in Notícias ao Minuto
A crise instalou-se no país há um par de anos mas ainda se faz sentir com os portugueses a sentirem cada vez mais dificuldade em comprar. Prova disso é o comércio local, cada vez mais enfraquecido e sem capacidade de fazer frente às dificuldades. As cidades de média dimensão são as que mais sofrem pois nem sempre a venda consegue abater a despesa da renda.
No centro histórico de Santarém existem agora menos 50% das lojas. A falta de poder de compra associada ao elevado custo de renda leva a que muitos, neste caso metade, dos comerciantes da cidade fechem as portas dos seus estabelecimentos. Agora a culpa não é apenas das grandes superfícies, afinal a crise ainda se faz sentir.
De acordo com o semanário Expresso, não é só no centro histórico de Santarém que esta realidade está presente. A crise nos estabelecimentos locais e comércio de rua faz-se sentir em todo o País, mas são as cidades de pequena dimensão as que mais impacto sentem.
Nos últimos dois anos, em Torres Vedras fecharam 20 lojas de rua, o mesmo aconteceu em Abrantes que vê, de dia para dia, o comércio local cada vez mais escasso.
“Se ainda há lojas abertas, em muitos casos, é pelo baixo valor das suas rendas”, disse ao Expresso o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), Fernando Duarte. Mas a tendência é para piorar: “algumas pessoas, sobretudo lojistas de maior idade, quando recebem as cartas de actualização das rendas, mais mês, menos mês, acabarão por fechar também”, avisa.
Em Santarém, a renda uma loja no centro histórico da cidade pode custar, em média, entre 600 e 1500 euros, no caso de habitações entre os 70 e os 80m2.
Em Torres Vedras o cenário é o mesmo. Segundo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste (ACIRO), Mário Reis, “as pessoas andam desanimadas, todos têm reduzido funcionários, muitas lojas tiveram mesmo que fechar”.