Por Deco Proteste - Jornal de Negócios
O desemprego é a realidade de quase um milhão de portugueses. Com o subsídio, a indemnização e o mercado de trabalho a encolher, muitos estão a criar projetos e a mudar o futuro. Conheça três histórias de sucesso
Não escolhe vítimas. Abrange todas as idades, níveis de habilitações escolares e experiência profissional. Ascende a quase um milhão o número de portugueses com a vida marcada pelo desemprego. A agravar o quadro, têm sido introduzidas regras que diminuem o subsídio de desemprego e as indemnizações a que o trabalhador tem direito. Cereja em cima do bolo, as oportunidades são cada vez mais reduzidas e, para muitos, a única saída é o estrangeiro.
Mas há vida para lá do subsídio e dos sentimentos de inutilidade e revolta que a maioria experimenta. Neste artigo, em que explicamos as regras de acesso ao subsídio e de tributação das indemnizações por cessação do contrato de trabalho, acrescentámos três histórias em que a força-motriz dos portugueses impulsionou novos projetos de vida.
Célia Rodrigues e dois colegas retomaram o negócio de replicação de discos compactos a que se dedicava a empresa que os despediu e entretanto faliu. Mário Amorim, ex-professor do primeiro ciclo, hoje luta pelo seu centro de terapias alternativas, que começa a fidelizar clientes. Miguel Dinis formou uma cooperativa de arquitetos, engenheiros e outros trabalhadores especializados, quase todos jovens, e atua no setor da construção civil. São a prova de que, apesar das dificuldades, é possível ter sucesso em Portugal. Todos passaram pelo desemprego. Todos pensaram em emigrar. Mas, na hora da verdade, a família e os amigos pesaram na opção de ficar. Todos desafiam os portugueses a não desistirem e a abraçarem a mudança com coragem.
Trampolim para voos mais altos
Embora fundamental para apoiar quem fica desempregado, tendo em conta a conjuntura difícil, o subsídio deve ser cada vez mais encarado como uma plataforma para preparar uma nova fase da vida.
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