11.2.13

"Houve pouca racionalidade na discussão sobre a TSU"

in Diário de Notícias

Vítor Bento lamenta que a discussão sobre a taxa social única, que culminou com o Governo a recuar no aumento da contribuição dos trabalhadores para a segurança social, tivesse sido feita de forma "emotiva" e pouco racional. E sublinha que ainda não viu serem apresentadas quaisquer medidas razoáveis de incentivo ao crescimento económico do País.

Em entrevista ao Gente que Conta, programa de entrevistas conduzido por João Marcelino, diretor do Diário de Notícias, e Paulo Baldaia, diretor da TSF, o economista que preside à SIBS - sociedade que gere a rede de Multibanco em Portugal - disse também que há uma confusão entre a reforma do Estado e a necessidade de fazer cortes orçamentais para equilibrar as contas públicas.

Sublinha que o Orçamento de Estado para 2013 confronta a sociedade com os custos do Estado que escolheu e que, para fazer a economia crescer, é necessário aceitar fazer cortes na despesa com prestações sociais e pessoal. E afirma que, para permanecer no euro, Portugal deve fazer o esforço de adaptação às exigências de um regime monetário com o qual não estava habituado a viver.

O economista comenta também a atualidade e, referindo-se a Franquelim Alves, cujo nome tem sido contestado na secretaria de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, diz que o Governo se expôs, com esta escolha, a "fogo de flagelação" da oposição.