Por Sónia Peres Pinto, in iOnline
O aparelho de ar condicionado é considerado o mais económico em consumo de luz mas conte com a aquisição
O consumo energético dispara com a chegada do Inverno e automaticamente aumenta a factura da electricidade. O recurso a soluções de aquecimento entra na rotina da maioria dos portugueses e as ofertas disponíveis no mercado são as mais variadas e apresentam custos diferentes. Podem oscilar entre os 21 e os 193 euros por ano, de acordo com a ronda feita pela Associação de Defesa do Consumidor (Deco).
A verdade é que escolher o aparelho ideal e saber usá-lo com eficácia permite poupar na factura da luz. Um factor que ganha cada vez mais importância tendo em conta que os orçamentos familiares estão cada vez mais asfixiados. Mas nem sempre é fácil saber qual é o sistema que fica mais económico. "Os aparelhos de ar condicionado do tipo inverter são, sem dúvida, o sistema de eleição: além de poupados e eficientes, proporcionam um grande conforto térmico, quer de Inverno, quer de Verão", salienta a Deco.
Mas, em contrapartida, os custos de instalação desta solução podem não estar ao alcance de todos. "Com a escassez de capital que actualmente atinge a população portuguesa, há outras armas a considerar nesta batalha", salienta a associação. Por isso mesmo, os aquecimentos portáteis ganham grande importância. Para quem considera que esta é a melhor modalidade, a associação aconselha o termoventilador porque apresenta um consumo menor (ver dicas ao lado).
De fora das escolhas da entidade ficam os radiadores a óleo e os aparelhos de halogéneo. "Ambos demoram a aquecer e não permitem uma regulação adequada da temperatura", acrescentando ainda que, no caso dos primeiros aparelhos, "a potência real de funcionamento dos modelos testados está longe da anunciada pelo fabricante. Estes modelos indicam ser de 2000 W, mas durante a maior parte do tempo não conseguiram trabalhar a mais de 700 a 1000 W, mesmo quando programados para funcionar no máximo".
A verdade é que há medidas que pode tomar e apresentam custo zero. "É muito comum ocorrer um sobreaquecimento inútil da divisão. Evite deixá-los a funcionar durante longos períodos sem controlo. Caso sinta que a temperatura começa a ser excessiva, desligue o modelo ou reduza a regulação do termóstato de modo a que o aparelho pare ou se desligue", aconselha a entidade.
Não se esqueça que, a par da zona do país, também a área da casa e o tipo de construção influenciam a decisão. Por exemplo, Guarda é a cidade onde mais rapidamente compensa investir numa caldeira de condensação, mas tem de esperar 11 anos pelo retorno do investimento, enquanto em Lisboa e no Porto há o risco de isso nunca acontecer. Já as caldeiras murais a gás (convencionais ou de condensação) também nem sempre compensam. É necessário fazer muito bem as contas.