in Jornal de Notícias
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, voltou hoje a falar na crescente "desigualdade da riqueza" no mundo, que classificou como um dos "principais flagelos" do nosso tempo.
"A desigualdade da riqueza está a aumentar em todo o mundo e de forma expressiva", afirmou Lagarde numa conferência na Universidade de Staford (Califórnia) sobre "Inovação, Tecnologia e Economia Global do Século XXI.
Considerou ainda que esta distribuição desigual da riqueza "prejudica o ritmo e a sustentabilidade do crescimento a longo prazo" e pode ter "efeitos perniciosos" sobre a estabilidade política e social".
Embora tenha reconhecido que a economia global parece estar a consolidar a sua recuperação após a crise financeira de 2008, apontou a dificuldade da "criação de emprego" como um dos principais geradores da desigualdade, lembrando que há mais de 200 milhões de pessoas em busca de trabalho atualmente.
"Se os desempregados formassem um país, seria o quinto maior do mundo", assinalou a ex-ministra das Finanças de França, acrescentando que não se pode permitir que os 75 milhões de jovens que procuram emprego se convertam "numa geração perdida".