Estado recusa queda de 30% nas pensões

in Jornal de Notícias

O Governo discorda das conclusões feitas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que indicam que Portugal será um dos países, a par do México, onde o valor das pensões mais vai descer, em relação às perspectivas iniciais dos trabalhadores.

Segundo o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, contactado pela "TSF", esta descida poderá apenas acontecer nos casos em que haja pedido de reforma antecipada em massa. Se a reforma for pedida antes dos 65 anos, poderá haver uma descida na pensão, mas nunca no valor de 30%, como afirmou a OCDE. Em situações em que seja solicitada aos 65 anos, a descida prevista é praticamente nula, e se for pedida após os 65 anos, poderão existir até casos de aumentos.

"O relatório começa por dizer que Portugal tem uma despesa com pensões que está 36% acima da média da OCDE e que é aquela que mais cresceu. Segundo a expressão do relatório, o risco é de colapso se nada fosse feito", disse o Ministro do Trabalho, citado por aquela rádio.

De acordo com a OCDE, um trabalhador português, antes da reforma, poderia receber, em média, 113% do seu salário, mas agora essa expectativa desce para 70%.