeo em que a Anacom explica como funciona a tarifa social de internet]

2.2.22

Arranque da Tarifa Social de Internet desliza para fevereiro

in Sapo24

As propostas tarifárias dos operadores para a TSI não respeitavam na íntegra as condições definidas na lei para este tarifário e estão agora a ser revistas. Só depois disso entram em vigor e ficam disponíveis para quem reunir as condições para as usar.

A tarifa social de internet (TSI) só ficará disponível durante o mês de fevereiro As primeiras previsões apontavam para que estes tarifários já pudessem ser subscritos em janeiro, mas atrasos no processo ditaram o adiamento.

Em declarações ao Dinheiro Vivo, que adianta a notícia, a Anacom explicou que foram detetadas não conformidades com aquilo que está previsto na Lei, nas propostas tarifárias preparadas pelos operadores. Essas discrepâncias remeteram as propostas de novo para os operadores, a acrescentaram aos prazos mais 10 dias para revisão dos tarifários.

"Verificou-se que existiam algumas propostas comerciais com desconformidades e foi dado um prazo de dez dias úteis para que os operadores se pronunciassem sobre as mesmas ou as corrigissem", justificou fonte oficial à publicação.

A portaria que regula os termos da TSI entrou em vigor a 1 de janeiro e já previa que só depois dessa data fossem dados os passos necessários para colocar a medida no terreno, o que implicaria a apresentação das propostas tarifárias dos operadores ao regulador e a sua análise pela Anacom.

Tarifa Social de Internet avança a 1 de janeiro e vai custar 6,15 euros por mês

A Anacom explica ainda que, nos termos previstos na regulamentação, os operadores tiveram de comunicar até 10 de janeiro os detalhes das ofertas a disponibilizar e o regulador teve outros 10 dias para se pronunciar sobre as propostas. Encontradas as já referidas desconformidades, foram acrescentados mais 10 dias ao processo, para que as divergências pudessem ser corrigidas, o que acaba por remeter a entrada em vigor dos novos tarifários para fevereiro.

A TSI tem um público-alvo potencial de 780 mil famílias. Foi desenhada para facilitar o acesso à internet de famílias com baixos rendimentos, condições que os operadores vão validar junto dos interessados nestes tarifários, recorrendo a uma plataforma que a Anacom irá disponibilizar. São elegíveis para o acesso à TSI, famílias com rendimentos anuais de 5.808 euros, tal como pessoas que beneficiem de pensões de invalidez, subsídio de desemprego, rendimento de inserção social ou pensão social de velhice.

Como funciona e quem tem acesso à Tarifa Social de Internet?

A TSI vai ter uma mensalidade de 6,15€, com IVA incluído, para um serviço que garanta um tráfego de internet de 15 GB com um débito de 12 Mbps no download e de 2 Mbps em upload. Estes são os atributos mínimos exigidos ao tarifário, se os operadores quiserem disponibilizar propostas mais generosas na velocidade da ligação, ou no tráfego incluído podem fazê-lo. Associado à tarifa pode ainda ser cobrado um valor de ativação ou aquisição de equipamentos máximo de 26,38 euros, que o cliente pode optar por pagar por inteiro ou até 24 meses.

Vale a pena sublinhar que a tarifa social de internet é um novo tarifário. Quem estiver sujeito a pacotes de serviços com fidelização em curso, mesmo que esteja em condições de passar a usar a TSI, deve ter este aspeto em atenção, já que se puser fim antecipado ao contrato em vigor terá provavelmente custos a suportar.

23.8.21

Tarifa social de Internet: Clientes deverão pagar 6,15 euros por mês

Por Notícias ao Minuto

Autoridade Nacional de Comunicações considera que este valor "permite ir ao encontro do objetivo de garantia da acessibilidade do preço para os consumidores com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais". Tarifa social de Internet entra em vigor ainda este ano.

A tarifa social de acesso à Internet em banda larga deverá custar 6,15 euros por mês - ou seja, cinco euros mais IVA à taxa de 23% -, de acordo com a proposta da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), que está agora em consulta pública. Esta tarifa social, recorde-se, tem de ser fixada pelo Governo e produz efeitos ainda este ano.

