O documento que, de acordo com a Reuters, foi redigido pelo governo alemão após discussões com outros Estados-membros, tenta dar resposta às dificuldades da OMS em relação a financiamentos, liderança e poderes legais.
Com data de 19 de outubro, exorta a OMS a adotar medidas que aumentem a "transparência no cumprimento nacional" das Normas Sanitárias Internacionais, que exigem que Estados-membros partilhem rapidamente informações sobre emergências de saúde.
Estão ainda bem vivas as críticas dos EUA, pela voz do próprio Presidente Trump, ao acusar a OMS de ter alinhado com a China na primeira fase da pandemia por ter demorado demasiado tempo na reação e partilha de informação.
Acusações que foram e têm sido rejeitadas pela Organização Mundial da Saúde.
Este documento agora conhecido, indica que também a União Europeia tem dúvidas sobre a forma como a situação foi gerida.
Tanto responsáveis da UE como do próprio governo alemão recusaram-se a comentar o conteúdo deste documento por ser tratar ainda de um rascunho. Pequim também não reagiu, adianta a Reuters.
A proposta será discutida pelos ministros da saúde da UE numa videoconferência na próxima semana onde será fechada a posição comum antes da assembleia da OMS em meados de novembro.
Apesar de reiterar o apoio e destacar o papel central da agência na abordagem dos desafios globais da saúde, o rascunho desenhado pelo governo alemão aponta a insuficiente transparência como o primeiro de muitos desafios da Organização Mundial da Saúde.
O documento, de acordo com a Reuters, exige "um sistema de relatórios mais eficaz e aplicado de forma consistente pelos Estados Partes do Secretariado da OMS".
E reforça a ideia de que os mecanismos para avaliar o cumprimento das obrigações de relatórios pelos países devem ser fortalecidos e periódicos.