22.7.11

Merkel: Novas ajudas são "importante decisão para a Europa"

in Jornal de Notícias

A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou, em Bruxelas, o novo pacote de ajudas à Grécia e a outros países do euro altamente endividados "uma decisão importante para o futuro da Europa".

Após a cimeira de líderes da Zona Euro, a chefe do governo alemão afirmou ainda que o dia desta quinta-feira "representa para os alemães mais segurança para a sua moeda comum, e uma boa base para a economia alemã e o bem estar do país no seu todo".

Merkel acrescentou que o euro "é mais do que uma moeda, é a expressão da unidade da Europa".

Dirigindo-se aos contribuintes alemães, que terão de suportar a principal factura das ajudas europeias, a chanceler garantiu que o que estão a gastar agora "ser-lhes-á devolvido, de forma assaz multiplicada".

A dirigente democrata cristã mostrou-se satisfeita com o resultado da cimeira extraordinária dos 17 países do euro, afirmando que "foi alcançada uma importante etapa, e nestes tempos difíceis a Zona Euro mostrou que é operacional e está à altura dos desafios".

Os chefes de Estado e de governo dos Estados da moeda única europeia aprovaram um novo pacote de 109 mil milhões de euros de ajudas à Grécia e outras medidas de apoio a países em dificuldades financeiras, caso de Portugal, que beneficiou recentemente de um resgate da União Europeia e do FMI.

"Fizemos duas coisas, aprovámos o novo programa para a Grécia, pela primeira vez com um contributo dos credores privados, e simultaneamente mostrámos que, para manter o euro estável, são precisos novos instrumentos, para não surgirem riscos de contágio", sublinhou Merkel.

Referindo-se depois aos mercados financeiros, a chanceler alemã disse que este foi "um sinal importante num momento importante", garantindo que o objectivo é estabilizar a Grécia e melhorar a sua competitividade. "Continuaremos a estar ao lado da Grécia", proclamou Merkel.

Simultaneamente, a chefe do governo germânico procurou dissipar a ideia de que Berlim e Paris fizeram pressão sobre o Banco Central Europeu para que aceitasse uma reestruturação parcial da dívida grega, com perdas para os credores privados, asseverando que as decisões da cimeira preservaram a independência do BCE.