Na proposta da ANACOM, publicada no final da semana passada, pode ler-se que o regulador propõe "a aplicação de uma mensalidade de cinco euros (6,15 euros com IVA à taxa de 23%) para o serviço de acesso à Internet em banda larga, considerando-se que esse valor permite ir ao encontro do objetivo de garantia da acessibilidade do preço para os consumidores com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais para o referido serviço".

Além disso, o regulador propõe a "fixação de um preço máximo de 21,45 euros (26,38 euros com IVA à taxa de 23%) como contrapartida pela ativação do serviço, e/ou de equipamentos de acesso, nomeadamente routers".

A proposta da ANACOM está em consulta pública até ao dia 10 de setembro.

A tarifa social de acesso à Internet em banda larga, que chegou a ser anunciada para julho, tem ainda de ser fixada pelo Governo e produz efeitos ainda este ano, revela um decreto-lei publicado no final do mês passado.

"O valor da tarifa social de fornecimento de serviços de acesso à Internet em banda larga é fixado por portaria do membro do Governo responsável pela área da transição digital, para produzir efeitos no dia 1 de janeiro do ano seguinte", lê-se no decreto-lei, que cria aquela tarifa social.

A esta regra geral junta-se, no entanto, uma disposição transitória a referir que "o Governo, no seguimento de proposta fundamentada e não vinculativa da ANACOM, publica, por portaria do membro do Governo responsável pela área da transição digital, o valor da tarifa social de fornecimento de serviços de acesso à Internet em banda larga a vigorar em 2021".

A tarifa social de fornecimento de serviços de acesso à Internet em banda larga corresponde a um tarifário calculado tendo em conta o rendimento das famílias portuguesas, com baixos rendimentos ou com necessidades sociais especiais, tendo a proposta de tarifa de ser precedida de "proposta fundamentada e não vinculativa", ao regulador do setor das telecomunicações, a ANACOM, "até ao dia 20 de setembro de cada ano".

A ANACOM, segundo o diploma, pode apresentar ao Governo propostas de regras adicionais relativamente ao serviço prestado, destinadas a garantir que os beneficiários da tarifa social de fornecimento de serviços de acesso à Internet em banda larga possam celebrar um contrato com uma empresa que fornece esse serviço e que o mesmo permaneça à sua disposição por "um período de tempo adequado".

O diploma define também que os prestadores da tarifa social de fornecimento de serviços de acesso à Internet em banda larga devem remeter aos seus clientes, que beneficiem da tarifa social, avisos sobre o consumo de dados "sempre que" este atinja 80% e 100% do limite tráfego contratado, de modo a evitar que seja ultrapassado o valor fixo da tarifa.

22.4.21

Pobreza energética aumentou e afeta mais de dois milhões de portugueses

 in SicNotícias

Mais de 55 mil pessoas recebem apoio para pagar a contas do gás natural e da eletricidade.

A pobreza energética em Portugal aumentou nos últimos três meses, devido à pandemia. Quase dois milhões de portugueses não têm como aquecer a casa no inverno e o número continua a subir.

Aumentou, por isso, o número de famílias a receberem apoio para pagar a contas do gás natural e da eletricidade.

As regras de acesso à tarifa social mudaram, no final do ano passado. Passou a ser permitido aplicar o subsídio a mais situações de insufiência social e económica.

Atualmente, mais de 55 mil pessoas recebem apoio na conta do gás, o que representa um aumento de quase 60% desde dezembro do ano passado. É a maior subida de sempre.

Na eletricidade, a subida não é tão expressiva: é de 5% a nível nacional, o que significa que há perto de 753 mil pessoas a usufruirem desta ajuda.

A Tarifa Social da Eletricidade é aplicada a nível nacional aos clientes mais vulneráveis economicamente. É no Norte do país que mais pessoas beneficiam desta ajuda.

Os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia revelam que é nas grandes cidades que há mais benificários da Tarifa Social da Energia.

17.2.21

Tarifa social vai dar desconto “relevante” na fatura da internet

Entrevista por: Flávio Nunes e Hugo Amaral, in EcoOnline

Está atrasada, mas o Governo atalhou caminho para tornar a tarifa social de internet uma realidade. Trará um desconto "relevante" para as famílias, diz o secretário de Estado para a Transição Digital.

