in Jornal de Notícias
A maioria dos reformados do Ministério da Educação e Ciência é professor do ensino básico e secundário e recebe, em média, uma pensão de dois mil euros, metade do valor atribuído aos professores catedráticos.
No ano passado reformaram-se 2.992 docentes do ensino obrigatório, segundo uma contagem feita pela Agência Lusa às listagens das aposentações publicadas em Diário da República.
Num total de 4.366 reformados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), 68% eram professores do ensino básico e secundário. Terminaram a carreira com uma reforma média de 2.032 euros.
Comparando com o valor total das pensões atribuídas aos funcionários com vínculo ao MEC, este grupo de docentes recebe 14% acima da média: as reformas dos professores rondaram os 6 milhões de euros (78,5% dos custos totais em reformas do MEC, que ascendeu a 7,753 milhões).
No ensino público obrigatório, dois em cada três professores reformados são mulheres mas a pensão mais elevada foi atribuída a um professor, que passou a ganhar 3.953 euros. Já a mais baixa foi atribuída a uma professora: 237,38 euros mensais.
Em 2013 já se reformaram mais 690 professores do básico e secundário. As suas reformas totalizam perto de 1,5 milhões de euros. Em janeiro, a maior reforma atribuída foi de três mil euros, sendo o valor mínimo de 706 euros. A média das pensões atribuídas em janeiro subiu um pouco em relação à media registada no ano passado, atingindo agora os 2.059 euros.
O ligeiro aumento do valor médio das pensões registado este ano não significa que no final do mês o rendimento disponível seja superior, já que houve um agravamento dos escalões de IRS e a criação de uma contribuição extraordinária de solidariedade para todos os pensionistas com reformas acima dos 1.350 euros.
Continuam a ser os professores do ensino superior que recebem as reformas mais elevadas. No ano passado, a maior reforma chegou aos 6.788 euros e foi atribuída ao vice-presidente do Instituto Politécnico de Lisboa.
A pensão média dos 47 catedráticos que em 2012 abandonaram a docência foi de 4.377 euros. Há, no entanto, uma diferença de 300 euros entre as reformas atribuídas às sete professoras catedráticas e aos 40 professores: as professoras receberam, em média, 4.632 euros enquanto os professores 4.333 euros.
Mas também há professores do ensino superior com reformas abaixo dos mil euros, como um professor do Instituto Universitário de Lisboa que ficou com uma pensão mensal de 727 euros ou um docente do Politécnico de Leiria que agora recebe 860 euros.