Edgar Caetano, in Observador
Preço mediano das casas em Portugal subiu para 1.454 euros/m2 no 1º trimestre. Mas a aceleração na zona de Lisboa foi menos expressiva. E houve desacelerações em Oeiras e Loures.O preço mediano das casas em Portugal subiu para 1.454 euros por metro quadrado no 1º trimestre, o que compara com 1.355 euros no quarto trimestre. Mas a aceleração na zona de Lisboa foi menos expressiva, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), nas Estatísticas de Preços da Habitação ao nível local divulgadas esta quinta-feira.
“No 1º trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi de 1.454 euros/m2, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de +17,2% (+14,1% no trimestre anterior)”, salienta o INE. Este valor compara com os 1.355 euros por metro quadrado que foram registados no final do quarto trimestre, de acordo com os dados que o INE já tinha divulgado anteriormente.
O INE nota que “entre o 4º trimestre de 2021 e o 1º trimestre de 2022, a taxa de variação homóloga dos preços aumentou em nove dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, tendo a aceleração sido superior à verificada a nível nacional (+3,1 pontos percentuais) em Sintra (+7,9 pontos percentuais), Setúbal (+6,5 pontos percentuais) e Almada (+3,3 pontos percentuais)”.
Porém, a aceleração homóloga em Lisboa ficou abaixo da média – apenas 2,3 p.p. –, uma tendência que já se tinha verificado no no trimestre anterior. Em Cascais aconteceu o mesmo, uma aceleração de 2 pontos percentuais, que ficou abaixo do ritmo médio de subida no país.
Mas “em Loures (-2,0 pontos percentuais) e Oeiras (-1,7 pontos percentuais) houve mesmo uma desaceleração dos preços“, nota o INE.
Já na Área Metropolitana do Porto (AMP), os municípios de Santa Maria de Feira (+13,8 pontos percentuais), Vila Nova de Gaia (+6,8 pontos percentuais), Gondomar (+5,3 pontos percentuais) e Porto (+3,7 pontos percentuais) apresentaram, também, um aumento das taxas de variação homólogas superiores ao país, nota o INE.
Mas nos outros dois municípios da AMP com mais de 100 mil habitantes – Matosinhos (- 9,8 p.p.) e Maia (- 2,4 p.p.) – verificou-se uma desaceleração dos preços.