Foi anunciada há quase um ano, mas ainda não chegou ao terreno. A tarifa social de internet deveria fazer parte da transposição de uma lei europeia, que já está atrasada, mas o Governo decidiu agora atalhar caminho: autonomizou a medida e vai executá-la por via de um decreto-lei, evitando assim o Parlamento.

Em entrevista ao ECO, o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, considera que a ideia só faz sentido se for “significativamente relevante” para que todos os portugueses possam ter internet, mesmo os mais pobres. Mas também tem de ser “sustentável”.

Diz ainda que o 5G é preciso agora, mas é o alargamento do 4G que fará mais diferença no curto prazo. E sobre as receitas do leilão de frequências da Anacom, ainda não há uma estratégia definida.

Veja, oiça ou leia aqui as outras partes da entrevista:
Parte 1: Alunos só vão poder usar internet grátis para as aulas
Parte 3: Programa E-Residency “inovador” será lançado até ao fim do ano

Não é uma matéria da sua esfera direta de responsabilidade, mas porque é que falhámos o prazo de transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas? Tivemos dois anos para o fazer.

Não é uma área que esteja sobre a minha tutela direta. Naturalmente que acompanhamos. É algo que vemos como vantajoso que o código seja transposto com alguma brevidade. Mas também temos de ter noção de que o ano de 2020, e agora este de 2021, são anos claramente atípicos [por causa da pandemia]. É natural. Não fomos os únicos, de longe; a generalidade dos países ultrapassou o prazo de transposição. A explicação que encontro tem a ver com a situação de um estado de emergência que estamos a viver e que obrigou a dar prioridade àquilo que era prioritário.
A tarifa social foi anunciada em abril do ano passado. Depois, falou-se de que seria em janeiro. Agora, será até junho. Porque é que o Governo não acelerou esta medida, visto que agora é ainda mais necessária?

A tarifa social, efetivamente, foi sempre uma prioridade. Nós vertemo-la também no Plano de Ação para a Transição Digital. É algo em que temos estado a trabalhar, à semelhança da transposição do Código Europeu das Comunicações Eletrónicas — com o qual se relaciona diretamente, porque, na realidade, a tarifa social também está prevista no próprio código e houve aqui alguma interdependência entre os dois temas, sobre a opção de fazer esperar pelo código no seu conjunto, que também resolveria ou não o tema da criação da figura da tarifa social de internet. A opção que entretanto se tomou foi a de avançar de forma totalmente destacada, autónoma, sem prejuízo de, depois, o código poder subsumir essas normas e incluí-las em termos de quadro legislativo mais amplo.
Então, já está definido que vão ser duas medidas diferentes?

Neste momento, o que estamos a trabalhar é no ultimar de um diploma que funcionará de forma autónoma que criará a tarifa social de internet, de forma destacada face ao Código Europeu das Comunicações Eletrónicas.
O que é que chegará primeiro? Um ou outro? Diria que a tarifa social.

Eu julgo que a tarifa social. A ideia de destacarmos tem a ver com isso, com a ideia da urgência da tarifa social. Mas atenção a uma coisa: a tarifa social depende apenas de iniciativa legislativa do Governo. O código europeu implica um processo parlamentar que, naturalmente, é alheio em termos de timings àquilo que é o controlo do Governo.

Estamos a ultimar um diploma que funcionará de forma autónoma e que criará a tarifa social de internet, de forma destacada face ao Código Europeu das Comunicações Eletrónicas.
André de Aragão Azevedo

Secretário de Estado para a Transição Digital
O que me pode dizer sobre a tarifa social? Vai levar a descontos de quanto e que condições estarão associadas?

Isso não lhe posso dizer neste momento. Está em fase de produção legislativa e por natureza é um processo que está abrangido por sigilo. Está a decorrer essa definição e as opções técnicas que estamos a fazer estão agora a ser desenhadas. Naturalmente que já há muito trabalho feito. Já fizemos benchmarking internacional. Conhecemos o que são algumas práticas de alguns países que já avançaram com este tipo de solução e, portanto, o que estamos a fazer é, com base nessa incorporação de informação, fazer o desenho de uma solução portuguesa.
Beneficiar da tarifa social será significativo para uma família, ou será um desconto de poucos euros na fatura? Será suficientemente relevante para fazer a diferença ou não?

