27.7.11

Escolas privadas pedem mais apoio para famílias

in Jornal de Notícias

As famílias estão a ficar com dificuldades em pagar a escola dos seus filhos

A Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) vai pedir, esta quarta-feira, ao Ministério da Educação, mais apoio financeiro para as famílias que queiram manter os seus filhos em colégios.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação, João Alvarenga, revelou que um dos temas centrais do encontro no Ministério tem a ver "com a preocupação em apoiar as famílias", perante um cenário de crise.

O responsável reconhece que muitas famílias estão a ficar sem dinheiro para pagar as mensalidades nos colégios que os filhos frequentam.

O que a associação pretende é um aumento do apoio estatal a cada família, que actualmente já existe na forma de contrato simples.

Nas contas de João Alvarenga, o Estado paga pouco mais de 750 euros por ano para ajudar uma criança no ensino privado, mas terá de desembolsar 5.200 euros caso passe para a escola pública.

"Dar mais apoio aos pais em dificuldade é uma boa medida e a transferência para o público iria custar mais caro", resumiu.

O presidente da AEEP não adianta quanto deverá ser o aumento da contribuição estatal, preferindo sublinhar a "importância de os pais poderem continuar a deixar os seus filhos na escola da sua preferência".

Sobre a situação financeira nos colégios privados, João Alvarenga diz que não há um cenário uniforme no país, mas admite que quem passa por dificuldades são as famílias e não tanto os estabelecimentos de ensino.

"Mesmo que alguns pais retirem as crianças dos colégios, esses lugares podem ser preenchidos. Em Lisboa continuam a existir colégios com lista de espera. Pode haver um ou outro colégio a entrar em dificuldades, mas as famílias é que estão em crise", afirmou.

A AEEP pretende abordar ainda no Ministério a questão dos contratos de associação, por considerar que têm de ser revistos, uma vez que a redução curricular que estava prevista com o anterior Governo não avançou.