in Jornal de Notícias
Quase 200 pessoas e "algumas empresas" já manifestaram interesse à Cáritas Portuguesa em integrar a plataforma para desempregados com mais de 45 anos que é lançada, esta quarta-feira, pela organização
A plataforma "In Spira - Rede de competência Cáritas" é uma rede social que "pretende facilitar a partilha de informação e a comunicação entre empresas e desempregados com mais de 45 anos", adianta a Cáritas.
"É um ponto de encontro entre quem tem mais de 45 anos e procura trabalho, que tem competências, tem saberes, tem experiências, e empresas ou organizações que vão disponibilizar oportunidades de trabalho a estas pessoas", explicou à Lusa a coordenadora do projeto.
Maria do Rosário Carneiro adiantou que, neste momento, ainda não há ninguém registado na rede.
Contudo, quase duas centenas de pessoas já enviaram o currículo para a Cáritas, com o objetivo de fazerem parte de um "conjunto de cidadãos que divulgam os seus saberes e competências na expectativa de encontrarem alguém que lhes queira dar trabalho", sublinhou.
Por outro lado, também houve um "conjunto de empresas" que manifestou interesse em aderir ao projeto, algumas das quais até "identificaram um posto de trabalho" disponível para colocar na rede.
"São ofertas que tivemos há algum tempo e que agora têm de ser atualizadas, porque um trabalho que existia há duas semanas, por exemplo, pode já não existir hoje", disse a responsável.
Maria do Rosário Carneiro disse que está a contar com uma adesão progressiva de algumas empresas que fazem parte da GRACE - associação sem fins lucrativos dedicada à responsabilidade social empresarial -, que estabeleceu uma parceria com a Cáritas.
Esta rede social começou a ser pensada no âmbito do envelhecimento ativo e era para ser dirigida a "pessoas reformadas ativas".
"No entanto, face ao aumento exponencial de pessoas mais velhas que estão desempregadas", e sendo difícil a sua inserção no mercado de trabalho, a Cáritas decidiu alargar o âmbito da plataforma para "uma população mais vasta que não está ativa porque o mercado deixou de oferecer condições para que isso aconteça", acrescentou.