O objetivo de fundo — e para mim é a única coisa que faz sentido — é que a tarifa social permita que o acesso à internet se configure como um serviço de base universal e que, de facto, ninguém fique excluído do acesso ao mundo digital por vulnerabilidade económica. Esse é o pano de fundo que justifica a criação de uma tarifa social e por isso é que ela se chama social. É exatamente garantir que alguém que não tenha a capacidade de rendimento mínima fique impedido por essa via de ter acesso ao mundo digital. O que temos de garantir e daí a relativa complexidade deste processo — e demorar mais tempo do que nós desejaríamos — é que é preciso encontrar um mecanismo que, sendo sustentável, seja simultaneamente suficientemente relevante para trazer essas pessoas que à partida não estão a beneficiar deste tipo de serviço para dentro do sistema.
Só abrangerá internet também? Julgo que não abrangerá outro tipo de serviços, como os pacotes de telecomunicações.

Está ainda em definição.
Ou seja, pode vir a abranger.

Não confirmo nem desminto isso, porque, honestamente, não lhe posso dizer, porque essa decisão ainda não está tomada.

Hugo Amaral/ECO
“Abdicar do 5G no curto prazo seria condenarmo-nos a prazo”

Faz falta um serviço universal de banda larga, como o que foi proposto pela Anacom? Ou a tarifa social exclui a necessidade desse serviço universal?

A tarifa social pretende exatamente responder ao gap [lacuna] da população que, à partida, não teria condições para o adquirir.
Mas o serviço universal responde à questão do ponto de vista da infraestrutura. Seria uma lógica de: se alguma zona do país não tem internet, há uma operadora que é responsável por lá a ir instalar.

O Sr. Ministro da Economia reiterou na Assembleia da República que o que queremos garantir é, de facto, a universalização da cobertura móvel para todo o território nacional e ter toda a população em 4G; depois, do ponto de vista de 5G, que ele esteja focado naquele tipo de infraestruturas que são passíveis de tirar partido de todo o potencial do 5G. Pelo menos para os primeiros anos de implementação. Portanto, a preocupação com essa universalização é um facto e também estamos a trabalhar a várias frentes com a Anacom no sentido de criarmos as ferramentas de monitorização da cobertura efetiva em termos de oferta de serviço móvel.
O leilão do 5G já passou a marca dos 300 milhões de euros. Como é que interpreta esse número? Significa o quê?

Significa que o mercado de 5G é um mercado em que os operadores também acreditam que tem potencial e que ninguém quer ficar para trás neste processo, porque há a noção de que, a prazo, será a tecnologia dominante. Não é razoável pensarmos que algum operador possa abdicar de ter acesso a este tipo de frequência, porque é a que lhe permite manter um serviço de nova geração que, em pouco tempo, em poucos anos, estamos certos de que será democratizado e generalizado.

É essencial que quem quer ter um papel e uma quota de mercado significativa tenha de facto a capacidade de ter acesso a estas frequências que permitem disponibilizar um serviço de 5G.
Vamos ter novas empresas no setor.

Temos de esperar pelo fim do leilão para saber o que vai acontecer.

O 5G é visto como crítico para a competitividade, mas ainda é uma tecnologia relativamente embrionária. Faz assim tanta falta nesta fase?

Em todos os processos de inovação, é sempre preciso trabalhar em duas frentes. É preciso trabalhar naquilo que são as tecnologias ou os processos que já estão mais ou menos estabilizados, como o 4G, e em relação a isso o que queremos é promover a sua universalização.

Mas não podemos perder de vista aquilo que são as novas gerações de serviços ou de produtos, porque sabemos que é ali que reside uma vantagem competitiva em termos de posicionamento de mercado e de competitividade nacional. Portugal foi sempre apontado como um país de vanguarda em termos de oferta de serviços de telecomunicações e de infraestruturas e não queremos perder esse estatuto. Abdicar de ter um 5G no curto prazo com um nível de maturidade que todos queremos e com operadores com capacidade quer de investimento quer de disponibilização de serviços seria condenarmo-nos a prazo a não sermos competitivos como temos sido até aqui nesta matéria.
Mas já estamos atrasados. Somos o quarto país da UE que ainda não tem.

