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O presidente da União das Misericórdias considera ainda que o envelhecimento deve ser encarado como uma prioridade nacional para combater sucessivos casos de lares ilegais.
Um lar de idosos que pratique mensalidades muito baixas deve ser sinal de alerta, considera o presidente da União das Misericórdias.
“Não há milagres. Tomar conta de um idoso, com qualidade e dignidade, tem um custo. Não é possível a 400 ou 300 euros. Um alerta que posso fazer é que quando se deparam estes valores, os familiares já sabem que o seu idoso vai ser mal tratado”, explica Manuel Lemos, acrescentando que muitas vezes os familiares “fecham os olhos porque necessitam de ir para o trabalho, que precisam de manter a todo o custo”.
Nestas declarações à Renascença, Manuel Lemos considera ainda que o envelhecimento deve ser encarado como uma prioridade nacional para combater sucessivos casos de lares ilegais.
O responsável diz que falta um olhar sério sobre o problema e uma intervenção coordenada do Governo.
“Há esta coisa terrível que é o orçamento do Ministério A e o orçamento do Ministério B. Depois, enquanto, por exemplo, na Segurança Social há uma grande tradição de cooperação com o sector social, na Saúde é ‘o quero, posso e mando’”, exemplifica, acrescentando que no que toca ao Ministério da Saúde “o problema do envelhecimento não é tido como um problema do ministério quando é o principal problema do ministério”, remata.