Por Marta Cerqueira, in iOnline
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está disponível para receber carne de cavalo apreendida pela ASAE, desde que as instituições e beneficiários sejam informados do que estão a receber e que a qualidade dos alimentos seja assegurada, avança o Diário de Notícias. A ASAE já apreendeu cerca de 79 toneladas de carne e 18 839 embalagens de produtos contendo carne de cavalo. Estes produtos não podem voltar a ser vendidos por não terem rótulo a indicar que contém carne de cavalo.
“Tudo o que puder ser usado é uma mais-valia e não deve ser destruído. O importante é que se garanta a máxima transparência e clareza no processo”, afirmou o padre Lino Maia, presidente CNIS.
O Ministério da Agricultura adiantou ao DN que está a avaliar essa possibilidade, apesar de esta não ser uma ideia partilhada por todas as instituições sociais.
Estes produtos poderiam ser distribuídos “a instituições que lidem com utentes residentes como lares ou infantários, onde é possível informar os utentes”, acrescentou O presidente da CNIS. Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome, também aprova a ideia: “Se os produtos tiverem um autocolante com a informação de que contém carne de cavalo e desde que esteja acautelada a qualidade e a higiene, não vejo inconveniente no consumo”.
Já Eugénio da Fonseca, presidente da Cáritas, não se mostrou receptivo à ideia. “Pessoalmente não estou de acordo. Não me parece que seja uma medida razoável. Pode surgir a ideia de que para as instituições que atendem os pobres qualquer coisa podem servir”, explicou.