Aí temos que ter atenção. Os dados que temos a nível europeu revelam diferentes estadios, mas que, em alguns casos, há alguma perceção de que, só porque acabou o leilão, o serviço já está disponível. Às vezes há aqui subtilezas no que é forma como cada país se promove internacionalmente, dizendo que é o seu estadio efetivo. Diria que não estamos a ser líderes nesta matéria, mas não estamos também na cauda. Estamos a meio da tabela, diria.
Acredita que os números podem estar empolados de alguma maneira por a perceção que se tem…

Acredito que, no facto de a curtíssimo prazo ser possível em Portugal termos ofertas comerciais de 5G, vai-nos colocar em paralelo com aquilo que são os países mais avançados nesta matéria.

Diria que não estamos a ser líderes nesta matéria do 5G, mas também não estamos na cauda. Estamos a meio da tabela.

André de Aragão Azevedo

Secretário de Estado para a Transição Digital
Fundo que vai gerir receitas do 5G ainda sem estratégia definida
Já está decidido quem vai gerir o fundo para a transição digital?

Isso está previsto na própria Resolução do Conselho de Ministros [que define a estratégia nacional para o 5G].

Não terá um gestor? Queria personificar.

O que está decidido e foi vertido na Resolução do Conselho de Ministros é que será alocado ao apoio à transição digital naquilo é o potenciar de algumas respostas e a capacidade de nós, por outro lado, minimizarmos alguns impactos negativos. Nomeadamente, apostando em, desde capacitação à aceleração da transição digital, seja ao apoio a algumas iniciativas que consideramos emblemáticas. Não existe ainda nenhuma estrutura formal, nenhuma entidade designada para o efeito.
Mas quem poderá ficar?

Essa decisão não está tomada.
Para além dos 300 e “x“ milhões que virão do leilão do 5G, o Estado poderá reforçar a verba para o fundo?

O Estado pode sempre reforçar, se considerar que isso faz sentido. Ainda não está sequer definido no que é que se vai gastar o produto do leilão neste fundo da transição digital, ainda não estão definidas as iniciativas em concreto. Terão depois de ser conjugadas com aquilo que será o investimento do Plano de Recuperação e Resiliência e há aqui uma panóplia de fundos de financiamento da transição digital que têm de ser articulados. Esse é o trabalho que tem de se fazer.
Veja também:

Parte 1: Alunos só vão poder usar internet grátis para as aulas
Parte 3: Programa E-Residency “inovador” será lançado até ao fim do ano




8.2.21

Tarifa social da Internet só a partir de junho

Ana Marcela, in JN

Grosso dos computadores da escola digital vai chegar com aulas a decorrer. Operadoras reforçaram rede para responder ao tráfego.

Centenas de milhares de alunos regressam esta segunda-feira às aulas remotamente, mas a grande maioria vai usar os computadores pessoais e a Internet de casa. As famílias terão de esperar pela tarifa social de Internet, pelo menos até junho. E menos de metade dos 1,2 milhões de computadores que o Governo pretende comprar no âmbito da escola digital só começam a chegar com as aulas a decorrer. As operadoras asseguram ter a rede preparada para assegurar o tráfego. A MEO admite que o início das aulas leve a um aumento até 9% do tráfego de dados.

A intenção do Governo de avançar com uma tarifa social de Internet, garantindo acessibilidade às famílias mais desfavorecidas, anunciada em abril passado, não foi concretizada. "Estamos a trabalhar no modelo para que possa estar em vigor no segundo semestre", adianta fonte oficial da Secretaria de Estado das Comunicações. Ou seja, no terceiro período.

Compras à pressa

Este atraso ganha dimensão numa altura em que a pandemia transformou cada lar numa sala de aula, sem que o grosso dos cerca de 1,2 milhões de computadores com acesso à Internet, prometidos pelo Executivo em julho, tenham chegado a alunos e docentes. 100 mil kits (PC e net) chegaram no primeiro período, com o Governo a fechar em dezembro contrato para mais 260 mil - no valor de 62,5 milhões - e agora, a 4 de fevereiro, novo contrato para 75 930 equipamentos, com um custo de 19,36 milhões de euros para a Inforlândia (que soma mais um contrato, depois de 17,2 milhões euros, pela aquisição de 67 731 equipamentos). Na passada quinta-feira, o Governo aprovou a compra imediata de mais 15 mil computadores. "Considerando a urgência impreterível destas aquisições", a compra, no valor de 4,7 milhões de euros, será por ajuste direto.

