Este memorial está ainda em fase de estudo e de proposta à Conferência Episcopal Portuguesa, embora o convite ao arquiteto Álvaro Siza Vieira tenha sido "prontamente aceite".
Em comunicado, a Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa assinala os seis meses de início oficial da atividade atualizando o ponto de situação. O último balanço foi feito a 30 de junho, indicando, na altura, 365 inquéritos, 338 dos quais validados e 17 casos reencaminhados para o Ministério Público.
Na nota de imprensa assinada pelo coordenador do grupo trabalho, o pedopsiquiatra Pedro Strecht, é ainda referido que a comissão "não esquece a mensagem contida numa imensa maioria dos testemunhos até agora recebidos, nomeadamente a necessidade de materialização de pedido de perdão da Igreja Católica e respetivo compromisso sobre um futuro mais atento à prevenção e intervenção precoce nestes casos".
É também referido que é desejável o reforço de divulgação do trabalho da Comissão Independente junto das zonas do interior do país, assim como de toda a mancha geográfica abaixo de Lisboa e Setúbal, e é feito um apelo a Dioceses e Comissões Diocesanas das respetivas regiões para envolvimento de proximidade junto destas pessoas.
Além de Pedro Strecht, fazem ainda parte da comissão Álvaro Laborinho Lúcio, juiz conselheiro jubilado do Supremo Tribunal de Justiça, Ana Nunes de Almeida, socióloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Daniel Sampaio, psiquiatra, professor catedrático jubilado da Faculdade de Medicina de Lisboa, Filipa Tavares, assistente social e terapeuta familiar, e Catarina Vasconcelos, cineasta.