18.7.11

Saiba como enfrentar a subida de juros

in iInformação

Perante a crise económica e financeira que o país atravessa, os portugueses têm de ter cuidado com as suas carteiras. Os sucessivos pacotes de medidas de austeridade associados à subida dos juros no crédito à habitação tem sido constante, com tendência a piorar

1- Evite endividar-se mais. Os especialistas alertam os portugueses para evitarem contrair mais empréstimos. Neste momento, fazer um crédito é mais difícil e os juros que são actualmente cobrados são bastante elevados, principalmente no que diz respeito ao crédito à habitação. Tenha atenção e pense duas vezes antes de efectuar qualquer compra a crédito.

2- Faça contas à carteira. Já diz o velho ditado: " é melhor prevenir do que remediar". Esteja preparado para qualquer tipo de situação, nomeadamente desemprego ou doença – factores que ajudam o desequilíbrio do orçamento familiar – e comece a poupar. Esta poupança deverá ainda estar alocada em aplicações financeiras de elevada liquidez, como os depósitos a prazo ou fundos de tesouraria, de forma a facilitar a sua movimentação em caso de uma emergência.

3-Peça um alargamento do empréstimo. Hoje, negociar o spread de um crédito à habitação é muito difícil. Contudo, os bancos também não querem que os seus clientes deixem de pagar as suas dívidas, contribuindo assim para o crédito malparado. Por isso, fale com o seu gestor de conta e evite que a situação se alargue por muito mais tempo. Algumas das soluções apresentadas pelos bancos poderão passar pelo pedido de carência de capital. Ou seja, durante um determinado período, o cliente passa apagar apenas os juros do empréstimo.

4- Se possível, opte pela taxa fixa. Para quem beneficia de alguma estabilidade económica, a melhor solução para fugir aos aumentos das taxas de juro é indexar o crédito a uma taxa fixa. Apesar de pagar uma prestação mais elevada nos primeiros anos, estará mais seguro e estável face à volubilidade das taxas Euribor.

5- Saiba distinguir o essencial do supérfluo. De duas, uma: ou os ordenados esticam, ou os gastos diminuem. Como os ordenados não vão subir, é melhor começar a fazer contas e distinguir o que é essencial, do que é supérfluo. Claro que cada família terá o discernimento de fazer essa escolha, mas é importante rever o seu orçamento familiar e, mais uma vez, poupar.

6- Aplique as suas poupanças. Quem tem poupanças, por exemplo, poderá até beneficiar da subida dos juros e da escassez de liquidez que o sistema financeiro enfrenta. Como? Aplicando as poupanças nos depósitos a prazo. Há algum tempo que a remuneração destas tradicionais aplicações a prazo têm vindo a subir. Também os certificados de aforro têm seguido a mesma tendência. Basta escolher o banco e ver os seus rendimentos a aumentarem.

Fonte: Diário Económico