Operadores reforçam rede

Desde março que as operadoras têm vindo a reforçar a rede para responder ao aumento de tráfego, que explodiu quando a pandemia empurrou os portugueses para casa. Na Meo, comparando "com o final do primeiro trimestre de 2020, o tráfego médio aumentou cerca de 20%", adianta fonte oficial. "Para a manutenção plena das melhores condições para o teletrabalho e para o ensino à distância - cujos aumentos de tráfego antecipamos ser, no imediato, da ordem de grandeza de 1 dígito percentual a partir de segunda-feira -, a Altice Portugal está a canalizar todos os esforços para garantir o funcionamento sem falhas das suas redes de comunicações". Desde novembro que a Vodafone deteta um crescimento de utilização da Internet fixa, que se intensificou a partir de 22 de janeiro, situando-se agora acima dos 20%. Com as aulas remotas, a operadora antecipa uma "alteração de perfil de utilização em termos de faixas horárias", tal como a NOS. "Não se antecipam aumentos significativos, apenas uma ligeira acentuação desta tendência com uma distribuição horária distinta", adianta a operadora.

"Estudo em Casa"

O "Estudo em Casa", que tem sido exibido na RTP Memória, passa esta segunda-feira a abranger os alunos do Secundário na posição 8 da TDT e 444 das operadoras cabo. A emissão começa às 9.30 e termina por volta das 16.30 horas. Há ainda a app Estudo em Casa a funcionar desde o início do ano letivo.

BE quer descontos

O Bloco de Esquerda apresentou um projeto no Parlamento para a criação de um "desconto temporário nas faturas das telecomunicações para todos os agregados familiares com estudantes do Ensino Básico e Secundário até ao escalão 3 do abono de família" enquanto não houver tarifa social.

Greve do STOP

O Sindicato de Todos os Professores (STOP) entregou um pré-aviso de greve de uma semana, exigindo condições para o ensino à distância.

Municípios ajudam

Vários municípios do país têm vindo a entregar material informático a alunos mais carenciados e a professores para ajudar no processo.

14.1.16

Tarifa social de eletricidade não deverá chegar a todos os beneficiários

in Jornal de Notícias

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, Vítor Santos, afirmou esta quarta-feira que a meta dos 500 mil beneficiários da tarifa social de eletricidade, definida pelo anterior governo, pode nunca vir a ser alcançada.

"Não estamos seguros de que seja possível chegar aos 500 mil [beneficiários da tarifa social de eletricidade]", afirmou o regulador da energia, que hoje foi ouvido na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

No final do terceiro trimestre de 2015, o número de beneficiários da tarifa social de eletricidade era cerca de 85.000, menos de um quinto do objetivo de chegar aos 500.000 definidos pelo executivo liderado por Passos Coelho, mas ainda assim um aumento grande face aos 45.000 beneficiários existentes em abril.

Questionado pelos deputados sobre a aplicação da tarifa social, Vítor Santos explicou que o regulador está focado nos apoios sociais nas tarifas da eletricidade, tendo vindo a fazer o escrutínio do comportamento dos operadores, o que levou à condenação da EDP Comercial ao pagamento de uma coima de 7,5 milhões de euros por infrações justamente na aplicação da tarifa social e do apoio social extraordinário (ASECE).

Esta coima resulta da prática de um conjunto de infrações pela elétrica, nomeadamente a não atribuição e aplicação de tarifas sociais e ASECE a consumidores economicamente vulneráveis, não identificação clara e visível nas faturas dos descontos sociais inerentes, divulgação extemporânea de informação sobre a existência da tarifa social e sua aplicação, não solicitação tempestiva aos operadores das redes de distribuição da aplicação dos descontos.

"A ERSE tem vindo a dar ênfase à proteção dos consumidores e afeta recursos consideráveis à monitorização deste processo", acrescentou.

