31.8.22

UE a braços com crise energética

Inês Moura Pinto, in JN

Gasoduto Nord Stream I, que liga o gás russo à Europa, encerrado por três dias. União Europeia atinge a meta de 80% de armazenamento.

Os governos europeus estão a navegar numa escalada exponencial dos preços da energia, como consequência das sanções impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia. Procuram-se alternativas ao fornecimento de gás russo, quando o inverno está quase aí. Foi convocada, anteontem, uma reunião de emergência entre os ministros europeus da Energia, a 9 de setembro, para discutir a crise em mãos.

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Desacordo. Russa Gazprom vai fazer novos cortes no fornecimento de gás à França

O gasoduto Nord Stream I, a principal fonte de gás da Rússia para a Europa, deverá ser encerrado durante três dias para manutenção, anunciou ontem o fornecedor russo Gazprom. A Rússia tem limitado o fornecimento do gasoduto a 20% e teme-se que esta suspensão, agendada para arrancar hoje, possa vir a ser prolongada. "Há garantias de que, além dos problemas técnicos causados pelas sanções, nada impede o fornecimento", retorquiu Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin. Além disso, a Gazprom vai proceder a novos cortes nas suas entregas de gás à principal fornecedora em França, a Engie, devido a um "desacordo sobre a execução dos contratos", denunciou a empresa. A ministra francesa da Transição Energética, Agnes Pannier-Runacher, disse que "é muito claro que a Rússia está a usar o gás como uma arma de guerra".