por Rosário Silva, in RR
Pobreza nas regiões é uma evidência apurada diariamente através dos pedidos de apoio que chegam à instituição.
Mais de duas mil famílias estão a recorrer aos vários serviços de atendimento social da Cáritas de Portalegre e Castelo Branco. É uma realidade preocupante, que atravessa toda a diocese, e que afecta sobretudo idosos e crianças, que viram muitos dos seus familiares cair no desemprego numa região onde todos os dias encerram pequenas empresas.
População envelhecida, tecido industrial débil, desemprego elevado, é o retrato de uma diocese que procura, através das suas instituições, minimizar as carências que vão surgindo à medida que ficam a descoberto situações difíceis que muitas famílias já não conseguem esconder.
O presidente da Cáritas de Portalegre e Castelo Branco diz-se muito preocupado e que, na medida do possível, vão-se encontrando respostas para atenuar os problemas de muitas famílias, sobretudo as que tem sido afectadas pelo desemprego, pois “muitas empresas fecharam a actividade em quase todos os sectores, o que leva muitos jovens a deixar a região na procura de melhores oportunidades quer no estrangeiro, quer noutras zonas do país”.
Elicidio Bilé não esconde que a pobreza existe mesmo e as que “as crianças são sempre as primeiras afectadas, nestas situações de desemprego.” O responsável lembra também a vulnerabilidade dos idosos, caracterizando o problema no seu todo, como “complexo e difícil de dar resposta.”
A título de exemplo, só na cidade de Portalegre, a Cáritas está a ajudar cerca de 800 famílias, em diversas valências, e uma centena de agregados com a distribuição de alimentos. Números que atingem as duas mil famílias, quando o quadro geográfico é toda a área da diocese de Portalegre e Castelo Branco.