O limite máximo do rendimento anual para beneficiar de tarifa social de eletricidade aumentou 10% a 01 de janeiro, passando para 5.808 euros, o que permite abranger um maior número de famílias.

A ERSE explicou que este aumento do limite do rendimento para ter tarifa social resulta do número de beneficiários continuar "muito abaixo do objetivo estipulado em 500 mil titulares de contratos de fornecimento de energia elétrica".

A tarifa social representa menos 15 euros numa fatura de 35 euros de eletricidade.

O rendimento anual máximo é um dos critérios de elegibilidade para que os consumidores possam aceder à tarifa social de eletricidade, considerando-se para tal o rendimento total verificado no domicílio fiscal do titular do contrato de fornecimento de energia, bem como o número de coabitantes que não aufiram de qualquer rendimento.

Assim, o rendimento anual máximo varia consoante o número de elementos do domicílio: dos 5.808 euros anuais para uma família com um só elemento, 8.712 euros anuais para uma família com dois elementos (um casal), 11.616 euros anuais para uma família com três elementos (casal com um filho) e 14.520 euros por ano para uma família com quatro elementos.

Isto é, o valor do rendimento anual máximo é acrescido de 50% por cada elemento adicional que habite no domicílio fiscal - até um máximo de 10.

Esta tarifa é também aplicável aos beneficiários do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, do subsídio social de desemprego, do abono de família, da pensão social de invalidez e da pensão social de velhice.

28.4.14

Gás vai subir este ano antes de descer antes de descer em 2015

Por Ana Suspiro, in iOnline




A descida de 4% a 5% no gás natural só chega em 2015. Antes os preços aumentam 2,4% em Julho




O governo anunciou este fim-de-semana descidas extraordinárias no preço da electricidade e gás natural que terão efeito só a partir de 2015. O ano coincide com a realização de eleições legislativas e o anúncio antecede em um mês outras eleições, as europeias. O líder do PS, José António Seguro, não deixou de sublinhar o calendário e acusou o executivo de “encenação política em vésperas de eleições”.

No gás natural está em causa uma descida média de 4% a 5%, mas que terá uma maior dimensão na factura das empresas. Nas famílias, a descida poderá ser de 3,5% e já só deve ter efeito no próximo ano.Ou seja, não vai travar a subida média de 2,4% anunciada para 1 de Julho. A medida vai beneficiar os mais de 1,3 milhões de consumidores de gás e resultará da revisão do contrato com a Galp.

Na electricidade, o executivo quer avançar finalmente com o alargamento da tarifa social a 500 mil famílias de baixos rendimentos, o que poderá beneficiar cerca de 1,5 milhões de pessoas. O desconto passa de 19% a 20% para cerca de 34% face à tarifa normal.

As duas iniciativas têm um impacto económico anual entre 110 a 120 milhões de euros que será quase todo suportado pelas empresas de energia. O Estado mantém o financiamento da ASECE (Apoio Social de Electricidade ao Consumidor de Energia), que assegura um desconto adicional na tarifa social e que passará a custar 15 milhões de euros com o alargamento do universo de beneficiários.

As eléctricas serão chamadas a financiar a parte de leão do desconto adicional que tem uma factura estimada de 25 milhões de euros. A EDP será a principal contribuinte da tarifa social. A eléctrica já impugnou em tribunal esta disposição, numa altura em que o benefício chegava a pouco mais de 60 mil clientes e custava cerca de um milhão de euros.
Mas a maior fatia caberá à Galp, que poderá ter de “ceder” 70 a 80 milhões de euros no negócio do gás. A tarifa social do gás é financiada pelos consumidores, pelo que a estratégia aqui é outra.

O executivo vai pedir o reequilíbrio económico do contrato que assegurou à petrolífera a totalidade das receitas na venda em mercado internacional de gás natural. O governo estima em 500 a 600 milhões de euros as mais-valias obtidas pela Galp com o trading do gás excedentário que compra à Argélia e à Nigéria e que não é consumido em Portugal.
A ideia é que uma parte destes ganhos, eventualmente metade, seja repercutida nas tarifas finais, ao invés de beneficiar só a empresa, como aconteceu no passado recente. O governo antecipa forte contestação por parte da Galp que no passado admitiu recorrer a tribunal para impugnar a taxa sobre a refinação. Moreira da Silva admitiu ontem que “esta não será uma boa notícia” para a empresa.

