A economia portuguesa só não é ultrapassada pela Grécia, Panamá, Mongólia e Turquia.
"O impacto desproporcional da pandemia nas pequenas empresas e nos trabalhadores com salários mais baixos têm implicações importantes nas perspetivas de recuperação", explica a OIT na oitava edição do seu "Monitor" dedicado ao impacto da pandemia no emprego.
Neste quadro a economia portuguesa só não é ultrapassada pela Grécia, Panamá, Mongólia e Turquia.
Para a OIT, "a redução abrupta e em grande escala da participação das empresas mais pequenas pode limitar as perspetivas de emprego, visto que as pequenas empresas fornecem a maioria das oportunidades de emprego aos trabalhadores com salários mais baixos".
Por outro lado, "com a crescente disparidade de produtividade entre as economias em desenvolvimento e as avançadas, a contribuição positiva da produtividade para a promoção do crescimento inclusivo e a criação de empregos dignos está sendo ainda mais prejudicada nos países que mais precisam desse incentivo", que são os países de baixo rendimento.
Face à pandemia e aos seus impactos a OIT aponta em 2021 e 2022 para "uma recuperação de duas velocidades".
A OIT argumenta que "o otimismo que prevalecia no início de 2021 desvaneceu-se sob os efeitos de novas ondas da pandemia, o surgimento de novas variantes de COVID e o lançamento lento e desigual de vacinações. O amplo acesso às vacinas, combinado com um estímulo fiscal relativamente forte, provavelmente permitirá que os países mais ricos registem uma recuperação mais rápida nas horas trabalhadas do que o resto do mundo".
Os especialistas da OIT fizeram as contas e estimam que "para cada 14 pessoas totalmente vacinadas no segundo trimestre de 2021, um emprego equivalente a tempo inteiro foi acrescentado ao mercado de trabalho global, o que impulsionou substancialmente a recuperação", conclui.