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O indicador do custo do trabalho agrava a queda que teve início em 2011.Quebra com mais intensidade na Função Pública.
O indicador que mede o custo do trabalho em Portugal agravou a queda para os 14,9% no último trimestre de 2012, quando comparado com o mesmo período de 2011.
De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicado nesta sexta-feira, os custos salariais caíram 16,1% durante este período. Já as outras despesas para os empregadores ligadas ao trabalho, como as contribuições sociais, por exemplo, sofreram uma queda de 13,2%.
A queda no custo do trabalho tem vindo a agravar-se gradualmente desde o primeiro trimestre de 2011. Só em 2012, o indicador caiu 14,1% no terceiro trimestre, 10,3% no segundo trimestre, e 7,7% nos primeiros três meses do ano.
O INE afirma que a redução dos custos com os salários no quarto trimestre de 2012 resulta, por um lado, da queda de 17% dos custos médios com o trabalho, mas também da redução de 2,4% do número de horas efectivamente trabalhadas.
A queda nos custos de trabalho notou-se particularmente na Administração Pública e Defesa, em que caíram 28,4% só no último trimestre de 2012. O sector da educação é o segundo mais afectado, sofrendo a segunda maior quebra, de 25% do custo do trabalho.
Só quatro das 18 áreas de trabalho consideradas pelo INE é que escaparam à redução nos custos de trabalho. Nas áreas ligadas às actividades financeiras, aos serviços administrativos, às actividades artísticas e ao sector do aquecimento e electricidade os custos com o trabalho aumentaram.
Excluindo a Administração Pública, os custos com o trabalho caíram apenas 5,7% e não os 14,9% globais. Fora ainda do sector do Estado, as maiores quedas no custo do trabalho sentiram-se no Norte e Centro, onde o índice do INE caiu 11,4% e 9%. Só o Alentejo escapou às quedas.