Troika resistia à tarifa social
O pacote de medidas em benefício do consumidor de energia foi anunciado pelo ministro da Energia e Ambiente, Jorge Moreira da Silva, em declarações aos jornais “Expresso” e “Público”, no fim-de-semana prolongado. O anúncio antecipa o fecho da última avaliação, que é muito exigente em matéria de energia.
Apesar de atacar as rendas excessivas, a troika era contra o alagamento dos descontos para consumidores vulneráveis, enquanto o sistema enfrentasse um défice tarifário. O governo terá convencido os técnicos internacionais de que os cortes adicionais na energia, de 1400 milhões de euros, serão suficientes para eliminar o défice até 2020. Mas assumiu que a maioria dos clientes vai sofrer aumentos anuais mais significativos, até 1,9% em termos reais, do que os inicialmente previstos, para conseguir limpar a dívida.

26.3.14

EPAL. 1532 famílias já pediram a tarifa social na água em sete meses

Por António Ribeiro Ferreira, in iOnline

EPAL admite que a subida do preço da água este ano deve ser idêntica à inflação no dia em que anunciou lucros de 40 milhões de euros em 2013

É mais um forte contributo para se fazer o retrato do país depois de três anos de troika e de políticas de austeridade que atacatam sobretudo salários e pensões da classe média. E se na segunda-feira se comentou muito o facto de em 2013 a Empresa Portuguesa de Águas Livres, a EPAL, ter cortado o abastecimento de água a 11 836 casas em Lisboa, o que representa um aumento de 15% face ao verificado no ano anterior, ontem foi dia para a empresa revelar os resultados de 2013 e prever que o tarifário da água vai subir de acordo com a inflação a curto prazo.

Chafarizes e fontanários Mas importa realçar o facto da empresa de capitais públicos ter desvaloriza os cortes de água às famílias, com o seu secretário-geral, José Manuel Zenha, a dizer que "o serviço público não é gratuito" e que "a cidade está cheia de chafarizes e fontanários e ninguém morre à míngua por causa dos cortes" do abastecimento doméstico.

74% de redução da factura Uma verdade que mostra o estado a que chegou o país na segunda década do século XXI. Ainda sobre a pobreza crescente em Portugal, o presidente da Empresa Portuguesa das Águas Livres, José Manuel Sardinha, falou sobre o tarifário social, introduzido em Agosto do ano passado e que permite uma redução de 74% na factura da água a famílias carenciadas, José Sardinha avançou que houve 1532 adesões em sete meses, mas para ter direito ao tarifário social o agregado familiar deverá ter rendimentos na ordem dos 400 euros, valor que compara com o ordenado mínimo de 485 euros.

Famílias numerosas Mas como a situação social continua a agravar-se, com a pobreza a aumentar de forma assustadora, como revelou o INE esta semana, o presidente José Sardinha disse que a EPAL tem planos de pagamento a oito anos e um tarifário para famílias numerosas, que introduz um factor de desconto em função do número das pessoas do agregado.

Aumento igual à inflação O presidente da EPAL, José Manuel Sardinha, também falou nos aumentos dos preços e admitiu que a actualização tarifária da água deverá acompanhar o nível de inflação. Escusando-se a avançar qual o valor da actualização tarifária já proposta e em fase de apreciação na Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), José Manuel Sardinha lembrou que "acompanha normalmente o nível da inflação e por vezes fica até abaixo".

O presidente da EPAL reforçou que o valor não se deve alterar muito e, quando questionado pelos jornalistas sobre a data do novo preçário, afirmou que não há um mês definido para a divulgação e que todos os anos a data se altera. No ano passado, a actualização tarifária foi feita em Agosto e representou um acréscimo de 0,61% para os clientes diretos.José Manuel Sardinha falava num encontro com jornalistas a propósito dos resultados de 2013 da empresa pública detida integralmente pelas Águas de Portugal, ano em que registou uma quebra do lucro de 8% para 40 milhões de euros.

Com Lusa