in Jornal de Notícias
Mais de 270 instituições particulares de solidariedade social em desequilíbrio financeiro concorreram à segunda linha de crédito apoiada pelo Ministério da Segurança Social, perfazendo cerca de 25 milhões de euros, o dobro do montante global da linha, de 12,5 milhões de euros.
De acordo com fonte da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS), o Instituto de Segurança Social recebeu 273 candidaturas à segunda linha de crédito apoiada pelo Ministério da Solidariedade e Segurança Social (MSSS), no valor de 12,5 milhões de euros.
Esta linha de crédito, à semelhança da primeira, foi criada pelo MSSS para apoiar as IPSS em situação de rutura financeira, através de protocolo assinado com a CNIS, a União das Mutualidades Portuguesas (UM), a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em parceria com o Montepio Geral.
À agência Lusa, Eleutério Alves, da direção nacional da CNIS, revelou que deram entrada 273 candidaturas, repartidas entre 211 de associados da CNIS, 14 cooperativas, 33 da União das Misericórdias e 15 da União das Mutualidades.
"Só em candidaturas, já estamos a falar em cerca de 25 milhões de euros, que é precisamente o dobro da linha de crédito", referiu, apontando que o montante máximo de financiamento a cada instituição é de 100 mil euros.
O dirigente da CNIS admitiu, por isso, que a verba não chegue para todas as instituições e muitas acabem por ficar de fora, uma vez que das 273 candidaturas, 206 instituições pediram o montante máximo.
Eleutério Alves adiantou que cabe agora a cada uma das entidades credenciadas, CNIS, UMP e UM, fazer uma análise sobre a situação financeira e a viabilidade financeira de cada uma das candidaturas para ver se as instituições têm ou não capacidade para assumir e pagar o crédito.
Caberá depois à Segurança Social fazer a lista final das instituições que terão direito à verba, tendo em conta os critérios de viabilidade económica, montante de financiamento, certificação, sustentabilidade, nível de endividamento e fiabilidade dos dados.
Esta linha de crédito, segundo informação disponível no site do Instituto da Segurança Social, prevê uma taxa de juro bonificada (EUR3M + 3,75 pontos percentuais), e um prazo de vigência até 27 de dezembro de 2019, o qual enquadra um período inicial que pode ir até dois anos de carência de capital.