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Em 2022, a economia portuguesa é a que mais vai crescer na Europa, com o setor do turismo como um dos grandes motores do avanço.Bruxelas divulgou, esta quinta-feira, as previsões económicas de verão, estimando um crescimento de 5,8% para 6,5% em 2002, antes do abrandamento de 2,7% para 1,9% no ano seguinte.
Para 2022, as previsões de crescimento da economia da União Europeia (UE) são de 2,7%, caindo para 1,5% em 2023.
No caso da zona euro baixam de 2,7% para 2,6%, em 2022, e de 2,3% para 1,4% no ano que vem.
Em 2022, a inflação para a média da UE também deverá atingir níveis históricos de 8,3% e 7,6% no caso da zona euro. No ano seguinte deverá abrandar para 4,6% e 4,0%, respetivamente.
A ensombrar o clima económico, com menos crescimento e "inflação histórica", está a invasão russa da Ucrânia que continua a pesar, e muito, sobre a economia europeia, com pressões adicionais sobre o preço da energia e produtos alimentares.
Não se exclui a recessão, caso a Rússia corte o gás no próximo inverno, como explicou, em entrevista à Euronews, o comissário europeu com a pasta da Economia, Paolo Gentiloni.
"Mesmo que digamos que não estamos em recessão, que não estamos num cenário de estagflação, e esta é a realidade neste momento, quando fazemos um retrato da nossa economia temos de contemplar a possibilidade de um cenário pior. Claro que se tivermos um corte total no abastecimento de gás da Rússia, entraremos numa realidade mais adversa."
Gentiloni ressalvou, no entanto, que o terreno ainda é positivo.
"Penso que devemos ser claros e dizer que ainda estamos a viver um nível muito moderado de crescimento. Por isso, não participarei de uma espécie de apelo à catástrofe ou profecia da catástrofe", referiu o comissário europeu.
O executivo comunitário também reviu em alta a previsão de inflação para a zona euro e para a média da União Europeia, esperando máximos históricos em 2022, em 7,6% na zona euro e 8,3% na União Europeia, antes de diminuir em 2023 para 4% e 4,6%, respetivamente.
Para Portugal prevê-se, em 2022, uma inflação de 6,8% e de 3,6% em 2023, o que representa subidas consideráveis em comparação com os 4,4% e 1,9% avançados nos últimos dados.